Representação social da qualidade de vida de idosos com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nanque, Maria Carolina da Silva Cardoso
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Vasconcelos, Eliane Maria Ribeiro de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saúde (Santa Maria)
Texto Completo: https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/38023
Resumo: O envelhecimento humano é um fenômeno sócio demográfico que tem sido observado nas discussões sobre as estruturas sociais no contexto da saúde, educação e cultura. A alteração do padrão demográfico é acompanhada da alteração do perfil epidemiológico e, neste cenário, as doenças crônicas não transmissíveis assumem uma posição de destaque. A doença pulmonar obstrutiva crônica é altamente incapacitante e seu caráter progressivo e crônico mostra para um declínio substancial da qualidade de vida dos indivíduos acometidos. A representação social traduz qualitativamente os símbolos pelos quais a população com DPOC aprende, a lidar com as mudanças ocorridas pela doença que interfere diretamente na qualidade de vida, tanto no contexto individual quanto no coletivo. O objetivo foi Investigar a representação social da qualidade de vida de idosos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. O caminho metodológico tramitou-se dentro de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. A população do estudo foi constituída por idosos com diagnóstico confirmado de doença pulmonar obstrutiva crônica assistidos pelo ambulatório de pneumologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada para a coleta dos discursos individuais, a análise dos dados se deu através do software IRAMUTEQ. Obteve-se como resultados que os conteúdos representacionais dos entrevistados estavam ancorados nos conceitos construídos e compartilhados pelos mesmos através do estabelecimento de suas relações sociais, organizadas a partir das experiências vividas, sejam elas de modo individual ou interpessoal, e estas com o mundo exterior. A experiência relatada pelos participantes acerca da qualidade de vida na DPOC demonstra o quão eles se percebem lesados pela doença e, de certo modo, sem esperança. Ressalta-se que os conteúdos representacionais sobre a qualidade de vida na DPOC estão objetivados nas repercussões sintomatológicos da doença, como o cansaço, a crise, a incapacidade de realização de atividades que dantes eram possíveis, na dependência de uma rede de apoio, na perda de autonomia, no sofrimento, na tristeza, na ansiedade e na perda da esperança. Concluiu-se que as vivências desse grupo, dentro do contexto familiar íntimo e também no coletivo, sofrem bastante modificação.
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