EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONADO AO USO DE CATETER EM UMA UTI NEOPEDIÁTRICA NO SUL DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brixner, Betina
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Baierle, Flavia, Carlosso Krummenauer, Eliane, de Medeiros da Silva, Chana, Pollo, Liliane Damaris, Pollo Renner, Jane Dagmar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saúde (Santa Maria)
Texto Completo: https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/70691
Resumo: Objetivo: Verificar os fatores de risco e os microrganismos associados com o desenvolvimento da infecção de corrente sanguínea relacionado ao uso de cateter em uma Unidade de Terapia Intensiva Neopediátrica de um hospital escola no interior do Rio Grande do Sul, no período de 2016 e 2019. Método: Estudo retrospectivo transversal e observacional, cujos dados foram coletados através do prontuário eletrônico do paciente (sexo, idade, idade gestacional, peso ao nascer, comorbidades, tempo de uso de cateter e desfecho clínico), bem como dos registros da comissão de controle de infecção do hospital (microrganismo e perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos). Resultados: No período da pesquisa foi identificado que 77 pacientes desenvolveram infecção de corrente sanguínea relacionada ao cateter, sendo que 76 eram neonatos (0-28 dias), 41 eram do sexo masculino, 72 nasceram de parto prematuro, além disso 59 pacientes nasceram com menos de 34 semanas de gestação, e 63 pesavam entre 500-2.500 gramas. Em relação ao tempo de uso do cateter, 44 pacientes utilizaram o dispositivo por até 30 dias, os isolados bacterianos mais frequentes observados, 58 casos foram Staphylococcus coagulase negativa, em que destes 53 foram considerados resistentes a oxacilina. Conclusões: Foi possível identificar o perfil epidemiológico das infecções de corrente sanguínea relacionada ao cateter na Unidade de Terapia Intensiva Neopediátrica, em que o sexo masculino, recém-nascidos prematuros e de baixo peso foram os mais acometidos pela infecção. O Staphylococcus coagulase negativa foi a bactéria mais isolada nas culturas e apresentou alta resistência frente à oxacilina.
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