Diferenças na relação de sintomas cardiorrespiratórios e seu diagnóstico nas dificuldades funcionais de longevos e idosos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Josemara de Paula
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Bós, Ângelo José Gonçalves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saúde (Santa Maria)
Texto Completo: https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/35848
Resumo: Objetivo. Investigar diferenças entre longevos (≥80 anos) e idosos (60-79 anos) quanto à relação entre diagnóstico de doenças cardiorrespiratórias e seus sintomas e a dificuldade para realizar atividades cotidianas. Métodos. Estudo transversal analítico de dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2013. Regressão logística foi utilizada para testar as chances de dificuldade de realizar 12 atividades cotidianas. Variáveis independentes: faixa etária, diagnóstico de cardiopatia, asma e pneumopatia e sintomas cardiorrespiratórios. Resultados. Participaram 11.177 sujeitos, 1.705 com doenças cardiorrespiratórias. As doenças cardiorrespiratórias foram significativamente relacionadas com dificuldades em quase todas as atividades cotidianas. Entre idosos, asma e pneumopatia e em longevos, asma e cardiopatia, não apresentaram relação com dificuldade em atividades cotidianas. Em idosos, cardiopatia se relacionou com dificuldades em sete atividades cotidianas. Em longevos, pneumopatia associou-se apenas à dificuldade no banho. Em idosos e longevos com doenças cardiorrespiratórias, falta de energia se associou a dificuldade de realizar atividades cotidianas. A angina grau 1 foi associada a dificuldade de realizar atividades cotidianas somente em idosos e a angina grau 2, tanto em idosos quanto em longevos. Conclusões. Os sintomas cardiorrespiratórios elevavam mais a chance de relato de dificuldade de realizar atividades cotidianas em idosos e longevos do que o diagnóstico. Longevos demonstraram menores chances para dificuldade de realizar atividades cotidianas na presença do diagnóstico, mas na presença de sintomas mais graves, suas chances apresentavam valores mais altos. Os achados sugerem que na presença de sintomas incapacitantes, principalmente em longevos, o encaminhamento diagnóstico tem considerável chance de levar a descoberta de doenças cardiorrespiratórias.
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