Transferência do N fixado por leguminosas arbóreas para o capim Survenola crescido em consórcio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias,Paulo Francisco
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Souto,Sebastião Manhães, Resende,Alexander Silva, Urquiaga,Segundo, Rocha,Gudesteu Porto, Moreira,Joventino Fernandes, Franco,Avílio Antonio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782007000200009
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito na transferência de N proveniente de três leguminosas arbóreas para o capim Survenola (Híbrido entre Digitaria setivalva e D. valida) amostrado em cinco distâncias (D1- 50cm do caule; D2- metade do raio da projeção da copa; D3- uma vez o raio da projeção da copa; distâncias estas correspondentes às áreas de influência das copas; e D4- uma vez e meia o raio da projeção da copa; D5- duas vezes o raio da projeção da copa; distâncias correspondentes às áreas fora das copas e consideradas como testemunhas). Duas espécies arbóreas, Dalbergia nigra (Jacarandá da Bahia) e Enterolobium contorsiliquum (Orelha de Negro), são nodulíferas e fixam N simbioticamente, enquanto que Peltophorum dubium (Angico Canjiquinha) é uma espécie não-nodulífera. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em parcela subdividida, com três repetições, em que a árvore representou a parcela e as cinco distâncias as subparcelas. Determinou-se a abundância natural de 15N(delta15N,‰) com o auxílio do espectrômetro de massa Finnigan Mat, modelo Delta plus, da Embrapa Agrobiologia. Os valores de delta15N (‰) na parte aérea do capim Survenola indicaram que a maior influência das árvores como fornecedoras de N para a gramínea se deu na área mais próxima ao tronco. Nos tratamentos com Dalbergia nigra e Enterolobium contortisiliquum, a gramínea apresentou valores crescentes de delta15N com o aumento da distância do raio de projeção da copa, indicando o efeito da reciclagem do N2 fixado por estas duas leguminosas. O nitrogênio na gramínea derivado das espécies arbóreas variou entre 0 e 38%, dependendo da espécie e da distância consideradas. Houve um decréscimo de transferência de N da leguminosa para o capim Survenola com o aumento da distância em relação ao tronco das espécies arbóreas. A transferência de N da leguminosa para a gramínea foi de 29,9; 37,7 e 28% do total acumulado pelo capim Survenola, equivalente a 22,0; 16,7 e 8,2kg ha-1 de N para Enterolobium contortisiliquum, Dalbergia nigra e Peltophorum dubium, respectivamente.
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