Begging test: uma avaliação da graduação da comunicação visual entre cães sem raça definida, cães de raça (Golden Retrievers) e humanos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martinez,Edilberto Nobrega
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Boere,Vanner
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782011000400015
Resumo: O begging test tem sido usado para testar a capacidade dos cães em interpretar a atenção humana. Pistas faciais, como o olhar e a posição da cabeça são os principais sinais na comunicação entre cães e humanos. Até o momento, a estrutura do begging test utilizado em pesquisas não permitiu verificar se há uma graduação na atenção. Desse modo, não é possível dizer se a cabeça e o olhar diretamente dirigidos (muita atenção) ao cão aumentam o desempenho em relação a somente a posição da cabeça, mas sem olhar diretamente (pouca atenção) ou cabeça plus olhar desviados (desatenção). Nesse sentido, um teste envolvendo 58 cães de raça pura (Golden Retrievers) e mista foi realizado, nas três condições de atenção, com homens e mulheres estranhos aos animais servindo de sujeitos experimentais. Resultados demonstraram que independente da raça, do sexo dos cães ou do sexo das pessoas, os cães erraram pouco na condição de desatenção. Por outro lado, o desempenho dos cães não diferiu entre as condições de muita atenção e de pouca atenção, mas foi significativamente superior do que na condição de desatenção. Em conclusão, os cães são bons interpretadores da atenção humana, mas se baseiam em pistas mais relacionadas à posição da cabeça do que o olhar. Assim, sugere-se que não há uma graduação na interpretação da atenção de humanos em cães. O estímulo emocional gerado pelo olhar direto, sustentado entre animais sociais, pode explicar porque o olhar é evitado como pista da atenção humana em um teste com pessoas estranhas ao cão.
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