Mastite bovina causada por Prototheca zopfii: relato de um caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brito,Maria Aparecida Vasconcelos Paiva
Data de Publicação: 1997
Outros Autores: Veiga,Vânia Maria Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84781997000400027
Resumo: Um caso de mastite clínica causada por Prototheca zopfii em uma vaca de um rebanho leiteiro localizado na Zona da Mata do Estado de Minas Gerais foi estudado. O animal apresentou sinais clínicos nos quartos mamárias anteriores e queda acentuada na produção de leite. Após o diagnóstico inicial, o animal foi observado durante onze meses, do início da manifestação da doença até 12 dias após o parto. Exames microbiológicos do leite foram realizadas aos 7, 30, 39, 49, 65, 326 e 331 dias após o isolamento inicial, sendo os dois últimos exames realizados 7 e 12 dias após o parto. As amostras de P. zopfii isoladas apresentaram resistência in vitro a: ampicilina, canamicina, cefatoridina, enrofloxacina, estreptomicina, gentamicina, neomicina, oxacilina, penicilina, sulfonamidas e trimetoprim x sulfametoxazol. Foi avaliada a susceptibilidade in vitro das amostras de P. zopfii a um produto natural constituído de extrato de sementes de frutas cítricas, obtido comercialmente. A menor concentração que inibiu totalmente a alga foi 1:500. Recomendou-se um tratamento com a diluição a 1:200 do extrato em solução fisiológica estéril contendo timerosal a 1:30.000 como conservante, em doses diárias de 20ml, por via intramamária. O tratamento foi realizado inicialmente durante sete dias. Após este período houve redução, mas não a completa eliminação dos organismos do leite. Foi, então, recomendado mais um período de 15 dias de tratamento, de modo semelhante ao primeiro. Trinta e nove dias após o diagnóstico inicial não foi mais isolado P. zopfii do leite dos quartos afetados e a produção retornou a níveis semelhantes de antes da infecção. Amostras de leite naturalmente infectadas foram congelados a -20°C. Células viáveis de P. zopfii foram recuperadas de amostras mantidas até 38 dias nestas condições.
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