Incidência de danos de Diabrotica speciosa em cultivares e linhagens de batata

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salles,Luiz Antonio
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782000000200002
Resumo: A cultura da batata é atacada por diversas pragas subterrâneas, sendo que a principal é a vaquinha, Diabrotica speciosa (Col. Chrysomelidae). O objetivo deste trabalho foi o de estudar a incidência de larvas de D. speciosa em tubérculos de cultivares e linhagens de batata para consumo de mesa e de indústria. Foram conduzidos dois experimentos: um com a exclusão total de qualquer outra praga que não a vaquinha e outro em condições naturais de lavoura. No primeiro, as cultivares de batata foram plantadas em solo intensamente hortado e sob gaiolas teladas (confinamento). O segundo, foi desenvolvido em condições normais de plantio de batata. Os experimentos foram desenvolvidos na EMBRAPA-CPACT, em Pelotas, RS, durante a safra de primavera. Foram estudadas cultivares de mesa Baronesa, Cristal, Macaca, Monte Bonito, Trapeira e as linhagens C-1485687, C-12263580, CR-1290582 e de indústria, Atlantic, Asterix, Baraka, Bintje, Catucha, Cicklamen, Panda e a linhagem C-15822590. No experimento de confinamento, não houve diferença significativa entre as cultivares para indústria. Nas cultivares Panda, Asterix e Atlantic, a média geral de furos por tubérculo foi muito maior do que nas demais cinco cultivares, sugerindo que essas três cultivares teriam maior suscetibilidade à incidência e dano de larvas de vaquinha. Nesse mesmo tipo de experimento, entre as cultivares de mesa, ocorreu diferença significativa na cultivar Baronesa e na linhagem C-12261580, sendo as duas com maiores médias de furos por tubérculo, indicando a possibilidade de serem mais suscetíveis à incidência e dano de larvas de vaquinha. As demais cultivares e linhagens constituíram um grupo em que não foi possível detectar diferenças entre si. A cultivar Baronesa foi a que teve maior número médio de furos por tubérculo. As cultivares para indústria podem ser separadas em dois grupos extremos quanto à incidência de larvas e danos causados pela vaquinha em condições naturais. As cultivares que tiveram menor incidência, independentemente do tamanho do tubérculo, foram Catucha, Baraka e Atlantic. As que tiveram maior incidência foram Asterix e Bintje. Nas cultivares de mesa, a linhagem C-1485687 e a cultivar Cristal foram as que tiveram maior quantidade de tubérculos enquadrados na categoria sem furo, diferindo das demais. A linhagem C-1485687 foi a menos atacada pelas larvas de vaquinha, sugerindo a menor suscetibilidade à incidência dessa praga. Conclui-se que existem diferenças quanto à incidência de larvas de vaquinha entre as cultivares e linhagens de batata, tanto para indústria como para mesa.
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