Integração de técnicas de solo, plantas e animais para recuperar áreas degradadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Regensburger,Brigite
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Comin,Jucinei José, Aumond,Juares José
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782008000600046
Resumo: Este trabalho trata da recuperação de áreas degradadas pela mineração da fração argila em Doutor Pedrinho-SC. O estudo utilizou técnicas para integrar o solo, as plantas e os animais. Testaram-se dois níveis de topografia, regular e irregular, dois níveis de adubação, orgânica e química, e dois níveis de serapilheira, com e sem. A espécie arbórea selecionada foi a leguminosa Mimosa scabrella (bracatinga). Poleiros artificiais foram instalados na área a fim de incrementar o número de sementes provenientes de áreas vizinhas pelos devidos dispersores. Aos nove meses de avaliação, a partir das análises químicas de solo, não foram verificados incrementos nutricionais. A bracatinga apresentou índice de sobrevivência superior a 92%, enquanto que a cobertura do solo pela copa das árvores foi significativamente superior para os tratamentos que receberam serapilheira, com valores maiores de 67%. Apesar de a cobertura do solo pela revegetação natural não apresentar diferença, em geral, houve tendência da mesma ser maior nos tratamentos com topografia regular. Os poleiros artificiais foram responsáveis pela vinda de vinte e uma sementes pertencentes a seis morfoespécies distintas. Entre as doze famílias botânicas de plantas espontâneas identificadas, a maior parte apresentou síndrome de polinização zoofilica, dispersão de sementes anemocórica e hábito herbáceo. Conclui-se que a bracatinga, a abubação orgânica e/ou química, a serapilheira e os poleiros artificiais são indicados para utilização em programas de recuperação de áreas degradadas semelhantes ao deste estudo. Estudos complementares são necessários para avaliar a pertinência ou não do uso da topografia irregular em programas de recuperação de áreas degradadas.
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