Imunogenicidade de vacinas comerciais inativadas contra o herpesvírus bovino tipo 1

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Letícia Frizzo da
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Weiblen,Rudi, Flores,Eduardo Furtado
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782007000500042
Resumo: O presente trabalho avaliou a imunogenicidade de seis vacinas comerciais contendo antígenos inativados do herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1): uma brasileira (BR), uma norte-americana (US), duas uruguaias (UR1 e UR2) e duas argentinas (ARG1 e ARG2). Para isso, grupos de bovinos foram vacinados com duas doses (dias 0 e 21) de cada uma das vacinas. Anticorpos neutralizantes contra o BoHV-1 e o BoHV-5 foram pesquisados no soro colhido 21 dias após a segunda dose. Com exceção das vacinas US e UR1, as demais vacinas induziram títulos baixos de anticorpos na maioria dos animais. Os títulos induzidos pela vacina US (média geométrica, GMT=38) foram superiores aos demais (P<0,05). A vacina UR1 induziu títulos (GMT=20,2) superiores aos induzidos pelas vacinas BR (GMT=8,7), UR2 (GMT=7,3), ARG1 (GMT=10) e ARG2 (GMT=6,3) (P<0,05), que não diferiram entre si (P>0,05). A vacina US induziu títulos superiores a 16, referência mínima para se relacionar com proteção, em 7 animais (87,5%). As demais vacinas induziram títulos inferiores a 16 em 62,5% (5 de 8, BR), 33,3% (4 de 9, UR1), 75% (6 de 8, UR2) e 83,3% dos bezerros (5 de 6, ARG2). A vacina ARG1 apresentou performance ainda inferior, apenas três animais (37,5%) soroconverteram, ainda assim em títulos baixos. Os títulos neutralizantes contra o BoHV-5, um vírus antigenicamente relacionado ao BoHV-1, foram inferiores aos anti-BoHV-1 em todos os grupos vacinais; porém, para os grupos BR, ARG1 e ARG2, as diferenças não foram significativas (P>0,05). Os títulos baixos de anticorpos induzidos pela maioria das vacinas, mesmo quando testadas a um intervalo ideal para a produção de resposta sorológica, indicam a necessidade de se reavaliarem os critérios para o licenciamento e/ou importação de vacinas contra o BoHV-1 no país.
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