Implante de tubo de silicone com e sem colágeno na regeneração de nervos em eqüinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Delistoianov,Nádia
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Pereira,Rodrigo Norberto, Di Filippo,Paula Alessandra, Dória,Renata Gebara Sampaio, Alessi,Antonio Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782008000600027
Resumo: A reconstituição cirúrgica de nervos em humanos, em cães e em diversos animais de laboratório é bastante utilizada e tem indicações clínicas e experimentais importantes. No entanto, em eqüinos há poucas informações sobre esta prática. Há relatos sobre a excessiva proliferação de tecido conjuntivo e a formação de neuromas à neurorrafia experimental, mesmo quando se utilizam tubos de silicone para condução do crescimento axonal. O presente estudo teve o objetivo de acrescentar informações sobre o processo de reparação de nervos periféricos em eqüinos por meio de implante de tubo de silicone preenchido ou não com colágeno. Para tanto, foram utilizados oito eqüinos, alocados em dois grupos: GI-13 semanas e GII-26 semanas de observação. Foi realizada secção dos nervos ulnares (NUs) e dos ramos cutâneos laterais dos 17° nervos torácicos (NTs), bilateralmente, seguindo tubulização, realizada em cada animal, alternando-se tubos de silicone vazios (TS), em um dos antímeros, ou preenchidos com solução de colágeno (TSC), no contralateral, deixando-se um espaço de 5mm entre os cotos. Nenhuma alteração foi encontrada ao exame do aparelho locomotor e as primeiras reações positivas ao teste de sensibilidade cutânea nos NUs e NTs com TS e TSC foram observadas a partir da 9ª semana, em ambos os grupos. Ao final do período de observação, verificou-se, macroscopicamente, que os nervos encontravam-se envolvidos por tecido conjuntivo e o interior da câmara estava preenchido por tecido de coloração esbranquiçada, de forma cilíndrica, interligando os cotos proximal e distal. Microscopicamente, constatou-se a presença de axônios mielinizados interligando os cotos, as células de Schwann e o processo de remielinização do coto distal, principalmente no TSC. Em ambos os grupos, não houve formação de neuromas e o processo inflamatório limitou-se às áreas perineurais. Concluiu-se que o implante de tubo de silicone conduz à regeneração de NUs e NTs de eqüinos sem formação de neuromas e que a adição de colágeno promove aumento do número de fibras mielinizadas.
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