Sustentabilidade de sistemas de rotação e sucessão de culturas em solos de várzea no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vernetti Junior,Francisco de Jesus
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Gomes,Algenor da Silva, Schuch,Luis Osmar Braga
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782009000600012
Resumo: A avaliação quantitativa com diferentes tipos de indicadores é fundamental na determinação da sustentabilidade dos sistemas de rotação e sucessão de culturas. Este estudo teve como objetivo avaliar a sustentabilidade de algumas sucessões de culturas em solo de várzea, nos sistemas de plantio direto (PD) e convencional (SC). O trabalho foi conduzido em Pelotas, Rio Grande do Sul (RS), em área experimental da Embrapa Clima Temperado. Os tratamentos foram constituídos por cinco anos de implantação de sistemas de rotação e sucessão de culturas de inverno e de primavera-verão, seguidos de dois anos de pousio e três anos da cultura do arroz irrigado. As culturas de primavera-verão foram o milho e a soja, além do arroz; enquanto que as de inverno foram gramíneas, leguminosas, consórcios, nabo forrageiro e campo natural. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas, com três repetições. As culturas de verão ocuparam as parcelas, enquanto as espécies de inverno foram alocadas nas subparcelas. Os parâmetros observados foram transformados em índices para padronizar as diversas variáveis, cada uma em relação àquela de melhor comportamento mensurado, e dispostos em quatro categorias de análise: (a) indicadores agronômicos (matéria seca e rendimento de grãos); (b) indicadores ambientais (fertilidade do solo); (c) indicadores energéticos (produção e eficiência energética); d) indicadores econômicos (valor bruto da produção e rentabilidade). Pela média harmônica obtida entre os índices dos indicadores, foram comparados os diferentes sistemas de rotação e sucessão de culturas, inferindo-se daí sua sustentabilidade e suas diferenças (Teste t P≤0,05). Concluiu-se que: (a) todos os sistemas de rotação e sucessão de culturas dos quais o milho faz parte apresentam maior índice de sustentabilidade; (b) os sistemas de rotação e sucessão de culturas S1 [gramínea x soja x arroz (PD)] e S4 [nabo x soja x arroz (PD)] apresentam, respectivamente, a maior e a menor sustentabilidade entre aqueles sistemas em que a cultura da soja participa; (c) o sistema S5 [campo nativo x soja x arroz (SC)] apresenta o menor índice de sustentabilidade; (d) o sistema S8 [Consórcio x milho x arroz (PD)] apresenta a melhor distribuição e o melhor equilíbrio entre as diversas perspectivas de sustentabilidade consideradas; (e) o sistema S10 [campo nativo x milho x arroz (SC)] tem pior desempenho, no que se refere à sustentabilidade entre os que incluem o milho; (f) o sistema de PD confere maior sustentabilidade às sucessões de cultura.
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