CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tudury,Eduardo Alberto
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Rahal,Sheila Canevese, Graça,Dominguita Lühers, Haddad,Jamile Neto, Arias,Mônica Vicky Bahr, Pedro Neto,Otávio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000100012
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi verificar os efeitos da laminectomia dorsal do tipo Funkquist A em cães normais. A técnica realizada consistiu em abordagem dorsal à coluna vertebral; remoção (com ou sem a ajuda da elevação dos corpos vertebrais) das lâminas dorsais de T13 e L1; manutenção do ligamento supra-espinhal; colocação de gordura subcutânea como coxim supramedular; sutura da fáscia toracolombar, subcutâneo e pele; e bandagem compressiva por sete dias. Quarenta e oito horas após a cirurgia, todos os 10 cães submetidos a essa técnica exibiram perda das reações posturais e paresia de moderada a grave nos membros pélvicos. Hipoalgesia foi constatada em cinco deles. Tentando descobrir as causas, foram realizados estudos histológicos de medulas espinhais, coletadas 4 e 48 horas após a realização da laminectomia, porém com modificações como: não elevação dos corpos vertebrais durante a cirurgia e prevenção de qualquer tipo de compressão medular após a laminectomia. Analisando esses resultados, foi possível concluir que as disfunções neurológicas decorreram de lesões medulares ocasionadas possivelmente por: elevações dos corpos vertebrais durante a laminectomia, danificação de vasos espinhais, desestabilização da coluna vertebral e uma somatória de forças compressivas atuantes sobre a medula espinhal desprotegida. Na necropsia de cinco cães, acompanhados por quarenta e cinco dias, foi possível constatar: a permanência do ligamento supra-espinhal; que o enxerto de gordura não evita a penetração do tecido fibroso no canal vertebral nem sua aderência à dura- máter; notório (P< 0.01) achatamento do canal vertebral e deformação das medulas espinhais. Com base nos resultados, aconselha-se não realizar esses procedimentos cirúrgicos em cães acometidos de afeções medulares na junção toracolombar. A manutenção do ligamento supra-espinhal não perturba a realização da laminectomia, minimiza a ocorrência de defeitos estéticos na linha média dorsal e pode participar da compressão medular no pós-operatório imediato.
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