CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência Rural |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000100012 |
Resumo: | O objetivo desta pesquisa foi verificar os efeitos da laminectomia dorsal do tipo Funkquist A em cães normais. A técnica realizada consistiu em abordagem dorsal à coluna vertebral; remoção (com ou sem a ajuda da elevação dos corpos vertebrais) das lâminas dorsais de T13 e L1; manutenção do ligamento supra-espinhal; colocação de gordura subcutânea como coxim supramedular; sutura da fáscia toracolombar, subcutâneo e pele; e bandagem compressiva por sete dias. Quarenta e oito horas após a cirurgia, todos os 10 cães submetidos a essa técnica exibiram perda das reações posturais e paresia de moderada a grave nos membros pélvicos. Hipoalgesia foi constatada em cinco deles. Tentando descobrir as causas, foram realizados estudos histológicos de medulas espinhais, coletadas 4 e 48 horas após a realização da laminectomia, porém com modificações como: não elevação dos corpos vertebrais durante a cirurgia e prevenção de qualquer tipo de compressão medular após a laminectomia. Analisando esses resultados, foi possível concluir que as disfunções neurológicas decorreram de lesões medulares ocasionadas possivelmente por: elevações dos corpos vertebrais durante a laminectomia, danificação de vasos espinhais, desestabilização da coluna vertebral e uma somatória de forças compressivas atuantes sobre a medula espinhal desprotegida. Na necropsia de cinco cães, acompanhados por quarenta e cinco dias, foi possível constatar: a permanência do ligamento supra-espinhal; que o enxerto de gordura não evita a penetração do tecido fibroso no canal vertebral nem sua aderência à dura- máter; notório (P< 0.01) achatamento do canal vertebral e deformação das medulas espinhais. Com base nos resultados, aconselha-se não realizar esses procedimentos cirúrgicos em cães acometidos de afeções medulares na junção toracolombar. A manutenção do ligamento supra-espinhal não perturba a realização da laminectomia, minimiza a ocorrência de defeitos estéticos na linha média dorsal e pode participar da compressão medular no pós-operatório imediato. |
id |
UFSM-2_b6de6e2995811477861af209d0c5bce5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-84782001000100012 |
network_acronym_str |
UFSM-2 |
network_name_str |
Ciência rural (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIScoluna vertebralcirurgia de cãeslaminectomiaO objetivo desta pesquisa foi verificar os efeitos da laminectomia dorsal do tipo Funkquist A em cães normais. A técnica realizada consistiu em abordagem dorsal à coluna vertebral; remoção (com ou sem a ajuda da elevação dos corpos vertebrais) das lâminas dorsais de T13 e L1; manutenção do ligamento supra-espinhal; colocação de gordura subcutânea como coxim supramedular; sutura da fáscia toracolombar, subcutâneo e pele; e bandagem compressiva por sete dias. Quarenta e oito horas após a cirurgia, todos os 10 cães submetidos a essa técnica exibiram perda das reações posturais e paresia de moderada a grave nos membros pélvicos. Hipoalgesia foi constatada em cinco deles. Tentando descobrir as causas, foram realizados estudos histológicos de medulas espinhais, coletadas 4 e 48 horas após a realização da laminectomia, porém com modificações como: não elevação dos corpos vertebrais durante a cirurgia e prevenção de qualquer tipo de compressão medular após a laminectomia. Analisando esses resultados, foi possível concluir que as disfunções neurológicas decorreram de lesões medulares ocasionadas possivelmente por: elevações dos corpos vertebrais durante a laminectomia, danificação de vasos espinhais, desestabilização da coluna vertebral e uma somatória de forças compressivas atuantes sobre a medula espinhal desprotegida. Na necropsia de cinco cães, acompanhados por quarenta e cinco dias, foi possível constatar: a permanência do ligamento supra-espinhal; que o enxerto de gordura não evita a penetração do tecido fibroso no canal vertebral nem sua aderência à dura- máter; notório (P< 0.01) achatamento do canal vertebral e deformação das medulas espinhais. Com base nos resultados, aconselha-se não realizar esses procedimentos cirúrgicos em cães acometidos de afeções medulares na junção toracolombar. A manutenção do ligamento supra-espinhal não perturba a realização da laminectomia, minimiza a ocorrência de defeitos estéticos na linha média dorsal e pode participar da compressão medular no pós-operatório imediato.Universidade Federal de Santa Maria2001-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000100012Ciência Rural v.31 n.1 2001reponame:Ciência Ruralinstname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)instacron:UFSM10.1590/S0103-84782001000100012info:eu-repo/semantics/openAccessTudury,Eduardo AlbertoRahal,Sheila CaneveseGraça,Dominguita LühersHaddad,Jamile NetoArias,Mônica Vicky BahrPedro Neto,Otáviopor2005-06-10T00:00:00ZRevista |
dc.title.none.fl_str_mv |
CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS |
title |
CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS |
spellingShingle |
CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS Tudury,Eduardo Alberto coluna vertebral cirurgia de cães laminectomia |
title_short |
CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS |
title_full |
CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS |
title_fullStr |
CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS |
title_full_unstemmed |
CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS |
title_sort |
CONSEQÜÊNCIAS DA LAMINECTOMIA DORSAL DO TIPO FUNKQUIST A EM CÃES NORMAIS |
author |
Tudury,Eduardo Alberto |
author_facet |
Tudury,Eduardo Alberto Rahal,Sheila Canevese Graça,Dominguita Lühers Haddad,Jamile Neto Arias,Mônica Vicky Bahr Pedro Neto,Otávio |
author_role |
author |
author2 |
Rahal,Sheila Canevese Graça,Dominguita Lühers Haddad,Jamile Neto Arias,Mônica Vicky Bahr Pedro Neto,Otávio |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Tudury,Eduardo Alberto Rahal,Sheila Canevese Graça,Dominguita Lühers Haddad,Jamile Neto Arias,Mônica Vicky Bahr Pedro Neto,Otávio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
coluna vertebral cirurgia de cães laminectomia |
topic |
coluna vertebral cirurgia de cães laminectomia |
description |
O objetivo desta pesquisa foi verificar os efeitos da laminectomia dorsal do tipo Funkquist A em cães normais. A técnica realizada consistiu em abordagem dorsal à coluna vertebral; remoção (com ou sem a ajuda da elevação dos corpos vertebrais) das lâminas dorsais de T13 e L1; manutenção do ligamento supra-espinhal; colocação de gordura subcutânea como coxim supramedular; sutura da fáscia toracolombar, subcutâneo e pele; e bandagem compressiva por sete dias. Quarenta e oito horas após a cirurgia, todos os 10 cães submetidos a essa técnica exibiram perda das reações posturais e paresia de moderada a grave nos membros pélvicos. Hipoalgesia foi constatada em cinco deles. Tentando descobrir as causas, foram realizados estudos histológicos de medulas espinhais, coletadas 4 e 48 horas após a realização da laminectomia, porém com modificações como: não elevação dos corpos vertebrais durante a cirurgia e prevenção de qualquer tipo de compressão medular após a laminectomia. Analisando esses resultados, foi possível concluir que as disfunções neurológicas decorreram de lesões medulares ocasionadas possivelmente por: elevações dos corpos vertebrais durante a laminectomia, danificação de vasos espinhais, desestabilização da coluna vertebral e uma somatória de forças compressivas atuantes sobre a medula espinhal desprotegida. Na necropsia de cinco cães, acompanhados por quarenta e cinco dias, foi possível constatar: a permanência do ligamento supra-espinhal; que o enxerto de gordura não evita a penetração do tecido fibroso no canal vertebral nem sua aderência à dura- máter; notório (P< 0.01) achatamento do canal vertebral e deformação das medulas espinhais. Com base nos resultados, aconselha-se não realizar esses procedimentos cirúrgicos em cães acometidos de afeções medulares na junção toracolombar. A manutenção do ligamento supra-espinhal não perturba a realização da laminectomia, minimiza a ocorrência de defeitos estéticos na linha média dorsal e pode participar da compressão medular no pós-operatório imediato. |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001-02-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000100012 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000100012 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0103-84782001000100012 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Maria |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Maria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Ciência Rural v.31 n.1 2001 reponame:Ciência Rural instname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) instacron:UFSM |
instname_str |
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) |
instacron_str |
UFSM |
institution |
UFSM |
reponame_str |
Ciência Rural |
collection |
Ciência Rural |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1749140522022207488 |