Seletividade de diferentes agrotóxicos usados na cultura da soja ao parasitoide de ovos Telenomus remus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carmo,Eduardo Lima do
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Bueno,Adeney de Freitas, Bueno,Regiane Cristina Oliveira de Freitas, Vieira,Simone Silva, Gobbi,Alysson Luis, Vasco,Fabrício Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782009000800004
Resumo: A preservação dos agentes de controle biológico no agroecossistema é indispensável para o sucesso do manejo integrado de pragas. Entretanto, o controle químico de pragas ainda é indispensável em diversas culturas. Nesse contexto, a seletividade dos agrotóxicos aos inimigos naturais deve ser sempre considerada na escolha do melhor produto. Portanto, este estudo verificou o impacto causado por diferentes agrotóxicos na emergência do parasitoide de ovos Telenomus remus Nixon (Hymenoptera: Scelionidae), quando aplicados nas fases de larva e pupa (posturas de 100 a 150 ovos de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) seis e 10 dias após o parasitismo, respectivamente). Três ensaios, com 11 tratamentos e cinco repetições, foram conduzidos em laboratório com inseticidas, fungicidas e herbicidas, respectivamente. Cada ensaio foi conduzido com 10 tratamentos de agrotóxicos e água como testemunha seletiva. Todos os produtos fitossanitários foram testados nas doses utilizadas na cultura da soja. Ovos de S. frugiperda parasitados por T. remus foram imersos nos tratamentos por cinco segundos e, após secagem total, foram acondicionados em sacos plásticos até a emergência dos adultos dos parasitoides. A viabilidade do parasitismo foi avaliada, e a redução na emergência dos parasitoides foi classificada segundo as normas da International Organization for Biological Control (IOBC). Os resultados mostraram que os inseticidas do grupo dos reguladores de crescimento, como o flufenoxurom, diflubenzurom e metoxifenozido e também os inseticidas imidacloprido + beta-ciflutrina e acefato, foram seletivos às fases imaturas do parasitoide. Espinosade foi classificado como inócuo para larvas de T. remus. Gama-cialotrina foi levemente nocivo para larvas e inócuo para pupas. Bifentrina e clorpirifós foram, respectivamente, levemente nocivo e nocivo para ambas as fases de desenvolvimento de T. remus. Com relação aos herbicidas testados, 2,4-D, S-metolacloro, flumioxazina, dicloreto de paraquate + diurom, dicloreto de paraquate e glifosato (Roundup Transorb®) foram seletivos. Entretanto, glifosato + imazetapir, clomazona, glifosato (Gliz®), glifosato (Roundup Ready®) foram seletivos para a fase de larva e levemente nocivos (classe 2) para a fase de pupa de T. remus. Resultados semelhantes foram obtidos com os fungicidas flutriafol + tiofanato metílico, carbenzadim, trifloxistrobina + tebuconazole e azoxistrobina + ciproconazole, que foram classificados como inócuos. Tiofanato-metílico, tebuconazole e epoxiconazole + piraclostrobina foram levemente nocivos para larvas e inócuos para pupas. Inversamente, epoxiconazole e azoxistrobina foram seletivos para a fase de larva e levemente nocivos para a fase de pupa do parasitoide. Flutriafol foi classificado como levemente nocivo para ambas as fases de T. remus.
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