Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantes
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência Rural |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782013000700024 |
Resumo: | No Brasil, um dos grupos mais importantes de plantas tóxicas é o das que causam morte súbita associada ao exercício. Integram esse grupo, plantas das famílias Rubiaceae, Bignoniaceae e Malpighiaceae. A nomenclatura de algumas plantas da família Malpighiaceae designadas anteriormente como Mascagnia foram reclassificadas dentro do gênero Amorimia. Dentre as espécies tóxicas de Amorimia no Brasil, encontram-se Amorimia amazonica, Amorimia exotropica, Amorimia pubiflora, Amorimia rigida, Amorimia septentrionalis, Amorimia sp. (complexo Mascagnia rigida; Mascagnia aff. rigida) e uma planta identificada como Mascagnia sepium, que provavelmente se trata de Amorimia amazonica. Em todas essas espécies, foi determinado que o princípio ativo é o monofluoroacetato de sódio (MFA). Outra espécie tóxica, Amorimia concinna, causa morte súbita em bovinos na Colômbia, mas não tem sido estabelecido que contenha MFA. Atualmente, as únicas alternativas para o controle da intoxicação são a utilização de herbicidas, a remoção manual das plantas ou o uso de cercas para evitar que os animais tenham acesso às plantas. Pesquisas demonstraram a possibilidade de utilizar a técnica de aversão condicionada para evitar que os animais ingiram A. rigida. Foi demonstrado que caprinos aumentam consideravelmente a resistência à intoxicação mediante a ingestão de quantidades não tóxicas de A. septentrionalis ou por transfaunação de conteúdo ruminal de animais resistentes para animais susceptíveis. Bactérias que hidrolisam MFA foram isoladas do solo, de folhas de A. septentrionalis e Palicourea aeneofusca e do rúmen de caprinos, sugerindo que a intoxicação possa ser prevenida pela inoculação intra-ruminal dessas bactérias. |
id |
UFSM-2_e5e2ab011166583f1f65849ded9fbd75 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-84782013000700024 |
network_acronym_str |
UFSM-2 |
network_name_str |
Ciência rural (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantesAmorimia spp.insuficiência cardíaca agudaMascagnia spp.monofluoroacetato de sódiomorte súbitaplantas tóxicasNo Brasil, um dos grupos mais importantes de plantas tóxicas é o das que causam morte súbita associada ao exercício. Integram esse grupo, plantas das famílias Rubiaceae, Bignoniaceae e Malpighiaceae. A nomenclatura de algumas plantas da família Malpighiaceae designadas anteriormente como Mascagnia foram reclassificadas dentro do gênero Amorimia. Dentre as espécies tóxicas de Amorimia no Brasil, encontram-se Amorimia amazonica, Amorimia exotropica, Amorimia pubiflora, Amorimia rigida, Amorimia septentrionalis, Amorimia sp. (complexo Mascagnia rigida; Mascagnia aff. rigida) e uma planta identificada como Mascagnia sepium, que provavelmente se trata de Amorimia amazonica. Em todas essas espécies, foi determinado que o princípio ativo é o monofluoroacetato de sódio (MFA). Outra espécie tóxica, Amorimia concinna, causa morte súbita em bovinos na Colômbia, mas não tem sido estabelecido que contenha MFA. Atualmente, as únicas alternativas para o controle da intoxicação são a utilização de herbicidas, a remoção manual das plantas ou o uso de cercas para evitar que os animais tenham acesso às plantas. Pesquisas demonstraram a possibilidade de utilizar a técnica de aversão condicionada para evitar que os animais ingiram A. rigida. Foi demonstrado que caprinos aumentam consideravelmente a resistência à intoxicação mediante a ingestão de quantidades não tóxicas de A. septentrionalis ou por transfaunação de conteúdo ruminal de animais resistentes para animais susceptíveis. Bactérias que hidrolisam MFA foram isoladas do solo, de folhas de A. septentrionalis e Palicourea aeneofusca e do rúmen de caprinos, sugerindo que a intoxicação possa ser prevenida pela inoculação intra-ruminal dessas bactérias.Universidade Federal de Santa Maria2013-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782013000700024Ciência Rural v.43 n.7 2013reponame:Ciência Ruralinstname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)instacron:UFSM10.1590/S0103-84782013005000081info:eu-repo/semantics/openAccessDuarte,Amélia LizzianeMedeiros,Rosane Maria TrindadeRiet-Correa,Franklinpor2013-07-30T00:00:00ZRevista |
dc.title.none.fl_str_mv |
Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantes |
title |
Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantes |
spellingShingle |
Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantes Duarte,Amélia Lizziane Amorimia spp. insuficiência cardíaca aguda Mascagnia spp. monofluoroacetato de sódio morte súbita plantas tóxicas |
title_short |
Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantes |
title_full |
Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantes |
title_fullStr |
Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantes |
title_full_unstemmed |
Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantes |
title_sort |
Intoxicação por Amorimia spp. em ruminantes |
author |
Duarte,Amélia Lizziane |
author_facet |
Duarte,Amélia Lizziane Medeiros,Rosane Maria Trindade Riet-Correa,Franklin |
author_role |
author |
author2 |
Medeiros,Rosane Maria Trindade Riet-Correa,Franklin |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Duarte,Amélia Lizziane Medeiros,Rosane Maria Trindade Riet-Correa,Franklin |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Amorimia spp. insuficiência cardíaca aguda Mascagnia spp. monofluoroacetato de sódio morte súbita plantas tóxicas |
topic |
Amorimia spp. insuficiência cardíaca aguda Mascagnia spp. monofluoroacetato de sódio morte súbita plantas tóxicas |
description |
No Brasil, um dos grupos mais importantes de plantas tóxicas é o das que causam morte súbita associada ao exercício. Integram esse grupo, plantas das famílias Rubiaceae, Bignoniaceae e Malpighiaceae. A nomenclatura de algumas plantas da família Malpighiaceae designadas anteriormente como Mascagnia foram reclassificadas dentro do gênero Amorimia. Dentre as espécies tóxicas de Amorimia no Brasil, encontram-se Amorimia amazonica, Amorimia exotropica, Amorimia pubiflora, Amorimia rigida, Amorimia septentrionalis, Amorimia sp. (complexo Mascagnia rigida; Mascagnia aff. rigida) e uma planta identificada como Mascagnia sepium, que provavelmente se trata de Amorimia amazonica. Em todas essas espécies, foi determinado que o princípio ativo é o monofluoroacetato de sódio (MFA). Outra espécie tóxica, Amorimia concinna, causa morte súbita em bovinos na Colômbia, mas não tem sido estabelecido que contenha MFA. Atualmente, as únicas alternativas para o controle da intoxicação são a utilização de herbicidas, a remoção manual das plantas ou o uso de cercas para evitar que os animais tenham acesso às plantas. Pesquisas demonstraram a possibilidade de utilizar a técnica de aversão condicionada para evitar que os animais ingiram A. rigida. Foi demonstrado que caprinos aumentam consideravelmente a resistência à intoxicação mediante a ingestão de quantidades não tóxicas de A. septentrionalis ou por transfaunação de conteúdo ruminal de animais resistentes para animais susceptíveis. Bactérias que hidrolisam MFA foram isoladas do solo, de folhas de A. septentrionalis e Palicourea aeneofusca e do rúmen de caprinos, sugerindo que a intoxicação possa ser prevenida pela inoculação intra-ruminal dessas bactérias. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-07-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782013000700024 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782013000700024 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0103-84782013005000081 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Maria |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Maria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Ciência Rural v.43 n.7 2013 reponame:Ciência Rural instname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) instacron:UFSM |
instname_str |
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) |
instacron_str |
UFSM |
institution |
UFSM |
reponame_str |
Ciência Rural |
collection |
Ciência Rural |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1749140544352681984 |