Criminalização do funk e racismo estrutural: a narratividade discursiva nos portais R7 e G1 sobre a tragédia de Paraisópolis
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Data de Publicação: | 2022 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Manancial - Repositório Digital da UFSM |
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Texto Completo: | http://repositorio.ufsm.br/handle/1/23791 |
Resumo: | Trabalho de conclusão de curso (graduação) - Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen, Curso de Jornalismo, RS, 2022. |
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Criminalização do funk e racismo estrutural: a narratividade discursiva nos portais R7 e G1 sobre a tragédia de ParaisópolisNarratividadeCriminalização do funkDiscurso jornalísticoDiscurso racializadoNarrativityCriminalization of funkJournalistic discourseRacialized speechCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAOTrabalho de conclusão de curso (graduação) - Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen, Curso de Jornalismo, RS, 2022.The general objective of this work is to problematize the discursive characteristics of the G1 and R7 media portals on the tragedy of Paraisópolis (2019), in order to understand how journalistic discourse on this topic is produced and circulated. Tragédia de Paraisópolis was the statement given to an action by the Military Police of São Paulo during a “funk” party, which resulted in nine deaths in 2019; This event had a lot of visibility and repercussion in the mainstream media and expanded the discussion about the criminalization of “funk”. From the grouping of people in the peripheries, who share similar histories and socioeconomic conditions, Brazilian funk is born. As a result of this musical style, the so-called funk dances are derived, parties with a large concentration of young people and very powerful sounds, which take place in the suburban and peripheral regions of Rio de Janeiro, São Paulo and other states of the country. The relationship between newspapers and the funk crowd has been unstable for a long time, which is reflected in the journalistic coverage of the object of this research, which is part of the field of Discourse Analysis and mobilizes concepts such as discursive formation, discursive memory, discursive event and narrativity, supported by Pêcheux (1990, 1995, 1999), Foucault (2008) and Orlandi (2005, 2015, 2017). In order to observe racialized journalistic discourses (MODESTO, 2021), Mbembe's concepts of necropolitics (2011) and Almeida's structural racism (2018) were mobilized. For the constitution of the object of analysis of this study, the organization of the file was carried out, through the collection of journalistic texts found on the online platform "Google Notícias", using the statement "Tragédia de Paraisópolis", in three different periods of time. The first, referring to the day of the tragedy, 12/01/2019, the second corresponding to 08/27/2020, the date on which the Public Prosecutor's Office of São Paulo denounces the police for intent homicide, and the third, in 2021, when the Court accepts the complaint. For this study, two news portals considered national reference were chosen "R7" and "G1". Since it is important to understand whether the journalistic coverage corroborates the process of criminalization of funk, it is interesting to look out for reference vehicles, given that the reach of these portals is expressive. This work intends to understand how journalistic narrativity “textualizes memory” (ORLANDI, 2017) when it comes to events related to black and peripheral culture, resulting in the inscription of the two portals in the same discursive formation so that, by the functioning of the narrativity, it became possible to observe the process of criminalization of funk and the deletion of racialization about the event.Este trabalho tem como objetivo geral problematizar as características discursivas dos portais G1 e R7 sobre a Tragédia de Paraisópolis (2019), de forma a compreender como se produz e circula o discurso jornalístico sobre essa temática. Tragédia de Paraisópolis foi o enunciado dado a uma ação da Polícia Militar de São Paulo durante um baile funk, que resultou em nove mortes, no ano de 2019; acontecimento este que teve muita visibilidade e repercussão na grande mídia e ampliou a discussão sobre a criminalização do funk. A partir do agrupamento das pessoas nas periferias, que partilham de histórias e condições socioeconômicas semelhantes, nasce o funk brasileiro. Como consequência desse estilo musical, derivam os denominados bailes funk, festas com grande concentração de jovens e sons muito potentes, que ocorrem nas regiões suburbanas e periféricas do Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados do país. Há muito tempo o relacionamento entre jornais e a galera funk é instável, o que reflete na cobertura jornalística do objeto desta pesquisa, que se insere no campo da Análise do Discurso e mobiliza conceitos como os de formação discursiva, memória discursiva, acontecimento discursivo e narratividade, com respaldo em Pêcheux (1990, 1995, 1999), Foucault (2008) e Orlandi (2005, 2015, 2017). A fim de observar os discursos jornalísticos racializados (MODESTO, 2021), foram mobilizados os conceitos de necropolítica, de Mbembe (2011) e racismo estrutural de Almeida (2018). Para a constituição do objeto de análise deste estudo, foi realizada a organização do arquivo, por meio da coleta de textos jornalísticos encontrados na plataforma online “Google Notícias”, com o emprego do enunciado “Tragédia de Paraisópolis”, em três períodos de tempo diferentes. O primeiro, referente ao dia da tragédia, 01/12/2019, o segundo correspondente ao dia 27/08/2020, data em que o Ministério Público de São Paulo denuncia os policiais por homicídio com dolo eventual, e o terceiro, em 2021, quando a Justiça aceita a denúncia. Para tal estudo, foram escolhidos dois portais de notícia tidos como de referência nacional, sendo eles o R7 e o G1. Já que há a importância de compreender se a cobertura jornalística corrobora no processo de criminalização do funk, é interessante recortar veículos de referência, tendo em vista que o alcance desses portais é expressivo. Com este trabalho pretende-se compreender de que forma a narratividade jornalística “textualiza a memória” (ORLANDI, 2017) quando se trata de acontecimentos relacionados à cultura negra e periférica, tendo como resultado a inscrição dos dois portais em uma mesma formação discursiva de modo que, pelo funcionamento da narratividade, tornou-se possível a observação do processo de criminalização do funk e o apagamento da racialização ante o acontecimento.Universidade Federal de Santa MariaBrasilUFSMUFSM Frederico WestphalenRosa, Marluza Terezinha daSouza, Pamela Nascimento de2022-03-16T14:01:32Z2022-03-16T14:01:32Z2022-02-042022Trabalho de Conclusão de Curso de Graduaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfSOUSA, P. N. Criminalização do funk e racismo estrutural: a narratividade discursiva nos portais R7 e G1 sobre a tragédia de Paraisópolis. 2022. 63 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Jornalismo)- Universidade Federal de Santa Maria, Frederico Westphalen, RS, 2022.http://repositorio.ufsm.br/handle/1/23791ark:/26339/001300000kgp3porAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 Internationalhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Manancial - Repositório Digital da UFSMinstname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)instacron:UFSM2022-08-12T14:56:56Zoai:repositorio.ufsm.br:1/23791Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://repositorio.ufsm.br/ONGhttps://repositorio.ufsm.br/oai/requestatendimento.sib@ufsm.br||tedebc@gmail.comopendoar:2022-08-12T14:56:56Manancial - Repositório Digital da UFSM - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)false |
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