Caracterização da cultura de crack na cidade de São Paulo: padrão de uso controlado
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4500 http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102008005000039 |
Resumo: | OBJETIVO: Caracterizar a situação do uso de crack na cidade de São Paulo, assim como o perfil sociodemográfico de seu usuário. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo qualitativo etnográfico com amostra intencional de usuários (n=45) e ex-usuários de crack (n=17). Os participantes foram recrutados pela técnica de amostragem em cadeias e responderam a uma entrevista semi-estruturada, direcionada por questionário, durante os anos de 2004 e 2005. O conjunto de cada questão e suas respectivas respostas originou relatórios específicos que foram interpretados individualmente. ANÁLISE DOS RESULTADOS: O perfil predominante do usuário de crack foi ser homem, jovem, solteiro, de baixa classe socioeconômica, baixo nível de escolaridade e sem vínculos empregatícios formais. O padrão de uso mais freqüentemente citado foi o compulsivo, caracterizado pelo uso múltiplo de drogas e desenvolvimento de atividades ilícitas em troca de crack ou dinheiro. Entretanto, identificou-se o uso controlado que consiste no uso não-diário de crack, mediado por fatores individuais, desenvolvidos intuitivamente pelo usuário e semelhantes, em natureza, às estratégias adotadas por ex-usuários para o alcance do estado de abstinência. CONCLUSÕES: A cultura do uso de crack tem sofrido mudanças quanto ao padrão de uso. Embora a maioria dos usuários o faça de forma compulsiva, observou-se a existência do uso controlado, que merece maior detalhamento, principalmente quanto às estratégias adotadas para seu alcance. |
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Oliveira, Lúcio Garcia de [UNIFESP]Nappo, Solange Aparecida [UNIFESP]Centro de Informações sobre Saúde e ÁlcoolUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:38:40Z2015-06-14T13:38:40Z2008-08-01OLIVEIRA, Lúcio Garcia de; NAPPO, Solange Aparecida. Caracterização da cultura de crack na cidade de São Paulo: padrão de uso controlado. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 42, n. 4, p. 664-671, ago. 20080034-8910http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4500http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102008005000039S0034-89102008000400012.pdfS0034-89102008000400012-pt.pdfS0034-8910200800040001210.1590/S0034-89102008005000039WOS:000259193400012OBJETIVO: Caracterizar a situação do uso de crack na cidade de São Paulo, assim como o perfil sociodemográfico de seu usuário. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo qualitativo etnográfico com amostra intencional de usuários (n=45) e ex-usuários de crack (n=17). Os participantes foram recrutados pela técnica de amostragem em cadeias e responderam a uma entrevista semi-estruturada, direcionada por questionário, durante os anos de 2004 e 2005. O conjunto de cada questão e suas respectivas respostas originou relatórios específicos que foram interpretados individualmente. ANÁLISE DOS RESULTADOS: O perfil predominante do usuário de crack foi ser homem, jovem, solteiro, de baixa classe socioeconômica, baixo nível de escolaridade e sem vínculos empregatícios formais. O padrão de uso mais freqüentemente citado foi o compulsivo, caracterizado pelo uso múltiplo de drogas e desenvolvimento de atividades ilícitas em troca de crack ou dinheiro. Entretanto, identificou-se o uso controlado que consiste no uso não-diário de crack, mediado por fatores individuais, desenvolvidos intuitivamente pelo usuário e semelhantes, em natureza, às estratégias adotadas por ex-usuários para o alcance do estado de abstinência. CONCLUSÕES: A cultura do uso de crack tem sofrido mudanças quanto ao padrão de uso. Embora a maioria dos usuários o faça de forma compulsiva, observou-se a existência do uso controlado, que merece maior detalhamento, principalmente quanto às estratégias adotadas para seu alcance.OBJECTIVE: To characterize the situation regarding crack cocaine use in the city of São Paulo, along with the sociodemographic profile of its users. METHODOLOGICAL PROCEDURES: Qualitative ethnographic study carried out with an intentional sample of crack cocaine users (n=45) and former users (n=17). The participants were recruited by means of the chain sampling method and they underwent a semi-structured interview guided by a questionnaire, in 2004 and 2005. The combination of each question and its respective responses gave rise to specific reports that were interpreted individually. ANALYSIS OF THE RESULTS: The predominating profile of the crack cocaine users was that they were single young men of low socioeconomic class and low schooling level, without formal employment ties. The pattern of use most frequently cited was compulsive, characterized by multiple drug use and carrying out illegal activities in exchange for crack cocaine or money. However, controlled use was also identified. This consisted of non-daily use of crack cocaine mediated by individual factors that were developed intuitively by the user. Controlled use was similar in nature to the strategies adopted by former users to achieve a state of abstinence. CONCLUSIONS: The culture of crack cocaine use has undergone changes regarding the pattern of use. Although most users do so compulsively, the existence of controlled use was observed. This deserves to be investigated in more detail, particularly with regard to the strategies adopted to attain this.OBJETIVO: Caracterizar la situación del uso de crack en la ciudad de São Paulo, así como el perfil sociodemográfico del usuario. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudio cualitativo etnográfico con muestra intencional de usuarios (n=45) y ex-usuarios de crack (n=17). Los participantes fueron reclutados por la técnica de toma de muestra en cadenas y respondieron a una entrevista semi-estructurada, direccionada por cuestionario, durante los anos de 2004 y 2005. El conjunto de cada pregunta y sus respectivas respuestas originó informes específicos que fueron interpretados individualmente. ANÁLISE DOS RESULTADOS: El perfil predominante de usuario de crack fue ser hombre, joven, soltero, de baja clase socioeconómica, bajo nivel de escolaridad y sin vínculos de empleo formal. El padrón de uso mas frecuente citado fue el compulsivo, caracterizado por el uso múltiple de drogas y desarrollo de actividades ilícitas en cambio por crack o dinero. Sin embargo, se identificó el uso controlado que consiste en el uso no diario de crack, mediado por factores individuales, desarrollados intuitivamente por el usuario y semejantes, en naturaleza, a las estrategias adoptadas por ex-usuario para el alcance del estado de abstinencia. CONCLUSÕES: La cultura del uso de crack ha sufrido cambios en relación al padrón de uso. A pesar de la mayoría de los usuarios lo haga de forma compulsiva, se observó la existencia del uso controlado, que merece mas detalles, principalmente en relación a las estrategias adoptadas para su alcance.Centro de Informações sobre Saúde e ÁlcoolUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas PsicotrópicasUNIFESP, Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas PsicotrópicasSciELO664-671porFaculdade de Saúde Pública da Universidade de São PauloRevista de Saúde PúblicaCocaína CrackTranstornos Relacionados ao Uso de SubstânciasFatores SocioeconômicosConhecimentosPesquisa QualitativaCrack CocaineSubstance-Related DisordersSocioeconomic FactorsHealth KnowledgeQualitative ResearchCaracterização da cultura de crack na cidade de São Paulo: padrão de uso controladoCharacterization of the crack cocaine culture in the city of São Paulo: a controlled pattern of useCaracterización de la cultura de crack en la ciudad de São Paulo: el padrón del uso controladoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0034-89102008000400012.pdfapplication/pdf173161${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4500/1/S0034-89102008000400012.pdf7d24925bf1bad5ea099abc5f4a6eb516MD51open accessS0034-89102008000400012-pt.pdfS0034-89102008000400012-pt.pdfapplication/pdf64678${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4500/3/S0034-89102008000400012-pt.pdf349a3aa39a433e41837a70d1bfd6c354MD53open accessTEXTS0034-89102008000400012.pdf.txtS0034-89102008000400012.pdf.txtExtracted texttext/plain35243${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4500/2/S0034-89102008000400012.pdf.txt3cea6fe21c13291ca4b09bb5e848beabMD52open accessS0034-89102008000400012-pt.pdf.txtS0034-89102008000400012-pt.pdf.txtExtracted texttext/plain36260${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4500/4/S0034-89102008000400012-pt.pdf.txtf13f36406170815919966e2ea557997bMD54open access11600/45002022-02-18 12:08:06.925open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/4500Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-02-18T15:08:06Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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