Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mata, Gustavo Ferreira da [UNIFESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/62498
Resumo: Introdução: A despeito dos avanços nas terapias dialíticas, o transplante renal mostrase como a melhor terapia para o tratamento da doença renal crônica em estágio final. Contudo, a sobrevida do enxerto depende de fatores variados: idade do enxerto, tempo de isquemia fria, ocorrência de rejeições, adesão ao tratamento, regime imunossupressor, compatibilidade, tipo de doador, doença de base do receptor, entre outros. Dentre as doenças glomerulares que comumente progridem para a doença renal crônica terminal, a glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) ocupa posição de destaque por sua prevalência e por sua alta recorrência após transplante renal. Após o transplante, a doença pode recorrer em 15-52% dos casos e, se não tratada, leva à perda precoce do enxerto em mais de 50% dos casos. Objetivo: realizar análise descritiva de uma coorte de pacientes com GESF póstransplante renal quanto às características demográficas do receptor e do doador, evolução clínica, resposta a tratamento e progressão da doença glomerular para “perda do enxerto”. Material e Método: trata-se de um estudo de coorte retrospectiva, incluindo pacientes adolescentes e adultos, submetidos a transplante renal com doadores vivos e falecidos entre janeiro de 1999 e setembro de 2014, no Setor de Transplantes (Disciplina de Nefrologia) da Universidade Federal de São Paulo/Hospital do Rim, São Paulo (SP), Brasil. Resultados: no período correspondente ao estudo foram identificados 88 pacientes com diagnóstico de GESF pós-transplante. A média de idade dos pacientes nesta amostra foi de 29,1 ± 13,3 anos no momento do transplante, com predomínio de pacientes do sexo masculino e de raça branca. Transplantes com doadores falecidos predominaram (60,9%). Dentre estes, 25,6% foram realizados com doador de critério expandido. A função tardia do enxerto ocorreu em 47,6% dos receptores. O tempo médio de aparecimento de proteinúria superior a 0,5g/g foi de 20,51 ± 20,88 dias. A indicação de biópsia do enxerto renal devida à suspeita de GESF ocorreu com mediana de 79 dias, no entanto características histológicas da GESF foram verificadas, na maioria das vezes, em biópsias subsequentes, sendo o tempo médio de aparecimento das alterações histológicas de 164,56 ± 375,89 dias. Apenas 21,5% dos pacientes tiveram características histológicas da GESF na primeira biópsia do enxerto realizada. A grande maioria dos pacientes (90,80%) foi submetida a pulsoterapia com metilprednisolona associada à plasmaférese (70,10%). Tomando-se um período de 60 meses após o transplante renal, 44,16% dos pacientes tiveram remissão parcial, 25,97% remissão completa e 29,87% não apresentaram remissão. Contudo, 50,60% dos pacientes evoluíram com a perda do enxerto, sendo 77,27% secundária a GESF. Após 12 meses de transplante, a creatinina sérica foi, em média, de 1,94 ± 1,02 mg/dL. A principal complicação do tratamento foi infecção/sepse (67,5%). Oito pacientes (9,4%) faleceram no período de 60 meses, sendo cinco (62,5%) óbitos atribuídos a infecção. Conclusão: a GESF após transplante renal é uma doença de alta recorrência, comumente precoce, porém as alterações histológicas na microscopia óptica não são simultâneas ao aparecimento da proteinúria. O índice de infecção durante o seguimento foi elevado e relacionou-se com a mortalidade. Foi elevada a taxa de perda do enxerto atribuída à GESF pós-transplante ao longo de todo o seguimento e correspondeu à metade dos indivíduos acometidos. A terapia com plasmaférese constituiu-se em medida eficaz para tratamento da GESF pós-transplante e foi capaz de contribuir para resposta parcial ou total em mais de 70% dos pacientes.
id UFSP_0baca145c7dc84fcfadad26a508d927f
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/62498
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Mata, Gustavo Ferreira da [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/8180147777542416http://lattes.cnpq.br/5744106277657588http://lattes.cnpq.br/7250195328752808Kirsztajn, Gianna Mastroianni [UNIFESP]Pestana, José Osmar de Medina Abreu [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP2022-01-04T13:30:06Z2022-01-04T13:30:06Z2016MATA, G. F. Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos. São Paulo, 2016. 65f. Dissertação (Mestrado em Nefrologia ) – Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2016.https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/62498Introdução: A despeito dos avanços nas terapias dialíticas, o transplante renal mostrase como a melhor terapia para o tratamento da doença renal crônica em estágio final. Contudo, a sobrevida do enxerto depende de fatores variados: idade do enxerto, tempo de isquemia fria, ocorrência de rejeições, adesão ao tratamento, regime imunossupressor, compatibilidade, tipo de doador, doença de base do receptor, entre outros. Dentre as doenças glomerulares que comumente progridem para a doença renal crônica terminal, a glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) ocupa posição de destaque por sua prevalência e por sua alta recorrência após transplante renal. Após o transplante, a doença pode recorrer em 15-52% dos casos e, se não tratada, leva à perda precoce do enxerto em mais de 50% dos casos. Objetivo: realizar análise descritiva de uma coorte de pacientes com GESF póstransplante renal quanto às características demográficas do receptor e do doador, evolução clínica, resposta a tratamento e progressão da doença glomerular para “perda do enxerto”. Material e Método: trata-se de um estudo de coorte retrospectiva, incluindo pacientes adolescentes e adultos, submetidos a transplante renal com doadores vivos e falecidos entre janeiro de 1999 e setembro de 2014, no Setor de Transplantes (Disciplina de Nefrologia) da Universidade Federal de São Paulo/Hospital do Rim, São Paulo (SP), Brasil. Resultados: no período correspondente ao estudo foram identificados 88 pacientes com diagnóstico de GESF pós-transplante. A média de idade dos pacientes nesta amostra foi de 29,1 ± 13,3 anos no momento do transplante, com predomínio de pacientes do sexo masculino e de raça branca. Transplantes com doadores falecidos predominaram (60,9%). Dentre estes, 25,6% foram realizados com doador de critério expandido. A função tardia do enxerto ocorreu em 47,6% dos receptores. O tempo médio de aparecimento de proteinúria superior a 0,5g/g foi de 20,51 ± 20,88 dias. A indicação de biópsia do enxerto renal devida à suspeita de GESF ocorreu com mediana de 79 dias, no entanto características histológicas da GESF foram verificadas, na maioria das vezes, em biópsias subsequentes, sendo o tempo médio de aparecimento das alterações histológicas de 164,56 ± 375,89 dias. Apenas 21,5% dos pacientes tiveram características histológicas da GESF na primeira biópsia do enxerto realizada. A grande maioria dos pacientes (90,80%) foi submetida a pulsoterapia com metilprednisolona associada à plasmaférese (70,10%). Tomando-se um período de 60 meses após o transplante renal, 44,16% dos pacientes tiveram remissão parcial, 25,97% remissão completa e 29,87% não apresentaram remissão. Contudo, 50,60% dos pacientes evoluíram com a perda do enxerto, sendo 77,27% secundária a GESF. Após 12 meses de transplante, a creatinina sérica foi, em média, de 1,94 ± 1,02 mg/dL. A principal complicação do tratamento foi infecção/sepse (67,5%). Oito pacientes (9,4%) faleceram no período de 60 meses, sendo cinco (62,5%) óbitos atribuídos a infecção. Conclusão: a GESF após transplante renal é uma doença de alta recorrência, comumente precoce, porém as alterações histológicas na microscopia óptica não são simultâneas ao aparecimento da proteinúria. O índice de infecção durante o seguimento foi elevado e relacionou-se com a mortalidade. Foi elevada a taxa de perda do enxerto atribuída à GESF pós-transplante ao longo de todo o seguimento e correspondeu à metade dos indivíduos acometidos. A terapia com plasmaférese constituiu-se em medida eficaz para tratamento da GESF pós-transplante e foi capaz de contribuir para resposta parcial ou total em mais de 70% dos pacientes.Background: In spite of advances in dialysis therapies, renal transplantation is the best therapy for the treatment of end stage renal disease (ESRD). However, graft survival depends on varied factors: graft age, cold ischemia time, occurrence of rejections, adherence to treatment, immunosuppressive drugs, compatibility, donor type, recipient disease, others. Among glomerular diseases that progress to ESRD, focal segmental glomerulosclerosis (FSGS) occupies a prominent position due to its prevalence and its high recurrence after renal transplantation. After transplantation, the disease can recur in 15-52% of cases and, if left untreated, leads to early graft loss in more than 50% of cases. Objective: To perform a descriptive analysis of a cohort of patients with post-transplant FSGS in terms of recipient and donor demographic characteristics, clinical course, response to treatment and progression of glomerular disease to "graft loss". Material and Methods: This is a retrospective cohort study, including adolescent and adult patients, submitted to renal transplantation with live and deceased donors between January 1999 and September 2014 in the Transplant Section (Division of Nephrology) of the Federal University of São Paulo/Hospital do Rim, São Paulo (SP), Brazil. Results: 88 patients with post-transplant FSGS were identified along the period of this study. The mean age of the patients in this sample was 29.1 ± 13.3 years at the time of transplantation, with predominance of male and white patients. Transplants with deceased donors predominated (60.9%). Of these, 25.6% were performed with an expanded criterion donor. Delay graft function occurred in 47.6% of recipients. The mean time to onset of proteinuria greater than 0.5 g / g was 20.51 ± 20.88 days. The indication of biopsy of the renal graft due to the suspicion of FSGS occurred with a median of 79 days, and histological characteristics of the FSGS were verified, in most cases, only in the subsequent biopsies, with a mean time of appearance of the histological changes of 164.56 ± 375.89 days. Only 21.5% of the patients had histological characteristics of FSGS in the first graft biopsy. The vast majority of patients (90.80%) underwent pulse therapy with methylprednisolone associated with plasmapheresis (70.10%). Taking a period of 60 months after kidney transplantation, 44.16% of the patients had partial remission, 25.97% complete remission and 29.87% had no remission. However, 50.60% of the patients evolved with graft loss (77.27% secondary to FSGS). After 12 months of transplantation, mean serum creatinine was 1.94 ± 1.02 mg/dL. The main complication of the treatment was infection/sepsis (67.5%). Eight patients (9.4%) died in the 60-month period, five (62.5%) deaths were attributed to infection. Conclusion: FSGS after renal transplantation presented a high rate of recurrence, usually early in the course of the disease. The histological changes in light microscopy were not simultaneous to the appearance of proteinuria. The infection rate during follow-up was high and related to mortality. The graft loss rate attributed to the post-transplant FSGS was elevated throughout the follow-up and corresponded to half of the individuals affected. Plasmapheresis therapy was an effective measure for the treatment of post-transplant FSGS and was able to contribute to partial or total response in more than 70% of the patients.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)65 f.porUniversidade Federal de São PauloGlomeruloesclerose Segmentar e FocalTransplante renalRecorrênciaPrognósticoRenal transplantationRecurrencePrognosisFocal segmental glomerulosclerosisGlomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticosPost-transplant focal segmental glomerulosclerosis: diagnosis and prognosis factors.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)Medicina (Nefrologia)GlomerulonefritesGlomeruloesclerose segmentar e focal após transplante renalORIGINALMata GF - GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL PÓS-TRANSPLANTE RENAL- DIAGNÓSTICO E FATORES PROGNÓSTICOS.pdfMata GF - GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL PÓS-TRANSPLANTE RENAL- DIAGNÓSTICO E FATORES PROGNÓSTICOS.pdfTeseapplication/pdf912880${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62498/1/Mata%20GF%20-%20GLOMERULOESCLEROSE%20SEGMENTAR%20E%20FOCAL%20P%c3%93S-TRANSPLANTE%20RENAL-%20%20DIAGN%c3%93STICO%20E%20FATORES%20PROGN%c3%93STICOS.pdf5b54c713f851c851aa542cc2fa976e3aMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85847${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62498/2/license.txt2388b9ebde9ebac3e136e3d6f0d13929MD52open accessTEXTMata GF - GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL PÓS-TRANSPLANTE RENAL- DIAGNÓSTICO E FATORES PROGNÓSTICOS.pdf.txtMata GF - GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL PÓS-TRANSPLANTE RENAL- DIAGNÓSTICO E FATORES PROGNÓSTICOS.pdf.txtExtracted texttext/plain90499${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62498/6/Mata%20GF%20-%20GLOMERULOESCLEROSE%20SEGMENTAR%20E%20FOCAL%20P%c3%93S-TRANSPLANTE%20RENAL-%20%20DIAGN%c3%93STICO%20E%20FATORES%20PROGN%c3%93STICOS.pdf.txt0968f9367dc5f89dd61ab9b2f37f9f22MD56open accessTHUMBNAILMata GF - GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL PÓS-TRANSPLANTE RENAL- DIAGNÓSTICO E FATORES PROGNÓSTICOS.pdf.jpgMata GF - GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR E FOCAL PÓS-TRANSPLANTE RENAL- DIAGNÓSTICO E FATORES PROGNÓSTICOS.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3847${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62498/8/Mata%20GF%20-%20GLOMERULOESCLEROSE%20SEGMENTAR%20E%20FOCAL%20P%c3%93S-TRANSPLANTE%20RENAL-%20%20DIAGN%c3%93STICO%20E%20FATORES%20PROGN%c3%93STICOS.pdf.jpg674dece5d1be0de284f587802e5909fcMD58open access11600/624982023-05-22 02:52:06.519open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/62498VEVSTU9TIEUgQ09OREnDh8OVRVMgUEFSQSBPIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gRE8gQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIE5PIFJFUE9TSVTDk1JJTyBJTlNUSVRVQ0lPTkFMIFVOSUZFU1AKCjEuIEV1LCBHdXN0YXZvIE1hdGEgKGd1c3Rhdm8ubWF0YUB1bmlmZXNwLmJyKSwgcmVzcG9uc8OhdmVsIHBlbG8gdHJhYmFsaG8g4oCcR0xPTUVSVUxPRVNDTEVST1NFIFNFR01FTlRBUiBFIEZPQ0FMIFDDk1MtVFJBTlNQTEFOVEUgUkVOQUw6IERJQUdOw5NTVElDTyBFIEZBVE9SRVMgUFJPR07Dk1NUSUNPU+KAnSBlL291IHVzdcOhcmlvLWRlcG9zaXRhbnRlIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AsYXNzZWd1cm8gbm8gcHJlc2VudGUgYXRvIHF1ZSBzb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgZGlyZWl0b3MgY29uZXhvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHRvdGFsaWRhZGUgZGEgT2JyYSBvcmEgZGVwb3NpdGFkYSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwsIGJlbSBjb21vIGRlIHNldXMgY29tcG9uZW50ZXMgbWVub3JlcywgZW0gc2UgdHJhdGFuZG8gZGUgb2JyYSBjb2xldGl2YSwgY29uZm9ybWUgbyBwcmVjZWl0dWFkbyBwZWxhIExlaSA5LjYxMC85OCBlL291IExlaSA5LjYwOS85OC4gTsOjbyBzZW5kbyBlc3RlIG8gY2FzbywgYXNzZWd1cm8gdGVyIG9idGlkbyBkaXJldGFtZW50ZSBkb3MgZGV2aWRvcyB0aXR1bGFyZXMgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlIHBhcmEgYSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZGEgT2JyYSwgYWJyYW5nZW5kbyB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmV4b3MgYWZldGFkb3MgcGVsYSBhc3NpbmF0dXJhIGRvIHByZXNlbnRlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8sIGRlIG1vZG8gYSBlZmV0aXZhbWVudGUgaXNlbnRhciBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIGUgc2V1cyBmdW5jaW9uw6FyaW9zIGRlIHF1YWxxdWVyIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgcGVsbyB1c28gbsOjby1hdXRvcml6YWRvIGRvIG1hdGVyaWFsIGRlcG9zaXRhZG8sIHNlamEgZW0gdmluY3VsYcOnw6NvIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AsIHNlamEgZW0gdmluY3VsYcOnw6NvIGEgcXVhaXNxdWVyIHNlcnZpw6dvcyBkZSBidXNjYSBlIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIGRlIGNvbnRlw7pkbyBxdWUgZmHDp2FtIHVzbyBkYXMgaW50ZXJmYWNlcyBlIGVzcGHDp28gZGUgYXJtYXplbmFtZW50byBwcm92aWRlbmNpYWRvcyBwZWxhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGNvbmNvcmTDom5jaWEgY29tIGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2VxdcOqbmNpYSBhIHRyYW5zZmVyw6puY2lhLCBhIHTDrXR1bG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZSBuw6NvLW9uZXJvc28sIGlzZW50YSBkbyBwYWdhbWVudG8gZGUgcm95YWx0aWVzIG91IHF1YWxxdWVyIG91dHJhIGNvbnRyYXByZXN0YcOnw6NvLCBwZWN1bmnDoXJpYSBvdSBuw6NvLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTw6NvIFBhdWxvIChVTklGRVNQKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXJtYXplbmFyIGRpZ2l0YWxtZW50ZSwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlIGRlIGRpc3RyaWJ1aXIgbmFjaW9uYWwgZSBpbnRlcm5hY2lvbmFsbWVudGUgYSBPYnJhLCBpbmNsdWluZG8tc2UgbyBzZXUgcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0LCBwb3IgbWVpb3MgZWxldHLDtG5pY29zIGFvIHDDumJsaWNvIGVtIGdlcmFsLCBlbSByZWdpbWUgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCjMuIEEgcHJlc2VudGUgbGljZW7Dp2EgdGFtYsOpbSBhYnJhbmdlLCBub3MgbWVzbW9zIHRlcm1vcyBlc3RhYmVsZWNpZG9zIG5vIGl0ZW0gMiwgc3VwcmEsIHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBjYWLDrXZlbCBlbSByZWxhw6fDo28gw6AgT2JyYSBvcmEgZGVwb3NpdGFkYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG9zIHVzb3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCByZXByZXNlbnRhw6fDo28gcMO6YmxpY2EgZS9vdSBleGVjdcOnw6NvIHDDumJsaWNhLCBiZW0gY29tbyBxdWFscXVlciBvdXRyYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gcXVlIGV4aXN0YSBvdSB2ZW5oYSBhIGV4aXN0aXIsIG5vcyB0ZXJtb3MgZG8gYXJ0aWdvIDY4IGUgc2VndWludGVzIGRhIExlaSA5LjYxMC85OCwgbmEgZXh0ZW5zw6NvIHF1ZSBmb3IgYXBsaWPDoXZlbCBhb3Mgc2VydmnDp29zIHByZXN0YWRvcyBhbyBww7pibGljbyBwZWxhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdSBleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlIGV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0gY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IgaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqiBvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0gaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZSBxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgIHB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBVTklGRVNQLgogCjYuIEF1dG9yaXphIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGEgb2JyYSBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBVTklGRVNQIGRlIGZvcm1hIGdyYXR1aXRhLCBkZSBhY29yZG8gY29tIGEgbGljZW7Dp2EgcMO6YmxpY2EgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9uczogQXRyaWJ1acOnw6NvLVNlbSBEZXJpdmHDp8O1ZXMtU2VtIERlcml2YWRvcyA0LjAgSW50ZXJuYWNpb25hbCAoQ0MgQlktTkMtTkQpLCBwZXJtaXRpbmRvIHNldSBsaXZyZSBhY2Vzc28sIHVzbyBlIGNvbXBhcnRpbGhhbWVudG8sIGRlc2RlIHF1ZSBjaXRhZGEgYSBmb250ZS4gQSBvYnJhIGNvbnRpbnVhIHByb3RlZ2lkYSBwb3IgRGlyZWl0b3MgQXV0b3JhaXMgZS9vdSBwb3Igb3V0cmFzIGxlaXMgYXBsaWPDoXZlaXMuIFF1YWxxdWVyIHVzbyBkYSBvYnJhLCBxdWUgbsOjbyBvIGF1dG9yaXphZG8gc29iIGVzdGEgbGljZW7Dp2Egb3UgcGVsYSBsZWdpc2xhw6fDo28gYXV0b3JhbCwgw6kgcHJvaWJpZG8uICAKCjcuIEF0ZXN0YSBxdWUgYSBPYnJhIHN1Ym1ldGlkYSBuw6NvIGNvbnTDqW0gcXVhbHF1ZXIgaW5mb3JtYcOnw6NvIGNvbmZpZGVuY2lhbCBzdWEgb3UgZGUgdGVyY2Vpcm9zLgoKOC4gQXRlc3RhIHF1ZSBvIHRyYWJhbGhvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIGZvaSBlbGFib3JhZG8gcmVzcGVpdGFuZG8gb3MgcHJpbmPDrXBpb3MgZGEgbW9yYWwgZSBkYSDDqXRpY2EgZSBuw6NvIHZpb2xvdSBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGludGVsZWN0dWFsLCBzb2IgcGVuYSBkZSByZXNwb25kZXIgY2l2aWwsIGNyaW1pbmFsLCDDqXRpY2EgZSBwcm9maXNzaW9uYWxtZW50ZSBwb3IgbWV1cyBhdG9zOwoKOS4gQXRlc3RhIHF1ZSBhIHZlcnPDo28gZG8gdHJhYmFsaG8gcHJlc2VudGUgbm8gYXJxdWl2byBzdWJtZXRpZG8gw6kgYSB2ZXJzw6NvIGRlZmluaXRpdmEgcXVlIGluY2x1aSBhcyBhbHRlcmHDp8O1ZXMgZGVjb3JyZW50ZXMgZGEgZGVmZXNhLCBzb2xpY2l0YWRhcyBwZWxhIGJhbmNhLCBzZSBob3V2ZSBhbGd1bWEsIG91IHNvbGljaXRhZGFzIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBvcmllbnRhw6fDo28gZG9jZW50ZSByZXNwb25zw6F2ZWw7CgoxMC4gQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTw6NvIFBhdWxvIChVTklGRVNQKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVhbGl6YXIgcXVhaXNxdWVyIGFsdGVyYcOnw7VlcyBuYSBtw61kaWEgb3Ugbm8gZm9ybWF0byBkbyBhcnF1aXZvIHBhcmEgcHJvcMOzc2l0b3MgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLCBkZSBhY2Vzc2liaWxpZGFkZSBlIGRlIG1lbGhvciBpZGVudGlmaWNhw6fDo28gZG8gdHJhYmFsaG8gc3VibWV0aWRvLCBkZXNkZSBxdWUgbsOjbyBzZWphIGFsdGVyYWRvIHNldSBjb250ZcO6ZG8gaW50ZWxlY3R1YWwuCgpBbyBjb25jbHVpciBhcyBldGFwYXMgZG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbyBkZSBhcnF1aXZvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBVTklGRVNQLCBhdGVzdG8gcXVlIGxpIGUgY29uY29yZGVpIGludGVncmFsbWVudGUgY29tIG9zIHRlcm1vcyBhY2ltYSBkZWxpbWl0YWRvcywgc2VtIGZhemVyIHF1YWxxdWVyIHJlc2VydmEgZSBub3ZhbWVudGUgY29uZmlybWFuZG8gcXVlIGN1bXBybyBvcyByZXF1aXNpdG9zIGluZGljYWRvcyBub3MgaXRlbnMgbWVuY2lvbmFkb3MgYW50ZXJpb3JtZW50ZS4KCkhhdmVuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzY29yZMOibmNpYSBlbSByZWxhw6fDo28gYSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSBvdSBuw6NvIHNlIHZlcmlmaWNhbmRvIG8gZXhpZ2lkbyBub3MgaXRlbnMgYW50ZXJpb3Jlcywgdm9jw6ogZGV2ZSBpbnRlcnJvbXBlciBpbWVkaWF0YW1lbnRlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8Ojby4gQSBjb250aW51aWRhZGUgZG8gcHJvY2Vzc28gZXF1aXZhbGUgw6AgY29uY29yZMOibmNpYSBlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2VxdcOqbmNpYXMgbmVsZSBwcmV2aXN0YXMsIHN1amVpdGFuZG8tc2UgbyBzaWduYXTDoXJpbyBhIHNhbsOnw7VlcyBjaXZpcyBlIGNyaW1pbmFpcyBjYXNvIG7Do28gc2VqYSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBjb25leG9zIGFwbGljw6F2ZWlzIMOgIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBkdXJhbnRlIGVzdGUgcHJvY2Vzc28sIG91IGNhc28gbsOjbyB0ZW5oYSBvYnRpZG8gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gdGl0dWxhciBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgdG9kb3Mgb3MgdXNvcyBkYSBPYnJhIGVudm9sdmlkb3MuCgpTZSB0aXZlciBxdWFscXVlciBkw7p2aWRhIHF1YW50byBhb3MgdGVybW9zIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8gZSBxdWFudG8gYW8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbywgZW50cmUgZW0gY29udGF0byBjb20gYSBiaWJsaW90ZWNhIGRvIHNldSBjYW1wdXMgKGNvbnN1bHRlIGVtOiBodHRwczovL2JpYmxpb3RlY2FzLnVuaWZlc3AuYnIvYmlibGlvdGVjYXMtZGEtcmVkZSkuIAoKU8OjbyBQYXVsbywgRnJpIERlYyAwMyAyMDoxMjozNiBVVEMgMjAyMS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-22T05:52:06Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Post-transplant focal segmental glomerulosclerosis: diagnosis and prognosis factors.
title Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos
spellingShingle Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos
Mata, Gustavo Ferreira da [UNIFESP]
Glomeruloesclerose Segmentar e Focal
Transplante renal
Recorrência
Prognóstico
Renal transplantation
Recurrence
Prognosis
Focal segmental glomerulosclerosis
title_short Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos
title_full Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos
title_fullStr Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos
title_full_unstemmed Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos
title_sort Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos
author Mata, Gustavo Ferreira da [UNIFESP]
author_facet Mata, Gustavo Ferreira da [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8180147777542416
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5744106277657588
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7250195328752808
dc.contributor.author.fl_str_mv Mata, Gustavo Ferreira da [UNIFESP]
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Kirsztajn, Gianna Mastroianni [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Pestana, José Osmar de Medina Abreu [UNIFESP]
contributor_str_mv Kirsztajn, Gianna Mastroianni [UNIFESP]
Pestana, José Osmar de Medina Abreu [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Glomeruloesclerose Segmentar e Focal
Transplante renal
Recorrência
Prognóstico
topic Glomeruloesclerose Segmentar e Focal
Transplante renal
Recorrência
Prognóstico
Renal transplantation
Recurrence
Prognosis
Focal segmental glomerulosclerosis
dc.subject.eng.fl_str_mv Renal transplantation
Recurrence
Prognosis
Focal segmental glomerulosclerosis
description Introdução: A despeito dos avanços nas terapias dialíticas, o transplante renal mostrase como a melhor terapia para o tratamento da doença renal crônica em estágio final. Contudo, a sobrevida do enxerto depende de fatores variados: idade do enxerto, tempo de isquemia fria, ocorrência de rejeições, adesão ao tratamento, regime imunossupressor, compatibilidade, tipo de doador, doença de base do receptor, entre outros. Dentre as doenças glomerulares que comumente progridem para a doença renal crônica terminal, a glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) ocupa posição de destaque por sua prevalência e por sua alta recorrência após transplante renal. Após o transplante, a doença pode recorrer em 15-52% dos casos e, se não tratada, leva à perda precoce do enxerto em mais de 50% dos casos. Objetivo: realizar análise descritiva de uma coorte de pacientes com GESF póstransplante renal quanto às características demográficas do receptor e do doador, evolução clínica, resposta a tratamento e progressão da doença glomerular para “perda do enxerto”. Material e Método: trata-se de um estudo de coorte retrospectiva, incluindo pacientes adolescentes e adultos, submetidos a transplante renal com doadores vivos e falecidos entre janeiro de 1999 e setembro de 2014, no Setor de Transplantes (Disciplina de Nefrologia) da Universidade Federal de São Paulo/Hospital do Rim, São Paulo (SP), Brasil. Resultados: no período correspondente ao estudo foram identificados 88 pacientes com diagnóstico de GESF pós-transplante. A média de idade dos pacientes nesta amostra foi de 29,1 ± 13,3 anos no momento do transplante, com predomínio de pacientes do sexo masculino e de raça branca. Transplantes com doadores falecidos predominaram (60,9%). Dentre estes, 25,6% foram realizados com doador de critério expandido. A função tardia do enxerto ocorreu em 47,6% dos receptores. O tempo médio de aparecimento de proteinúria superior a 0,5g/g foi de 20,51 ± 20,88 dias. A indicação de biópsia do enxerto renal devida à suspeita de GESF ocorreu com mediana de 79 dias, no entanto características histológicas da GESF foram verificadas, na maioria das vezes, em biópsias subsequentes, sendo o tempo médio de aparecimento das alterações histológicas de 164,56 ± 375,89 dias. Apenas 21,5% dos pacientes tiveram características histológicas da GESF na primeira biópsia do enxerto realizada. A grande maioria dos pacientes (90,80%) foi submetida a pulsoterapia com metilprednisolona associada à plasmaférese (70,10%). Tomando-se um período de 60 meses após o transplante renal, 44,16% dos pacientes tiveram remissão parcial, 25,97% remissão completa e 29,87% não apresentaram remissão. Contudo, 50,60% dos pacientes evoluíram com a perda do enxerto, sendo 77,27% secundária a GESF. Após 12 meses de transplante, a creatinina sérica foi, em média, de 1,94 ± 1,02 mg/dL. A principal complicação do tratamento foi infecção/sepse (67,5%). Oito pacientes (9,4%) faleceram no período de 60 meses, sendo cinco (62,5%) óbitos atribuídos a infecção. Conclusão: a GESF após transplante renal é uma doença de alta recorrência, comumente precoce, porém as alterações histológicas na microscopia óptica não são simultâneas ao aparecimento da proteinúria. O índice de infecção durante o seguimento foi elevado e relacionou-se com a mortalidade. Foi elevada a taxa de perda do enxerto atribuída à GESF pós-transplante ao longo de todo o seguimento e correspondeu à metade dos indivíduos acometidos. A terapia com plasmaférese constituiu-se em medida eficaz para tratamento da GESF pós-transplante e foi capaz de contribuir para resposta parcial ou total em mais de 70% dos pacientes.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-01-04T13:30:06Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-01-04T13:30:06Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MATA, G. F. Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos. São Paulo, 2016. 65f. Dissertação (Mestrado em Nefrologia ) – Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2016.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/62498
identifier_str_mv MATA, G. F. Glomeruloesclerose segmentar e focal pós-transplante renal: diagnóstico e fatores prognósticos. São Paulo, 2016. 65f. Dissertação (Mestrado em Nefrologia ) – Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2016.
url https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/62498
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 65 f.
dc.coverage.spatial.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62498/1/Mata%20GF%20-%20GLOMERULOESCLEROSE%20SEGMENTAR%20E%20FOCAL%20P%c3%93S-TRANSPLANTE%20RENAL-%20%20DIAGN%c3%93STICO%20E%20FATORES%20PROGN%c3%93STICOS.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62498/2/license.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62498/6/Mata%20GF%20-%20GLOMERULOESCLEROSE%20SEGMENTAR%20E%20FOCAL%20P%c3%93S-TRANSPLANTE%20RENAL-%20%20DIAGN%c3%93STICO%20E%20FATORES%20PROGN%c3%93STICOS.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/62498/8/Mata%20GF%20-%20GLOMERULOESCLEROSE%20SEGMENTAR%20E%20FOCAL%20P%c3%93S-TRANSPLANTE%20RENAL-%20%20DIAGN%c3%93STICO%20E%20FATORES%20PROGN%c3%93STICOS.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 5b54c713f851c851aa542cc2fa976e3a
2388b9ebde9ebac3e136e3d6f0d13929
0968f9367dc5f89dd61ab9b2f37f9f22
674dece5d1be0de284f587802e5909fc
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802764214348021760