Evolução neurocomportamental de recém-nascidos pré-termo e associação com lesões cerebrais na idade pós-conceptual de 40 semanas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Vivien Valente de [UNIFESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5199644
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Resumo: Introdução: Estudos apontam a associação entre o desempenho neurocomportamental de prematuros (PT) e alterações de desenvolvimento na infância. No entanto, pouco se sabe sobre a evolução do neurocomportamento em PT. Os PT têm risco para lesão cerebral, a qual também se associa a atraso do desenvolvimento. A associação entre lesão cerebral e alteração do comportamento em PT na idade a termo também é pouco conhecida. Objetivo: Avaliar a evolução das respostas neurocomportamentais em PT com idade gestacional (IG) inferior a 32 semanas, até 48 semanas de idade pós-conceptual (IPC). Verificar se as respostas neurocomportamentais de PT avaliados nas diferentes IPC se igualam às de recém-nascidos a termo (RNT), avaliados nos primeiros dias de vida, e com que IPC isto ocorre. Verificar a associação entre lesão cerebral e o desempenho neurocomportamental de PT na IPC a termo. Método: Estudo observacional prospectivo unicêntrico de PT (IG<32sem). Excluídos PT com síndromes genéticas, malformações e infecções congênitas, que foram a óbito e os com lesão cerebral grave: hemorragia peri-intraventricular (HPIV) grave (graus III e IV) ou lesões de substância branca e/ou cinzenta. A HPIV foi diagnosticada por ultrassonografia (US) de crânio durante a internação e as lesões de substância branca e cinzenta, por ressonância magnética (RM) de crânio na IPC a termo. Os PT foram avaliados nas IPC de 32±1, 34±1, 36±1, 38±1, 40±1, 44±2 e 48±2 semanas pela Neonatal Neurobehavior Network Scale (NNNS) e para avaliar a evolução dos domínios da NNNS, ao longo das IPC, utilizou-se a ANOVA, com medida repetida. O desempenho comportamental dos PT nas diferentes IPC foi comparado ao dos RNT, avaliados nos primeiros dias de vida, por meio do teste t de student. A comparação dos escores dos domínios da NNNS entre os PT com e sem lesão cerebral grave foi realizada pelo teste de Mann Whitney. Para cada domínio da NNNS foi construído um modelo de regressão linear, considerando como variáveis independentes, além da lesão cerebral grave, variáveis clínicas que pudessem interferir no neurocomportamento, com p<0,150 na análise univariada. Resultados: Foram estudados 46 PT, sendo 7 com lesão cerebral grave. A evolução neurocomportamental foi avaliada em 39 PT (IG 29,2 semanas; peso ao nascer (PN) 1100g). Os PT, com o progredir da IPC apresentaram aumento dos escores dos domínios habituação, atenção, despertar, controle, manobras para a orientação, qualidade dos movimentos e hipertonia; e diminuição dos escores de excitabilidade, letargia, reflexos não ótimos, assimetria, hipotonia e sinais de estresse e abstinência. O neurocomportamento dos PT nas diferentes IPC foi comparado ao de 39 RNT (IG 39,0 semanas; PN 3110g). Os PT igualaram o desempenho neurocomportamental entre as IPC de 36 e 48 semanas, para os domínios habituação, atenção, despertar, controle, qualidade de movimentos, letargia, reflexos não ótimos, assimetria e sinais de estresse e abstinência. Escores inferiores para excitabilidade e escores superiores em hipotonia, comparados aos RNT foram apresentados pelos PT em todas as IPC. Para o domínio manobras para a orientação, os PT apresentaram maiores escores que os RNT a partir de 34 semanas e para o domínio hipertonia, os escores foram semelhantes em todas as idades. A lesão de substância branca e/ou cinzenta foi identificada em 7 (15,6%) e a HPIV grave em 5 (11,1%) PT, dos 45 PT submetidos a US e RM, sendo que todos os com HPIV grave também apresentaram lesão de substância branca e/ou cinzenta. Prematuros com lesão cerebral grave (IG 27,3 semanas; PN 930g), comparados aos com lesão leve ou ausente (IG 30,0 semanas; PN 1130g) apresentaram maior escore de gravidade SNAPPE-II (44,0 vs 16,0; p=0,011), frequência de displasia broncopulmonar (100,0% vs 36,1%; p=0,002), sepse (85,7% vs 36,1%; p=0,033), meningite (71,4% vs 5,6%; p<0,001), enterocolite necrosante (42,9% vs 8,3%; p=0,045) e síndrome convulsiva (85,7% vs 13,9%; p<0,001). Controlando-se para variáveis de confusão, os PT com lesão cerebral grave comparados aos com lesão leve ou ausente apresentaram menores escores nos domínios atenção, controle e qualidade de movimentos, e maiores escores em letargia e reflexos não ótimos. Conclusão: PT com IG menor que 32 semanas apresentam evolução das respostas neurocomportamentais com o progredir da IPC e na IPC a termo, eles atingem o desempenho de RNT avaliados nos primeiros dias de vida, na maioria dos domínios da NNNS. RNPT com HPIV grave e/ou lesão de substância branca e/ou cinzenta, comparados aos com lesão leve ou ausente apresentam pior desempenho neurocomportamental na idade a termo, nos domínios atenção, controle, qualidade de movimentos, letargia e reflexos não ótimos.
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Objetivo: Avaliar a evolução das respostas neurocomportamentais em PT com idade gestacional (IG) inferior a 32 semanas, até 48 semanas de idade pós-conceptual (IPC). Verificar se as respostas neurocomportamentais de PT avaliados nas diferentes IPC se igualam às de recém-nascidos a termo (RNT), avaliados nos primeiros dias de vida, e com que IPC isto ocorre. Verificar a associação entre lesão cerebral e o desempenho neurocomportamental de PT na IPC a termo. Método: Estudo observacional prospectivo unicêntrico de PT (IG<32sem). Excluídos PT com síndromes genéticas, malformações e infecções congênitas, que foram a óbito e os com lesão cerebral grave: hemorragia peri-intraventricular (HPIV) grave (graus III e IV) ou lesões de substância branca e/ou cinzenta. A HPIV foi diagnosticada por ultrassonografia (US) de crânio durante a internação e as lesões de substância branca e cinzenta, por ressonância magnética (RM) de crânio na IPC a termo. Os PT foram avaliados nas IPC de 32±1, 34±1, 36±1, 38±1, 40±1, 44±2 e 48±2 semanas pela Neonatal Neurobehavior Network Scale (NNNS) e para avaliar a evolução dos domínios da NNNS, ao longo das IPC, utilizou-se a ANOVA, com medida repetida. O desempenho comportamental dos PT nas diferentes IPC foi comparado ao dos RNT, avaliados nos primeiros dias de vida, por meio do teste t de student. A comparação dos escores dos domínios da NNNS entre os PT com e sem lesão cerebral grave foi realizada pelo teste de Mann Whitney. Para cada domínio da NNNS foi construído um modelo de regressão linear, considerando como variáveis independentes, além da lesão cerebral grave, variáveis clínicas que pudessem interferir no neurocomportamento, com p<0,150 na análise univariada. Resultados: Foram estudados 46 PT, sendo 7 com lesão cerebral grave. A evolução neurocomportamental foi avaliada em 39 PT (IG 29,2 semanas; peso ao nascer (PN) 1100g). Os PT, com o progredir da IPC apresentaram aumento dos escores dos domínios habituação, atenção, despertar, controle, manobras para a orientação, qualidade dos movimentos e hipertonia; e diminuição dos escores de excitabilidade, letargia, reflexos não ótimos, assimetria, hipotonia e sinais de estresse e abstinência. O neurocomportamento dos PT nas diferentes IPC foi comparado ao de 39 RNT (IG 39,0 semanas; PN 3110g). Os PT igualaram o desempenho neurocomportamental entre as IPC de 36 e 48 semanas, para os domínios habituação, atenção, despertar, controle, qualidade de movimentos, letargia, reflexos não ótimos, assimetria e sinais de estresse e abstinência. Escores inferiores para excitabilidade e escores superiores em hipotonia, comparados aos RNT foram apresentados pelos PT em todas as IPC. Para o domínio manobras para a orientação, os PT apresentaram maiores escores que os RNT a partir de 34 semanas e para o domínio hipertonia, os escores foram semelhantes em todas as idades. A lesão de substância branca e/ou cinzenta foi identificada em 7 (15,6%) e a HPIV grave em 5 (11,1%) PT, dos 45 PT submetidos a US e RM, sendo que todos os com HPIV grave também apresentaram lesão de substância branca e/ou cinzenta. Prematuros com lesão cerebral grave (IG 27,3 semanas; PN 930g), comparados aos com lesão leve ou ausente (IG 30,0 semanas; PN 1130g) apresentaram maior escore de gravidade SNAPPE-II (44,0 vs 16,0; p=0,011), frequência de displasia broncopulmonar (100,0% vs 36,1%; p=0,002), sepse (85,7% vs 36,1%; p=0,033), meningite (71,4% vs 5,6%; p<0,001), enterocolite necrosante (42,9% vs 8,3%; p=0,045) e síndrome convulsiva (85,7% vs 13,9%; p<0,001). Controlando-se para variáveis de confusão, os PT com lesão cerebral grave comparados aos com lesão leve ou ausente apresentaram menores escores nos domínios atenção, controle e qualidade de movimentos, e maiores escores em letargia e reflexos não ótimos. Conclusão: PT com IG menor que 32 semanas apresentam evolução das respostas neurocomportamentais com o progredir da IPC e na IPC a termo, eles atingem o desempenho de RNT avaliados nos primeiros dias de vida, na maioria dos domínios da NNNS. RNPT com HPIV grave e/ou lesão de substância branca e/ou cinzenta, comparados aos com lesão leve ou ausente apresentam pior desempenho neurocomportamental na idade a termo, nos domínios atenção, controle, qualidade de movimentos, letargia e reflexos não ótimos.Introduction: Studies show an association between neurobehavioral performance of preterm infants (PT) and developmental delays in childhood. However, little is known about the evolution of neurobehavior in PT. PT are at risk for brain lesions, which is also associated with developmental delay. The association between brain lesions and behavioral changes in PT in the age of the term is also little known. Objective: To evaluate the evolution of neurobehavioral responses in PT with gestational age (GA) less than 32 weeks, up to 48 weeks of postconceptual age (PCA). To verify if the neurobehavioral responses of PT evaluated in the different PCA equals those of full-term newborns (FT), evaluated in the first days of life, and in which PCA this occurs. To verify the association between brain lesions and the neurobehavioral performance of PT in the PCA of term. Method: Prospective unicentric observational study of PT (GA <32 weeks). Excluded PT with genetic syndromes, congenital malformations or infections, those who died and those with severe brain lesions: severe peri-intraventricular hemorrhage (IVHD) (degrees III and IV) or lesions of white and/or gray matter. IVHD was diagnosed by ultrasonographic (US) examinations of skull performed during hospitalization and gray and white matter lesions, by magnetic resonance (MRI) of the skull in the term PCA. The PT were evaluated in the PCA of 32±1, 34±1, 36±1, 38±1, 40±1, 44±2 and 48±2 weeks by the Neonatal Neurobehavior Network Scale (NNNS) and to evaluate the evolution of the domains of the NNNS, along the PCA, the ANOVA with repeated measures was used. The behavioral performance of PT in the different PCA was compared to that of the FT, evaluated in the first days of life, by student t test. The comparison of the NNNS domain scores between PT with and without severe brain lesions was performed by the Mann Whitney test. For each NNNS domain, a linear regression model was constructed, considering as independent variables, besides the brain lesion, clinical variables that could interfere in the neurobehavior, with p<0.150 in the univariate analysis. Results: A total of 46 PT were studied, of which 7 had severe brain lesions. The neurobehavioral evolution was evaluated in 39 PT (GA 29.2 weeks, birth weight (BW) 1100g). PT, as the PCA progressed, showed increased scores of habituation, attention, arousal, control, maneuvers for orientation, quality of movements and hypertonia and decreased scores of excitability, lethargy, non-optimal reflexes, asymmetry, hypotonia and signs of stress and abstinence. The neurobehavior of PT in the different PCA was compared to that of 39 FT (GA 39.0 weeks; BW 3110g). The PT matched their neurobehavioral performance between the PCA of 36 and 48 weeks for habituation, attention, arousal, control, quality of movements, lethargy, non-optimal reflexes, asymmetry and signs of stress and abstinence. Lower scores for excitability and higher scores on hypotonia compared to FT were presented by PT in all PCA. For the domain maneuvers for orientation, the PT presented higher scores than the FT from 34 weeks and for the hypertonia domain, the scores were similar at all ages. The lesion of white and/or gray matter was identified in 7 (15.6%) and severe IVHD in 5 (11.1%) PT, of the 45 PT submitted to US and MRI, and all patients with severe IVHD also presented lesion of white and/or gray matter. PT with severe brain lesions (GA 27.3 weeks, BW 930g), compared to those without or mild lesions (GA 30.0 weeks, BW 1130g) presented higher SNAPPE-II severity score (44.0 vs 16.0; p=0.011), frequency of bronchopulmonary dysplasia (100.0% vs 36.1%; p=0.002), sepsis (85.7% vs 36.1%; p=0.033), meningitis (71.4% vs 5.6%; p<0.001), necrotizing enterocolitis (42.9% vs 8.3%; p=0.045) and convulsive syndrome (100.0% vs. 13.9%; p<0.001). Controlling for confounding variables, PT with severe brain lesions, compared to those with mild or no lesion presented lower scores on attention, control and quality of movements domains, and higher scores on lethargy and non-optimal reflexes. Conclusion: PT with GA less than 32 weeks presents evolution of neurobehavioral responses with the progression of PCA and at term age, they reach the performance of FT, evaluated in the first days of life, in most domains of the NNNS. PT with severe HPIV and/or severe lesion of white and/or gray matter, compared to those with mil or no cerebral lesions present worse neurobehavioral performance in the age of term, on attention, control, quality of movements, lethargy and non-optimal reflexes.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2013/05647-2Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2017)158 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)PrematuroExame neurológicoComportamentoHemorragia cerebralLeucomalácia periventricularPrematureNeurological examinationBehaviorBrain lesionsPeriventricular leukomalaciaEvolução neurocomportamental de recém-nascidos pré-termo e associação com lesões cerebrais na idade pós-conceptual de 40 semanasNeurobehavioral evolution of preterm infants and association with brain lesions at postconceptual age of 40 weeksinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)Pediatria e Ciências Aplicadas à PediatriaCiências da SaúdeAfecções e Assistencia no Periodo NeonatalORIGINALVivien Valente de Souza Perrella PDF A.pdfVivien Valente de Souza Perrella PDF A.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf1938609${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50396/1/Vivien%20Valente%20de%20Souza%20Perrella%20PDF%20A.pdfbfd21aeb162c82474b13a04353ff4bbeMD51open access11600/503962023-06-29 08:32:04.386open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/50396Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-29T11:32:04Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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