A vascularização dos melanomas de coroide como fator prognóstico: análise comparativa entre o doppler colorido e os aspectos histopatológicos dos tumores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Márcio Nogueira [UNIFESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/69882
Resumo: Correlacionar o doppler colorido com a vascularização do melanoma de coroide (MC) observada nos cortes histopatológicos. Ainda, analisar os fatores prognósticos histopatológicos vasculares destes tumores. Métodos: Estudo experimental, transversal e analítico, realizado na Escola Paulista de Medicina – UNIFESP (São Paulo) e no Ocular Pathology and Translational Research Laboratory da McGill University (Montreal/Canadá). Foram estudados 25 olhos enucleados de pacientes com melanoma de coróide, sendo 10 pacientes estudados na UNIFESP e 15 pacientes estudados na McGill University. Os primeiros 10 pacientes (Brasil), antes da enucleação, foram submetidos ao Doppler colorido, todos realizados na UNIFESP. Foram calculados o índice de resistência e a velocidade sistólica máxima de cada tumor. Como critério de inclusão para este estudo foram considerados melanomas de coroide maiores que 8 mm de espessura, enucleação como tratamento primário, blocos histopatológicos suficientes para realização de coloração hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS, do inglês Periodic acid-Schiff) e imunohistoquímica CD34. Os critérios de exclusão incluíram tumores menores de 8 mm e/ou realizados tratamentos anteriores como laser ou braquiterapia. Com relação à histopatologia de cada melanoma de coroide, foram realizadas a classificação do tipo celular, as medidas dos diâmetros dos vasos, contagem do número de mitoses e das fendas vasculares. Estas últimas são consideradas vasos porque são revestidas por endotélio (CD34 positivo) e circundadas por células do melanoma. Resultados: Houve correlação estatística entre o índice de resistência (IR) e o tipo celular (p<0,005). Tumores de melhor prognóstico (fusiformes) apresentaram IR mais elevados comparados aos epitelioides, de pior prognóstico. O número de mitoses e das fendas vasculares apresentaram correlação com o tipo celular, com diferença significativa (p<0,001). Tumores de pior prognóstico (epitelióides) apresentaram aumento do número de mitoses e aumento do número de fendas vasculares. Não houve diferença significativa entre o diâmetro dos vasos e o tipo celular. Conclusões: O número de fendas vasculares tem correlação prognóstica positiva com a malignidade do melanoma de coroide. O IR no doppler apresentou correlação prognóstica positiva com a malignidade do melanoma de coroide. Pela primeira vez foi comprovada a utilidade das fendas vasculares como fatores prognósticos e proposta uma nova classificação da rede vascular nos melanomas de coroide.
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Foram calculados o índice de resistência e a velocidade sistólica máxima de cada tumor. Como critério de inclusão para este estudo foram considerados melanomas de coroide maiores que 8 mm de espessura, enucleação como tratamento primário, blocos histopatológicos suficientes para realização de coloração hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS, do inglês Periodic acid-Schiff) e imunohistoquímica CD34. Os critérios de exclusão incluíram tumores menores de 8 mm e/ou realizados tratamentos anteriores como laser ou braquiterapia. Com relação à histopatologia de cada melanoma de coroide, foram realizadas a classificação do tipo celular, as medidas dos diâmetros dos vasos, contagem do número de mitoses e das fendas vasculares. Estas últimas são consideradas vasos porque são revestidas por endotélio (CD34 positivo) e circundadas por células do melanoma. Resultados: Houve correlação estatística entre o índice de resistência (IR) e o tipo celular (p<0,005). Tumores de melhor prognóstico (fusiformes) apresentaram IR mais elevados comparados aos epitelioides, de pior prognóstico. O número de mitoses e das fendas vasculares apresentaram correlação com o tipo celular, com diferença significativa (p<0,001). Tumores de pior prognóstico (epitelióides) apresentaram aumento do número de mitoses e aumento do número de fendas vasculares. Não houve diferença significativa entre o diâmetro dos vasos e o tipo celular. Conclusões: O número de fendas vasculares tem correlação prognóstica positiva com a malignidade do melanoma de coroide. O IR no doppler apresentou correlação prognóstica positiva com a malignidade do melanoma de coroide. Pela primeira vez foi comprovada a utilidade das fendas vasculares como fatores prognósticos e proposta uma nova classificação da rede vascular nos melanomas de coroide.miguel.burnier@mcgill.ca105 f.https://repositorio.unifesp.br/11600/69882porUniversidade Federal de São Paulomelanoma de coroidemelanoma de coroideA vascularização dos melanomas de coroide como fator prognóstico: análise comparativa entre o doppler colorido e os aspectos histopatológicos dos tumoresThe vascularization of choroid melanomas as a prognostic factor: comparative analysis between colored doppler and the histopathological aspects of tumorsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)28885506879Oftalmologia e Ciências VisuaisÁrea médicaEstudo Experimental, Transversal e 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topic melanoma de coroide
melanoma de coroide
description Correlacionar o doppler colorido com a vascularização do melanoma de coroide (MC) observada nos cortes histopatológicos. Ainda, analisar os fatores prognósticos histopatológicos vasculares destes tumores. Métodos: Estudo experimental, transversal e analítico, realizado na Escola Paulista de Medicina – UNIFESP (São Paulo) e no Ocular Pathology and Translational Research Laboratory da McGill University (Montreal/Canadá). Foram estudados 25 olhos enucleados de pacientes com melanoma de coróide, sendo 10 pacientes estudados na UNIFESP e 15 pacientes estudados na McGill University. Os primeiros 10 pacientes (Brasil), antes da enucleação, foram submetidos ao Doppler colorido, todos realizados na UNIFESP. Foram calculados o índice de resistência e a velocidade sistólica máxima de cada tumor. Como critério de inclusão para este estudo foram considerados melanomas de coroide maiores que 8 mm de espessura, enucleação como tratamento primário, blocos histopatológicos suficientes para realização de coloração hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS, do inglês Periodic acid-Schiff) e imunohistoquímica CD34. Os critérios de exclusão incluíram tumores menores de 8 mm e/ou realizados tratamentos anteriores como laser ou braquiterapia. Com relação à histopatologia de cada melanoma de coroide, foram realizadas a classificação do tipo celular, as medidas dos diâmetros dos vasos, contagem do número de mitoses e das fendas vasculares. Estas últimas são consideradas vasos porque são revestidas por endotélio (CD34 positivo) e circundadas por células do melanoma. Resultados: Houve correlação estatística entre o índice de resistência (IR) e o tipo celular (p<0,005). Tumores de melhor prognóstico (fusiformes) apresentaram IR mais elevados comparados aos epitelioides, de pior prognóstico. O número de mitoses e das fendas vasculares apresentaram correlação com o tipo celular, com diferença significativa (p<0,001). Tumores de pior prognóstico (epitelióides) apresentaram aumento do número de mitoses e aumento do número de fendas vasculares. Não houve diferença significativa entre o diâmetro dos vasos e o tipo celular. Conclusões: O número de fendas vasculares tem correlação prognóstica positiva com a malignidade do melanoma de coroide. O IR no doppler apresentou correlação prognóstica positiva com a malignidade do melanoma de coroide. Pela primeira vez foi comprovada a utilidade das fendas vasculares como fatores prognósticos e proposta uma nova classificação da rede vascular nos melanomas de coroide.
publishDate 2023
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