O processo de mercantilização da água: “Guerra da Água” Cochabamba, Bolívia (2000)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/11600/67761 |
Resumo: | As discussões em torno do recurso hídrico água têm surtido na atualidade intensos debates, sua má distribuição geográfica aliada a continua contaminação antrópica de suas bacias tem alertado sobre o caráter finito deste elemento e a necessidade de defesa que se impõe sobre o mesmo. A teoria neoliberal apontou-se, desta maneira, em finais do século XX como a solução para a escassez dos recursos hídricos, conforme defendido pelo neoliberalismo apenas a mercantilização da água imporia um maior controle sobre o seu uso. Segundo a teoria de livre mercado, tornando-se mercadoria a água seria mais bem cuidada e preservada pelos seus usuários. Dessa forma, como protagonista de visões e apropriações distintas a água tem desempenhado um papel crucial nos novos enfrentamentos entre setores econômicos e setores populares. A “Guerra da Água” de Cochabamba-Bolívia insere-se neste contexto de defesa pelo uso social (direito humano básico) da água contra a política neoliberal de mercantilização deste recurso. São postulados dois modelos de gerenciamento distintos da água, um que pretende objetiva-la como elemento básico de sobrevivência sendo assim um direito inalienável e outro que a postula como mercadoria de acumulo de capital. Assim, este estudo orienta-se na perspectiva da história ambiental em que o homem é estudado em sua complexa interação com a natureza, objetivando uma compreensão da interação entre meio ambiente e sociedade. São analisadas as diferentes apropriações obtidas do recurso líquido pela sociedade cochabambina e pelo consórcio privado “Aguas del Tunari”. A “Guerra da Água” dessa forma engendra-se na luta de defesa do recurso hídrico enquanto garantia essencial da vida, pela garantia do controle social e popular da água e por uma democratização do acesso da mesma. |
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A teoria neoliberal apontou-se, desta maneira, em finais do século XX como a solução para a escassez dos recursos hídricos, conforme defendido pelo neoliberalismo apenas a mercantilização da água imporia um maior controle sobre o seu uso. Segundo a teoria de livre mercado, tornando-se mercadoria a água seria mais bem cuidada e preservada pelos seus usuários. Dessa forma, como protagonista de visões e apropriações distintas a água tem desempenhado um papel crucial nos novos enfrentamentos entre setores econômicos e setores populares. A “Guerra da Água” de Cochabamba-Bolívia insere-se neste contexto de defesa pelo uso social (direito humano básico) da água contra a política neoliberal de mercantilização deste recurso. São postulados dois modelos de gerenciamento distintos da água, um que pretende objetiva-la como elemento básico de sobrevivência sendo assim um direito inalienável e outro que a postula como mercadoria de acumulo de capital. Assim, este estudo orienta-se na perspectiva da história ambiental em que o homem é estudado em sua complexa interação com a natureza, objetivando uma compreensão da interação entre meio ambiente e sociedade. São analisadas as diferentes apropriações obtidas do recurso líquido pela sociedade cochabambina e pelo consórcio privado “Aguas del Tunari”. A “Guerra da Água” dessa forma engendra-se na luta de defesa do recurso hídrico enquanto garantia essencial da vida, pela garantia do controle social e popular da água e por uma democratização do acesso da mesma.Discussions around the water resource water have currently given rise to intense debates, its poor geographic distribution combined with the continuous anthropic contamination of its basins has warned about the finite nature of this element and the need for defense that is imposed on it. Neoliberal theory thus emerged at the end of the 20th century as the solution to the scarcity of water resources, as advocated by neoliberalism, only the commodification of water would impose greater control over its use. According to the free market theory, by becoming a commodity, water would be better cared for and preserved by its users. In this way, as the protagonist of different visions and appropriations, water has played a crucial role in the new confrontations between economic sectors and popular sectors. The “Water War” in Cochabamba-Bolivia is part of this context of defense for the social use (basic human right) of water against the neoliberal policy of commodification of this resource. Two distinct water management models are postulated, one that intends to objectify it as a basic element of survival, thus being an inalienable right, and another that postulates it as a capital accumulation commodity. Thus, this study is guided by the perspective of environmental history in which man is studied in his complex interaction with nature, aiming at an understanding of the interaction between environment and society. The different appropriations obtained from the net resource by the cochabambina society and by the private consortium “Aguas del Tunari” are analyzed. The “War for Water” thus engenders itself in the struggle to defend the water resource as an essential guarantee of life, for the guarantee of social and popular control of water and for a democratization of access to it.88 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)ÁguaNeoliberalismoGuerra da ÁguaCochabambaWaterNeoliberalismWater WarCochabambaO processo de mercantilização da água: “Guerra da Água” Cochabamba, Bolívia (2000)The process of commodification of water: “Water War” Cochabamba, Bolivia (2000)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPGuarulhos, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)História11600/677612023-06-07 09:56:08.449metadata only accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/67761Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-07T12:56:08Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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