As mulheres na economia solidária: desafios e potencialidades
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58837 |
Resumo: | A partir de uma revisão bibliográfica, documental e legal, e baseado no método materialista histórico-dialético de Marx, este trabalho de conclusão de curso realiza uma breve análise acerca da organização do modo de produção capitalista e da posição da mulher na esfera produtiva. Em virtude da divisão sexual do trabalho, foi possível traçar as principais características que, ainda hoje, marginalizam a mulher na sociedade, criando – ao mesmo tempo – um cenário contraditório de desigualdade e de resistência. É nesse contexto que emergem os movimentos feministas e a interseccionalidade enquanto necessidade de se articular com as demais lutas sociais, a fim de construir uma práxis emancipatória e orientada para a transformação societária. Essa conjuntura de precarização do mundo do trabalho também termina influenciando na expansão da economia solidária no país como uma alternativa ao desemprego. Baseado em princípios solidários e autogestionários, esse movimento leva à institucionalização da economia solidária como política pública, o que implica em mudanças nas relações estabelecidas com o Estado e com os demais movimentos sociais. Sob a crítica marxista, são iniciativas que contam em grande maioria com a falta de recursos adequado e acesso a direitos trabalhistas, podendo vir a ser funcionais ao sistema capitalista. Entretanto, a partir da construção crítica feita pelo próprio movimento no país, seus defensores destacam o caráter visivelmente democrático da economia solidária, que convoca seus participantes na luta por justiça social e ampliação de direitos. Nesse processo, destaca-se a participação das mulheres na economia solidária e a luta pela construção de uma economia feminista, além de relatar algumas experiências autogestionadas geridas por mulheres e a condição de vida e trabalho de que gozam. Por fim, consideramos que a participação destas/es sujeitos na economia solidária se dá, em um primeiro momento, em razão da necessidade de subsistência, mas, que pode vir a produzir efeitos benéficos e que transcendem o processo de geração de renda, gestando potencialidades e construindo participação política em defesa da classe trabalhadora. |
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