Exercício físico aeróbio potencializa a terapia com células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo em ratos com infarto do miocárdio

• Autor(a) principal: Vieira, Stella de Souza [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3810369; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46796
• topic: exercício físico; terapia celular; infarto do miocárdio; células-tronco; exercise training; cell therapy; myocardial infarction

Objetivo: Analisar a repercussão do exercício físico prévio ao infarto do miocárdio (IM) no remodelamento cardíaco de ratas submetidas à terapia com células-tronco mesenquimais do tecido adiposo (CDTA). Material e métodos: Foram utilizadas 130 ratas Fisher-344 alocadas em um dos seguintes grupos experimentais: SHAM; IMC (infartados controle); T+IM (animais exercitados previamente ao IM); IM+CDTA (animais infartados e posteriormente tratados com CDTA); T+IM+CDTA (animais exercitados previamente ao IM e tratados com CDTA). O treinamento físico (90?/dia; 5x/sem) teve duração de nove semanas. Foram conduzidas análises do consumo de oxigênio, estrutura e função cardíaca, inotropismo miocárdico, apoptose e densidade capilar. Considerando-se os resultados funcionais pouco expressivos pelo exercício físico isolado, as análises moleculares (PCR quantitativo e Western blot) não foram realizadas no grupo T+IM. A detecção miocárdica da CDTA foi realizada por expressão genica do SRY e radiomarcação. Resultados: A terapia celular resultou em prevenção da hipertrofia miocárdica (Volume nuclear: SHAM 139±4; IMC 244±3*; T+IM 199±2*; IM+CDTA 171±2#; T+IM+CDTA 163±1#. *p<0,05 vs. SHAM e #p<0,05 vs. IMC), atenuação da dilatação cavitária (?% da Área diastólica do ventrículo esquerdo: SHAM 3±5; IMC 26±5*; T+IM 29±4*; IM+CDTA 17±2; T+IM+CDTA 16±2. *p<0,05 vs. SHAM), melhora da função ventricular (?% da fração de encurtamento da área transversa: SHAM 24±6; IMC -18±2*; T+IM -12±4*; IM+CDTA 19±3; T+IM+CDTA 38±2) e aprimoramento do inotropismo miocárdico (Derivada máxima positiva de tensão (+dT/dt) SHAM 54±1; IMC 31±7*; T+IM 22±8*; IM+CDTA 35±1; T+IM+CDTA 42±2#. *p<0,05 vs. SHAM e #p<0,05 vs. IMC). Acresça-se benefícios da CDTA para a capilaridade, apoptose e fibrose. Os efeitos da terapia celular foram potencializados com o exercício prévio. Este fato pode estar relacionado ao maior teor de CDTA no miocárdio e atenuação o perfil inflamatório tecidual despertados pelo exercício. Conclusão: O treinamento físico influenciou positivamente a terapia com CDTA na atenuação do remodelamento cardíaco pós-infarto, em que os benefícios foram relacionados à alterações no microambiente miocárdico, propiciando melhora no nicho receptor para o transplante.