A importância da neurociência básica na prática cotidiana dos profissionais da saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Windlin, Isabela Cóstola [UNIFESP]
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/54645
Resumo: A formação em neurociências para profissionais da saúde é atualmente um grande desafio, pois o crescimento demográfico e o desenvolvimento tecnológico das ultimas décadas provocaram mudanças significativas no cuidado aos pacientes neurológicos. Uma vez que não existe um consenso sobre quais conteúdos de neurociência básica (particularmente neuroanatomia e neurofisiologia) são necessários para a formação acadêmica e para o exercício das diferentes profissões da área da saúde, o presente estudo procurou investigar a importância desses conhecimentos de acordo com a ótica dos profissionais da saúde já formados, a partir de seu trabalho cotidiano. Para tal investigação foram usados dois métodos de pesquisa: um quantitativo e outro qualitativo. Na parte quantitativa foi aplicado um questionário online em escala Likert, que conferia valores de 1 (sem importância) a 5 (muito importante ) conforme a importância atribuída a assuntos de neurociência básica usados na prática profissional. O questionário foi acompanhado de uma ficha de identificação do respondente. Foram obtidos 423 formulários respondidos. O estudo qualitativo foi feito a partir de 9 entrevistas semi-estruturadas com profissionais da saúde. Foram verificadas diferenças estatisticamente significativas entre as percepções de importância para as distintas assertivas. Os conteúdos que obtiveram maiores pontuações foram Cérebro, Sensibilidade Geral e Funções Mentais Superiores. O conteúdo menos pontuado foi Meninges e Líquor. A classificação das assertivas feita através da Análise de Componentes Principais mostrou que o questionário aplicado é bidimensional. A partir disso, foram identificadas duas componentes capazes de explicar 75% da variabilidade dos dados coletados, uma de característica estrutural, e outra de característica funcional. As entrevistas foram capazes de reunir significados para os valores dados aos conteúdos de neurociências, junto com uma avaliação da formação acadêmica em neurociências e da utilidade de tais conteúdos para a prática profissional. Também foi destacada a visibilidade do tema neurociências do ponto de vista dos entrevistados. Analisando os dois métodos utilizados no presente estudo, foi possível observar que, enquanto o estudo quantitativo permitiu ranquear os diferentes conteúdos de neurociência básica, o método qualitativo permitiu elaborar propostas de significados para as pontuações que foram dadas pelos diferentes profissionais. Fica evidente a importância da visibilidade social das 7 neurociências, de um lado, e a carência na formação em neurociências para profissionais da área da saúde, de outro.
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