Perfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, M. Cristina F.z. [UNIFESP]
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Guinsburg, Ruth [UNIFESP], Almeida, Maria Fernanda Branco de [UNIFESP], Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP], Yanaguibashi, Gianni [UNIFESP], Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1644
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572003000100008
Resumo: Objetivo: identificar fatores que levaram os médicos a prescreverem opióides a recém-nascidos em ventilação mecânica. Método: estudo retrospectivo de pacientes em ventilação mecânica por cânula traqueal, por mais de 1 hora, internados em UTI neonatal entre janeiro de 1995 a junho de 1997. Nesse período, 203 recém-nascidos preencheram o critério de inclusão, recuperando-se 176 prontuários. Os prontuários foram analisados quanto a dados demográficos, características da analgesia e do suporte ventilatório, procedimentos invasivos realizados e entidades mórbidas diagnosticadas durante o período de ventilação. Para entender os fatores que determinaram o uso da analgesia em parte dessa população, utilizou-se a análise discriminante. Resultados: Nos 97 pacientes que receberam > 1 dose de opióides durante a ventilação, a analgesia foi iniciada, em média, até 24 horas após o início da ventilação. As escalas de avaliação da dor não foram usadas em nenhum paciente e, em 63%, não havia relato do motivo para a analgesia. A análise discriminante mostrou que as variáveis que diferenciaram os grupos submetidos ou não à analgesia foram: peso ao nascer, idade gestacional, índice de oxigenação e número de punções arteriais. Os neonatos com maior chance de receberem alguma dose de opióide durante a ventilação foram os de peso mais elevado, idade gestacional mais avançada, índice de oxigenação mais acentuado no início da ventilação e maior necessidade de gasometrias, ou seja, os bebês mais maduros e com doença respiratória mais grave. Conclusão: os médicos não levam em conta a dor propriamente dita e nem a avaliam para decidirem pela necessidade de analgesia no neonato em ventilação
id UFSP_265ee6552cd88ced847eb639d5bc0563
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/1644
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Castro, M. Cristina F.z. [UNIFESP]Guinsburg, Ruth [UNIFESP]Almeida, Maria Fernanda Branco de [UNIFESP]Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]Yanaguibashi, Gianni [UNIFESP]Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:29:55Z2015-06-14T13:29:55Z2003-02-01Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 79, n. 1, p. 41-48, 2003.0021-7557http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1644http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572003000100008S0021-75572003000100008.pdfS0021-7557200300010000810.1590/S0021-75572003000100008Objetivo: identificar fatores que levaram os médicos a prescreverem opióides a recém-nascidos em ventilação mecânica. Método: estudo retrospectivo de pacientes em ventilação mecânica por cânula traqueal, por mais de 1 hora, internados em UTI neonatal entre janeiro de 1995 a junho de 1997. Nesse período, 203 recém-nascidos preencheram o critério de inclusão, recuperando-se 176 prontuários. Os prontuários foram analisados quanto a dados demográficos, características da analgesia e do suporte ventilatório, procedimentos invasivos realizados e entidades mórbidas diagnosticadas durante o período de ventilação. Para entender os fatores que determinaram o uso da analgesia em parte dessa população, utilizou-se a análise discriminante. Resultados: Nos 97 pacientes que receberam > 1 dose de opióides durante a ventilação, a analgesia foi iniciada, em média, até 24 horas após o início da ventilação. As escalas de avaliação da dor não foram usadas em nenhum paciente e, em 63%, não havia relato do motivo para a analgesia. A análise discriminante mostrou que as variáveis que diferenciaram os grupos submetidos ou não à analgesia foram: peso ao nascer, idade gestacional, índice de oxigenação e número de punções arteriais. Os neonatos com maior chance de receberem alguma dose de opióide durante a ventilação foram os de peso mais elevado, idade gestacional mais avançada, índice de oxigenação mais acentuado no início da ventilação e maior necessidade de gasometrias, ou seja, os bebês mais maduros e com doença respiratória mais grave. Conclusão: os médicos não levam em conta a dor propriamente dita e nem a avaliam para decidirem pela necessidade de analgesia no neonato em ventilaçãoObjective: to identify factors that affect the decision of prescribing opioids for intubated and ventilated neonates Method: retrospective study of intubated and ventilated newborn infants for periods longer than one hour, admitted to the NICU from January 1995 to June 1997. During this period, 203 patients fulfilled inclusion criteria and data of 176 charts were reviewed. Charts were analyzed regarding demographic data, characteristics of analgesia and respiratory support, invasive procedures performed and clinical entities diagnosed during the period of mechanical ventilation. Discriminative analysis was used to understand factors that lead to opioid use by some of these patients. Results: Ninety-seven neonates received at least one dose of opioids during the period of mechanical ventilation. None of these patients was evaluated with pain scales, and in 63% of them we could not retrieve any reason for opioid prescription in their charts. Discriminative analysis showed that the main differences between groups were birthweight, gestational age, oxygenation index at intubation, and number of arterial sticks during the first 72 hours of mechanical ventilation. The most mature and heaviest neonates with a more severe respiratory insufficiency received opioid analgesia during ventilation. Conclusion: the decision to use opioids in intubated and ventilated neonates was based on the infants' aspect and respiratory status. It did not consider the pain these patients might be suffering and it was not based on the evaluation of pain.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM)UNIFESP-EPM Disciplina de Pediatria NeonatalUNIFESP-EPM Disciplina de BioestatísticaUNIFESP, - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM)UNIFESP, EPM Disciplina de Pediatria NeonatalUNIFESP, EPM Disciplina de BioestatísticaSciELO41-48porSociedade Brasileira de PediatriaJornal de Pediatriadorrecém-nascidoanalgesiapainnewborn infantanalgesiaPerfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânicaProfile of opioid prescriptions for intubated and mechanically ventilated neonatesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0021-75572003000100008.pdfapplication/pdf56838${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1644/1/S0021-75572003000100008.pdf80fb681a06303dfc494a2e32cf823acaMD51open accessTEXTS0021-75572003000100008.pdf.txtS0021-75572003000100008.pdf.txtExtracted texttext/plain43002${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1644/21/S0021-75572003000100008.pdf.txta94f0719de4b3fa5d4a771b2b252f6b9MD521open accessTHUMBNAILS0021-75572003000100008.pdf.jpgS0021-75572003000100008.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6077${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1644/23/S0021-75572003000100008.pdf.jpg0b36422b58e4c374d8f7c16fea4fce67MD523open access11600/16442023-06-05 20:20:07.026open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/1644Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T23:20:07Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Perfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânica
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Profile of opioid prescriptions for intubated and mechanically ventilated neonates
title Perfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânica
spellingShingle Perfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânica
Castro, M. Cristina F.z. [UNIFESP]
dor
recém-nascido
analgesia
pain
newborn infant
analgesia
title_short Perfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânica
title_full Perfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânica
title_fullStr Perfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânica
title_full_unstemmed Perfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânica
title_sort Perfil da indicação de analgésicos opióides em recém-nascidos em ventilação pulmonar mecânica
author Castro, M. Cristina F.z. [UNIFESP]
author_facet Castro, M. Cristina F.z. [UNIFESP]
Guinsburg, Ruth [UNIFESP]
Almeida, Maria Fernanda Branco de [UNIFESP]
Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]
Yanaguibashi, Gianni [UNIFESP]
Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]
author_role author
author2 Guinsburg, Ruth [UNIFESP]
Almeida, Maria Fernanda Branco de [UNIFESP]
Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]
Yanaguibashi, Gianni [UNIFESP]
Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Castro, M. Cristina F.z. [UNIFESP]
Guinsburg, Ruth [UNIFESP]
Almeida, Maria Fernanda Branco de [UNIFESP]
Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]
Yanaguibashi, Gianni [UNIFESP]
Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv dor
recém-nascido
analgesia
topic dor
recém-nascido
analgesia
pain
newborn infant
analgesia
dc.subject.eng.fl_str_mv pain
newborn infant
analgesia
description Objetivo: identificar fatores que levaram os médicos a prescreverem opióides a recém-nascidos em ventilação mecânica. Método: estudo retrospectivo de pacientes em ventilação mecânica por cânula traqueal, por mais de 1 hora, internados em UTI neonatal entre janeiro de 1995 a junho de 1997. Nesse período, 203 recém-nascidos preencheram o critério de inclusão, recuperando-se 176 prontuários. Os prontuários foram analisados quanto a dados demográficos, características da analgesia e do suporte ventilatório, procedimentos invasivos realizados e entidades mórbidas diagnosticadas durante o período de ventilação. Para entender os fatores que determinaram o uso da analgesia em parte dessa população, utilizou-se a análise discriminante. Resultados: Nos 97 pacientes que receberam > 1 dose de opióides durante a ventilação, a analgesia foi iniciada, em média, até 24 horas após o início da ventilação. As escalas de avaliação da dor não foram usadas em nenhum paciente e, em 63%, não havia relato do motivo para a analgesia. A análise discriminante mostrou que as variáveis que diferenciaram os grupos submetidos ou não à analgesia foram: peso ao nascer, idade gestacional, índice de oxigenação e número de punções arteriais. Os neonatos com maior chance de receberem alguma dose de opióide durante a ventilação foram os de peso mais elevado, idade gestacional mais avançada, índice de oxigenação mais acentuado no início da ventilação e maior necessidade de gasometrias, ou seja, os bebês mais maduros e com doença respiratória mais grave. Conclusão: os médicos não levam em conta a dor propriamente dita e nem a avaliam para decidirem pela necessidade de analgesia no neonato em ventilação
publishDate 2003
dc.date.issued.fl_str_mv 2003-02-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:29:55Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:29:55Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 79, n. 1, p. 41-48, 2003.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1644
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572003000100008
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0021-7557
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S0021-75572003000100008.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S0021-75572003000100008
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S0021-75572003000100008
identifier_str_mv Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 79, n. 1, p. 41-48, 2003.
0021-7557
S0021-75572003000100008.pdf
S0021-75572003000100008
10.1590/S0021-75572003000100008
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1644
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572003000100008
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 41-48
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1644/1/S0021-75572003000100008.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1644/21/S0021-75572003000100008.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1644/23/S0021-75572003000100008.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 80fb681a06303dfc494a2e32cf823aca
a94f0719de4b3fa5d4a771b2b252f6b9
0b36422b58e4c374d8f7c16fea4fce67
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1783460330399072256