Potencial antitumoral de marsdenia cundurango Reichenbach F. em modelos de carcinoma mamário

• Autor(a) principal: Spindola, Daniel Gonsales [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6462692; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52237
• topic: Câncer de estômago; Marsdenia cundurango Reichenbach F; Stomach cancer

A Marsdenia cundurango Reichenbach F. é uma planta medicinal sul americana da família Asclepiadoideae popularmente utilizada no tratamento do câncer de estômago, problemas digestivos e por sua ação anti-inflamatória e antioxidante. Neste trabalho foi avaliada a citotoxicidade do extrato bruto da casca de Marsdenia cundurango Reichenbach F. (EBMC) e de suas frações clorofórmica, hexânica e diclorometano em duas linhagens celulares de carcinoma mamário, MCF7 e 4T1 . A viabilidade celular foi avaliada após a exposição de 24 horas ao EBMC e suas frações por meio dos ensaios de exclusão por azul de tripano e de redução de MTT. Foi realizada a análise dos constituintes do EBMC por UHPLC e seu perfil antioxidante estudados pelo método do DPPH. Foram realizados os ensaios de iodeto de propídeo (PI), dupla marcação com Anexina-V-FITC/PI, geração de espécies reativas de oxigênio (EROs) e o potencial de membrana mitocondrial por marcação com DCF-DA e TMRE, respectivamente, e avaliação de ativação de caspase-3 na linhagem 4T1, ambos por citometria de fluxo. A análise de morfologia nuclear por Hoechst foi realizada por microscopia de fluorescência, e a semi-quanticação das proteínas Bax e Bcl-2 por Western blotting. Foi ainda avaliado o aumento de Cálcio citosólico, além de ensaio in vivo para avaliar a capacidade de redução da progressão tumoral em camundongos. O EBMC, mas não suas frações, foi citotóxico para as células MCF7 e 4T1 com capacidade de reduzir a viabilidade celular em 50% com uma concentração de 100 μg/mL. A caracterização do EBMC revelou a presença de glicosídeos ativos, os Condurangogligosídeos. Os ensaios de morte celular demonstraram que o EBMC aumentou a fração sub-G1 e induziu morte celular, majoritariamente apoptose tardia, de forma significativa. O EBMC reduziu o volume tumoral no ensaio in vivo. Além disso, a análise de morfologia nuclear revelou a presença de núcleos picnóticos, sugerindo a ocorrência de morte celular. Estes eventos foram acompanhados por aumento de EROs, diminuição do potencial de membrana mitocondrial, aumento dos níveis de expressão proteica de Bax e diminuição de Bcl-2 com aumento de cálcio citosólico em ambas as linhagens, além da ativação de caspase-3 na linhagem 4T1. Concluímos que o EBMC possui atividade antitumoral em ensaios in vivo e in vitro, sugerindo a necessidade de futuros estudos visando sua aplicação clínica.