Configurações do excesso em Freud e Bataille

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Jose Luiz Da [UNIFESP]
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9320521
https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64628
Resumo: O presente trabalho de pesquisa possui por base as elaborações de dois pensadores: Sigmund Freud e Georges Bataille. Procuramos destacar que para os autores existe no ser humano um excesso, uma força pulsional que é da ordem do fundamento. Procuramos evidenciar o fato de que essa intensidade é responsável, consoante Bataille, pelas experiências do erotismo, continuidade e soberania, que se caracterizam por serem momentos de dispêndio do excesso. Freud postula o ser humano constituído pelas pulsões que exercem uma força constante sobre o organismo e exigem um trabalho do aparelho mental para domar esta quantidade ou encontrar caminhos adequados para escoá-la. Frente ao excesso que acossa o ser humano, Freud e Bataille concebem mecanismos para controlar essa força disruptiva, surgem assim os processos de recalque e a instauração da dinâmica interdito/transgressão respectivamente. Em Bataille, a ação do interdito e da transgressão abre espaço para a vivência do erotismo, da plenitude, e do jogo soberano. Para Freud, a contenção do pulsional ocasiona o retorno do recalcado sob a forma do sintoma e do conflito neurótico.
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