Metabolismo glicídico e adipocinas em trabalhadores em turnos fixos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Padilha, Heloisa Vidigal Guarita [UNIFESP]
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9815
Resumo: Introdução: trabalhadores em turnos são indivíduos conhecidamente mais predispostos à obesidade, descontrole da ingestão alimentar, resistência à insulina e diabetes. Os níveis circulantes de adiponectina, interleucina 6 e TNF-alfa também mostram participação no metabolismo glicídico. Objetivo: avaliar o metabolismo glicídico e as concentrações destas adipocinas em trabalhadores em turnos. Materiais e métodos: foram selecionados 22 trabalhadores em turnos com idade entre 20 e 35 anos, do gênero masculino, da indústria de aço Brasmetal, localizada na cidade de Diadema, São Paulo, sendo: trabalhadores matutinos fixos (n=6), trabalhadores noturnos fixos (n=9), trabalhadores que trabalham em horário comercial (n=7). As coletas de sangue foram realizadas a cada 4 horas no período de 24 horas do estudo, totalizando seis coletas. Resultados: a ingestão total de carboidratos foi menor (p<0,0005), enquanto proteína (p=0,0005) e lipídeos foi maior nos trabalhadores matutinos em relação ao grupo horário comercial. O grupo matutino também apresentou concentrações elevadas de cortisol comparativamente aos outros dois grupos. O cortisol foi mostrou maior influência sobre horário de acordar do que horário do dia. Os dois grupos de trabalhadores em turno, matutinos e noturnos, apresentaram altas concentrações de HOMA-RI basal caracterizando uma situação de resistência a insulina. Foi encontrado um efeito sobre o turno para adiponectina e TNF-alfa, onde o grupo matutino apresentou diferenças significantes em relação ao grupo horário comercial. As concentrações de IL-6 não foram diferentes. Conclusão: o grupo matutino apresentou maiores concentrações de cortisol e uma tendência a ter maiores concentrações de HOMA-RI, indicando que este grupo de trabalhadores merece maior atenção. Ainda, os três grupos apresentaram altos níveis de cortisol ao acordar, sugerindo que estes indivíduos estão ajustados aos diferentes horários de despertar.
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Materiais e métodos: foram selecionados 22 trabalhadores em turnos com idade entre 20 e 35 anos, do gênero masculino, da indústria de aço Brasmetal, localizada na cidade de Diadema, São Paulo, sendo: trabalhadores matutinos fixos (n=6), trabalhadores noturnos fixos (n=9), trabalhadores que trabalham em horário comercial (n=7). As coletas de sangue foram realizadas a cada 4 horas no período de 24 horas do estudo, totalizando seis coletas. Resultados: a ingestão total de carboidratos foi menor (p<0,0005), enquanto proteína (p=0,0005) e lipídeos foi maior nos trabalhadores matutinos em relação ao grupo horário comercial. O grupo matutino também apresentou concentrações elevadas de cortisol comparativamente aos outros dois grupos. O cortisol foi mostrou maior influência sobre horário de acordar do que horário do dia. Os dois grupos de trabalhadores em turno, matutinos e noturnos, apresentaram altas concentrações de HOMA-RI basal caracterizando uma situação de resistência a insulina. Foi encontrado um efeito sobre o turno para adiponectina e TNF-alfa, onde o grupo matutino apresentou diferenças significantes em relação ao grupo horário comercial. As concentrações de IL-6 não foram diferentes. Conclusão: o grupo matutino apresentou maiores concentrações de cortisol e uma tendência a ter maiores concentrações de HOMA-RI, indicando que este grupo de trabalhadores merece maior atenção. Ainda, os três grupos apresentaram altos níveis de cortisol ao acordar, sugerindo que estes indivíduos estão ajustados aos diferentes horários de despertar.Introduction: Shift work has been associated with a higher propensity for the development of obesity, lack of food intake, insulin resistance and diabetes. Circulating levels of adiponectin, interleukin 6 and tumor necrosis factor-alpha also show involvement in glucose metabolism, Objective: The aim of the study was to investigate concentrations glucose metabolism and the adipokines levels among fixed shiftworkers. Materials and methods: The study included 22 fixed shiftworkers, aged between 20 and 35 years, male, Brasmetal steel industry, located in Diadema, São Paulo. There were three different shifts: night workers (n = 9), fixed early morning workers (n = 6), and dayworkers (n = 7). Blood samples were collected every 4 h over the course of 24 h, yielding 6 samples. Results: Total carbohydrate intake was lowest (p < 0.0005), while fat (p = 0.03) and protein (p < 0.0005) was highest on the early morning shifts comparing to dayworkers. The early morning workers also had overall elevated cortisol levels relative to the other two groups (p<0,05). Cortisol levels appeared to be more influenced by time since waking prior to the shift than by time-of-day. The early morning and night groups showed higher levels of HOMA-IR, which is a situation of insulin resistance. It was found an effect from shift on adiponectin and TNF-alpha, where the early morning workers were significant different from the dayworkers. There were no differences on IL-6 concentrations. Conclusion: the early morning group had the highest overall concentrations of cortisol and tended to have larger levels of HOMA-RI, indicating that more attention should be given to these workers. Moreover, all three groups showed pronounced cortisol levels on awakening, suggesting that they may have adjusted to their awaking time.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP)FAPESP (CEDIP): 998/14303-3TEDEBV UNIFESP: Teses e dissertações130 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)AdipocinasCortisolTrabalho em turnosMetabolismo glicídicoHidrocortisonaMetabolismoMetabolismo glicídico e adipocinas em trabalhadores em turnos fixosGlucose metabolism and adipokines in fixed shift workersinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Psicobiologia - EPMORIGINALPublico-230.pdfapplication/pdf1343206${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9815/1/Publico-230.pdfed562078dad1c9094e755e2a83171c67MD51open accessTEXTPublico-230.pdf.txtPublico-230.pdf.txtExtracted texttext/plain195262${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9815/3/Publico-230.pdf.txtfbcda8f357436f5a060175eddddf6af7MD53open accessTHUMBNAILPublico-230.pdf.jpgPublico-230.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3573${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9815/5/Publico-230.pdf.jpg92bcd8f18fcc242aef06db745919a287MD55open access11600/98152022-07-29 17:39:48.309open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/9815Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-07-29T20:39:48Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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