As miopatias inflamatórias no contexto brasileiro: uma revisão de escopo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
dARK ID: | ark:/48912/0013000001qwf |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69729 |
Resumo: | Introdução: As miopatias inflamatórias são doenças raras que envolvem inflamação crônica nos músculos esqueléticos. Apresentam uma ampla gama de manifestações clínicas e prognósticos variados, com prevalência mundial estimada entre 5 e 22 por 100 mil pessoas. No contexto brasileiro, não são bem conhecidas as características epidemiológicas desse grupo de doenças e pouco se sabe sobre as pesquisas realizadas. Objetivos: Mapear as evidências científicas publicadas relacionadas às miopatias inflamatórias, que sejam relacionadas ao contexto brasileiro. Métodos: Esta revisão de escopo foi conduzida de acordo com a metodologia publicada pelo Instituto Joanna Briggs (JBI). Foram realizadas buscas nas bases de dados: Medline (via Pubmed), Embase (via Elsevier) e Lilacs (via BVS), utilizando as expressões associados à "miopatia inflamatória" e "Brasil". A seleção de estudos e a extração de dados foi realizada por dois pesquisadores de forma independente e conflitos resolvidos por consenso e/ou com ajuda de um terceiro revisor. Foram incluídos quaisquer tipos de estudo enquanto em população brasileira e relacionados às miopatias inflamatórias. Foram excluídas as publicações em outros idiomas que não português, inglês e espanhol. Os dados foram extraídos em planilha eletrônica e posteriormente tabelados e analisados. Resultados: Foram identificadas 262 publicações. Após triagem por título e resumo e seleção por leitura integral do texto, foram incluídos 25 estudos nesta revisão. Vinte e três (92%) das publicações eram artigos originais, um resumo de congresso e uma tese. Vinte e três dos estudos (92%) foram publicados após 2010. Em relação ao estado da instituição de pesquisa, São Paulo representou 92% das publicações, seguido do Distrito Federal e Paraná (uma publicação cada). Com exceção de 2 revisões sistemáticas, todos os estudos eram observacionais (um caso-controle, três relatos de caso, oito transversais e 11 coortes). Quanto às características populacionais, 16 eram de população adulta e seis de população pediátrica, três não identificáveis. O conjunto de estudos avaliou quatro tipos de miopatia inflamatória, sendo dermatomiosite (68%) e polimiosite (32%) os mais comuns. A análise dos tópicos abordados, indicou que foram analisados 11 tópicos diferentes, sendo aspectos clínicos e laboratoriais o mais comum, representando 32% do conjunto de pesquisa, com um total de 8 estudos. Discussão e conclusão: A revisão revelou que a diversidade metodológica e temática dos estudos ressaltam a necessidade de uma abordagem integrativa e abrangente para entender e tratar os diferentes tipos de miopatias. Devido à baixa prevalência das miopatias inflamatórias, as abordagens de pesquisa têm sido limitadas, sendo conduzida por pesquisadores vinculados à universidade públicas e muito centralizados no estado de São Paulo. |
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As miopatias inflamatórias no contexto brasileiro: uma revisão de escopoMiopatias inflamatóriasBrasilDermatomiositePolimiositeRevisão de escopoInflammatory myopathiesBrazilDermatomyositisPolymyositisScoping reviewIntrodução: As miopatias inflamatórias são doenças raras que envolvem inflamação crônica nos músculos esqueléticos. Apresentam uma ampla gama de manifestações clínicas e prognósticos variados, com prevalência mundial estimada entre 5 e 22 por 100 mil pessoas. No contexto brasileiro, não são bem conhecidas as características epidemiológicas desse grupo de doenças e pouco se sabe sobre as pesquisas realizadas. Objetivos: Mapear as evidências científicas publicadas relacionadas às miopatias inflamatórias, que sejam relacionadas ao contexto brasileiro. Métodos: Esta revisão de escopo foi conduzida de acordo com a metodologia publicada pelo Instituto Joanna Briggs (JBI). Foram realizadas buscas nas bases de dados: Medline (via Pubmed), Embase (via Elsevier) e Lilacs (via BVS), utilizando as expressões associados à "miopatia inflamatória" e "Brasil". A seleção de estudos e a extração de dados foi realizada por dois pesquisadores de forma independente e conflitos resolvidos por consenso e/ou com ajuda de um terceiro revisor. Foram incluídos quaisquer tipos de estudo enquanto em população brasileira e relacionados às miopatias inflamatórias. Foram excluídas as publicações em outros idiomas que não português, inglês e espanhol. Os dados foram extraídos em planilha eletrônica e posteriormente tabelados e analisados. Resultados: Foram identificadas 262 publicações. Após triagem por título e resumo e seleção por leitura integral do texto, foram incluídos 25 estudos nesta revisão. Vinte e três (92%) das publicações eram artigos originais, um resumo de congresso e uma tese. Vinte e três dos estudos (92%) foram publicados após 2010. Em relação ao estado da instituição de pesquisa, São Paulo representou 92% das publicações, seguido do Distrito Federal e Paraná (uma publicação cada). Com exceção de 2 revisões sistemáticas, todos os estudos eram observacionais (um caso-controle, três relatos de caso, oito transversais e 11 coortes). Quanto às características populacionais, 16 eram de população adulta e seis de população pediátrica, três não identificáveis. O conjunto de estudos avaliou quatro tipos de miopatia inflamatória, sendo dermatomiosite (68%) e polimiosite (32%) os mais comuns. A análise dos tópicos abordados, indicou que foram analisados 11 tópicos diferentes, sendo aspectos clínicos e laboratoriais o mais comum, representando 32% do conjunto de pesquisa, com um total de 8 estudos. Discussão e conclusão: A revisão revelou que a diversidade metodológica e temática dos estudos ressaltam a necessidade de uma abordagem integrativa e abrangente para entender e tratar os diferentes tipos de miopatias. Devido à baixa prevalência das miopatias inflamatórias, as abordagens de pesquisa têm sido limitadas, sendo conduzida por pesquisadores vinculados à universidade públicas e muito centralizados no estado de São Paulo.Inflammatory myopathies are rare diseases involving chronic inflammation in skeletal muscles. It exhibits a diverse array of clinical manifestations and variable prognoses, with an estimated global prevalence ranging from 5 to 22 per 100,000 individuals. In the Brazilian context, the epidemiological characteristics of this group of diseases are not well known, and there is limited understanding of the research conducted. Objectives: To map the published scientific evidence on inflammatory myopathies within the Brazilian context. Methods: This scoping review was conducted following the methodology published by the Joanna Briggs Institute (JBI). The search was conducted in the following databases: Medline (via Pubmed), Embase (via Elsevier), and Lilacs (via BVS), with the terms "inflammatory myopathy" and "Brazil." Study selection and data extraction were conducted by two researchers independently, with conflicts resolved through consensus and/or with the assistance of a third reviewer. Any type of study conducted on a Brazilian population and related to inflammatory myopathies was included. Publications in languages other than Portuguese, English, and Spanish were excluded. Data were extracted into a spreadsheet and subsequently tabulated and analyzed. Results: A total of 262 publications were identified. After title and abstract screening, and full-text selection, 25 studies were included in this review. Twenty-three (92%) of the publications were original articles, one was a conference abstract, and one was a thesis. Twenty-three studies (92%) were published after 2010. In terms of the research institution's location, São Paulo accounted for 92% of the publications, followed by the Federal District and Paraná (one publication each). Apart from 2 systematic reviews, all studies were observational (one case-control, 3 case reports, 8 cross-sectional, and 11 cohorts). Regarding the population characteristics, 16 studies were on adult populations, 6 on pediatric populations, and 3 were not identifiable. The group of studies examined four distinct types of inflammatory myopathy, with dermatomyositis (68%) and polymyositis (32%) being the most prevalent. Analysis of the covered topics revealed an exploration of 11 diverse themes, with clinical and laboratory aspects accounting for the majority (32%). Discussion and Conclusion: the review highlights the methodological and thematic diversity within the studies, emphasizing the necessity for an integrative and comprehensive approach to comprehend and manage various myopathy types. Due to the low prevalence of inflammatory myopathies, the research approaches have been limited, primarily conducted by researchers affiliated with public universities and centralized in the state of São Paulo.Universidade Federal de São PauloMelo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]Komoda, Denis Satoshihttp://lattes.cnpq.br/3643334150791076http://lattes.cnpq.br/5052823551616937Ruffato, Gabriella de Almeida [UNIFESP]2023-12-14T15:15:18Z2023-12-14T15:15:18Z2023-11-23info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion37 f.application/pdfhttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69729ark:/48912/0013000001qwfporDiademainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-13T11:01:37Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/69729Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-12-11T19:51:05.732624Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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