Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boturão-Neto, Edmir [UNIFESP]
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9588
Resumo: Objetivos: Determinar as freqüências dos principais polimorfismos KEL, KEL*1,2, KEL*3,4,21 e KEL*6,7, e de dois novos alelos KEL, KEL*29 e KEL*30, em pacientes com hemoglobinopatias e doadores de sangue. Elucidar, empregando técnicas moleculares, casos raros envolvendo o sistema Kell. Casuística e métodos: As freqüências dos polimorfismos KEL*1,2, KEL*3,4,21 e KEL*6,7 foram avaliadas por PCR-RFLP em 108 pacientes portadores de hemoglobinopatias e 205 doadores de sangue. As freqüências dos polimorfismos KEL*29,KEL*29- (1988G>A) e KEL*30,KEL*30- (1033G>A) foram estudadas por PCR-RFLP em 68 pacientes com hemoglobinopatias e 300 doadores. Afim de elucidar um caso raro de aloimunização anti-KEL7 em uma gestante com antecedente de perdas fetais, estudamos por PCRRFLP os principais polimorfismos KEL nos 6 indivíduos da família. Empregando a técnica de seqüenciamento, pesquisamos as bases moleculares responsáveis pelo fenótipo KELnull em 2 pacientes e a mutação responsável pelo padrão anômalo na genotipagem do polimorfismo KEL*3,4 por PCR-NlaIII-RFLP em 3 indivíduos. Resultados: O genótipo KEL*1/KEL*2 foi observado em 6,5% (7/108) dos pacientes com hemoglobinopatias e em 6,3% (13/205) dos doadores de sangue (p>0,999). O genótipo KEL*3/KEL*4 foi observado em apenas 1% (2/205) dos doadores de sangue (p=0,547). O genótipo KEL*6/KEL*7 foi detectado em 6,5% (7/108) dos pacientes com hemoglobinopatias e em 4,4% (9/205) dos doadores (p=0,430). Todos os 68 pacientes portadores de hemoglobinopatias e os 300 doadores de sangue foram genotipados como KEL*29/KEL*29 e KEL*30/KEL*30. A identificação do aloanticorpo anti-KEL7 na gestante foi auxiliada pelo estudo molecular KEL. A gestante apresentava o genótipo KEL*6/KEL*6, sua mãe e sua filha eram KEL*6/KEL*7, enquanto seu segundo parceiro e sua neta foram genotipados como KEL*7/KEL*7. O recém nascido apresentou o mesmo genótipo da mãe. A mutação C1042T (Q348X) foi detectada pela reação de seqüenciamento e confirmada pela técnica de PCR-Tsp45I-RFLP nas pacientes portadoras do fenótipo KELnull. A mutação IVS6-13C>T foi identificada pela reação de seqüenciamento nos indivíduos com o padrão anômalo na genotipagem KEL*3,4. Conclusões: Não foi observada diferença significativa nas freqüências dos polimorfismos KEL entre os pacientes brasileiros afro-descendentes com hemoglobinopatias e os doadores de sangue. A concordância na genotipagem KEL observada entre as populações de doadores e receptores de sangue sugere que os pacientes brasileiros politransfundidos apresentam menor risco de aloimunização Kell quando comparados aos dados reportados em estudos onde a população de doadores de sangue é predominantemente constituída por indivíduos de origem caucasiana. Em adição, nossos dados sugerem que a necessidade de transfusão de hemácias com fenotipagem expandida pode não ter o mesmo custo-benefício nos pacientes politransfundidos no Brasil. Nenhum alelo variante KEL*29- (1988G>A) ou KEL*30- (1033G>A) foi identificado entre os 736 alelos analisados. Nossos dados sugerem que os antígenos KEL29 e KEL30 têm pouco impacto clínico, uma vez que a aloimunização a estes antígenos é, provavelmente, um evento raro restrito a poucos casos envolvendo indivíduos com fenótipo KEL:-29 ou KEL:-30. Finalmente, o estudo molecular KEL possibilitou a elucidação do caso de aloimunização anti-KEL7 associado às mortes fetais intra-uterinas, a identificação das bases moleculares do fenótipo KELnull em dois indivíduos brasileiros e a detecção da mutação responsável pelo padrão anômalo na genotipagem KEL*3,4.
id UFSP_35684502911595347720b5d35dff7f44
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/9588
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Boturão-Neto, Edmir [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Bordin, José Orlando [UNIFESP]2015-07-22T20:50:10Z2015-07-22T20:50:10Z2008-05-28BOTURÃO NETO, Edmir. Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros. 2008. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2008.http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9588Publico-10892a.pdfPublico-10892b.pdfPublico-10892c.pdfPublico-10892d.pdfObjetivos: Determinar as freqüências dos principais polimorfismos KEL, KEL*1,2, KEL*3,4,21 e KEL*6,7, e de dois novos alelos KEL, KEL*29 e KEL*30, em pacientes com hemoglobinopatias e doadores de sangue. Elucidar, empregando técnicas moleculares, casos raros envolvendo o sistema Kell. Casuística e métodos: As freqüências dos polimorfismos KEL*1,2, KEL*3,4,21 e KEL*6,7 foram avaliadas por PCR-RFLP em 108 pacientes portadores de hemoglobinopatias e 205 doadores de sangue. As freqüências dos polimorfismos KEL*29,KEL*29- (1988G>A) e KEL*30,KEL*30- (1033G>A) foram estudadas por PCR-RFLP em 68 pacientes com hemoglobinopatias e 300 doadores. Afim de elucidar um caso raro de aloimunização anti-KEL7 em uma gestante com antecedente de perdas fetais, estudamos por PCRRFLP os principais polimorfismos KEL nos 6 indivíduos da família. Empregando a técnica de seqüenciamento, pesquisamos as bases moleculares responsáveis pelo fenótipo KELnull em 2 pacientes e a mutação responsável pelo padrão anômalo na genotipagem do polimorfismo KEL*3,4 por PCR-NlaIII-RFLP em 3 indivíduos. Resultados: O genótipo KEL*1/KEL*2 foi observado em 6,5% (7/108) dos pacientes com hemoglobinopatias e em 6,3% (13/205) dos doadores de sangue (p>0,999). O genótipo KEL*3/KEL*4 foi observado em apenas 1% (2/205) dos doadores de sangue (p=0,547). O genótipo KEL*6/KEL*7 foi detectado em 6,5% (7/108) dos pacientes com hemoglobinopatias e em 4,4% (9/205) dos doadores (p=0,430). Todos os 68 pacientes portadores de hemoglobinopatias e os 300 doadores de sangue foram genotipados como KEL*29/KEL*29 e KEL*30/KEL*30. A identificação do aloanticorpo anti-KEL7 na gestante foi auxiliada pelo estudo molecular KEL. A gestante apresentava o genótipo KEL*6/KEL*6, sua mãe e sua filha eram KEL*6/KEL*7, enquanto seu segundo parceiro e sua neta foram genotipados como KEL*7/KEL*7. O recém nascido apresentou o mesmo genótipo da mãe. A mutação C1042T (Q348X) foi detectada pela reação de seqüenciamento e confirmada pela técnica de PCR-Tsp45I-RFLP nas pacientes portadoras do fenótipo KELnull. A mutação IVS6-13C>T foi identificada pela reação de seqüenciamento nos indivíduos com o padrão anômalo na genotipagem KEL*3,4. Conclusões: Não foi observada diferença significativa nas freqüências dos polimorfismos KEL entre os pacientes brasileiros afro-descendentes com hemoglobinopatias e os doadores de sangue. A concordância na genotipagem KEL observada entre as populações de doadores e receptores de sangue sugere que os pacientes brasileiros politransfundidos apresentam menor risco de aloimunização Kell quando comparados aos dados reportados em estudos onde a população de doadores de sangue é predominantemente constituída por indivíduos de origem caucasiana. Em adição, nossos dados sugerem que a necessidade de transfusão de hemácias com fenotipagem expandida pode não ter o mesmo custo-benefício nos pacientes politransfundidos no Brasil. Nenhum alelo variante KEL*29- (1988G>A) ou KEL*30- (1033G>A) foi identificado entre os 736 alelos analisados. Nossos dados sugerem que os antígenos KEL29 e KEL30 têm pouco impacto clínico, uma vez que a aloimunização a estes antígenos é, provavelmente, um evento raro restrito a poucos casos envolvendo indivíduos com fenótipo KEL:-29 ou KEL:-30. Finalmente, o estudo molecular KEL possibilitou a elucidação do caso de aloimunização anti-KEL7 associado às mortes fetais intra-uterinas, a identificação das bases moleculares do fenótipo KELnull em dois indivíduos brasileiros e a detecção da mutação responsável pelo padrão anômalo na genotipagem KEL*3,4.To evaluate the KEL polymorphisms in Brazilian patients with hemoglobinopathies and blood donors and to elucidate some rare cases implicating Kell blood group system. Subjects and methods: Employing the PCR-RFLP technique, we evaluated the KEL*1,2, KEL*3,4,21 and KEL*6,7 polymorphisms frequencies in 108 patients with hemoglobinopathies and 205 blood donors. We also studied the KEL*29,KEL*29- (1988G>A) and KEL*30,KEL*30- (1033G>A) polymorphisms frequencies in 68 patients with hemoglobinopathies and 300 blood donors. In adition, the KEL polymorphisms were evaluated in an Afro-descent Brazilian pregnant woman and her relatives to elucidate a rare case of anti-KEL7 alloimmunization associated to intrauterine deaths. To elucidate the molecular basis of KELnull phenotype in Brazilian patients and to identify the mutation responsible for the abnormal pattern observed in three different samples in KEL*3,4 genotyping by PCR-NlaIII-RFLP, KEL sequencing was performed. Results: The KEL*1/KEL*2 genotype was found in 6.5% (7/108) of patients with hemoglobinopathies and in 6.3% (13/205) of blood donors (p>0,999). The KEL*3/KEL*4 genotype was observed in only 1.0% (2/205) of blood donors (p=0,547). The KEL*6/KEL*7 genotype was found in 6.5% (7/108) of patients with hemoglobinopathies and in 4.4% (9/205) of blood donors (p=0,430). We also found 1 (0.5%) donor with KEL*6/KEL*6 genotype. There was no statistically significant difference between the frequencies of KEL*1/KEL*2, KEL*3/KEL*4 and KEL*6/KEL*7 genotypes seen in patients with hemoglobinopathies compared to those observed in blood donors. All tested subjects, 300 donors (100%) and 68 patients (100%), were homozygous for the wild type consensus nucleotides at the KEL*29 and KEL*30 positions. No variant allele 1988G>A KEL*29 or 1033G>A KEL*30 was identified among the 736 analyzed alleles. The pregnant woman (propositus) was KEL*6/KEL*6, her mother and her daughter were KEL*6/KEL*7 heterozygous, and her former partner was KEL*7/KEL*7. The newborn was also tested and presented the same KEL*6/KEL*6 genotype of his mother. The propositus and her available relatives were KEL*2,4/KEL*2,4 homozygous. In addition, the C1042T (Q348X) mutation was detected by KEL sequencing, and corroborated by the PCR-Tsp45I-RFLP technique, in Brazilian patients with KELnull phenotype. The IVS6-13C>T mutation was also detected by KEL sequencing in subjects with abnormal pattern in KEL*3,4 genotyping by PCR-NlaIIIRFLP. Conclusions: The observed concordant KEL genotyping donor-recipient population suggests that Brazilian patients are at lower risk for Kell alloimmunization than that reported by studies where the donor population is predominantly formed by white Caucasians. In addition, our data indicate that the requirement for extended antigen-matched RBC transfusion in multitransfused patients may not be cost-effective in Brazil. Moreover, our data suggest that the KEL29 and KEL30 antigens have little clinical impact, since the alloimmunization by these antigens is probably a very rare event, restricted to a few cases involving subjects with KEL:-29 or KEL:-30 phenotype. Finally, we also report a rare case of anti-KEL7 alloimmunization associated to intrauterine deaths in an Afro-descent Brazilian woman, as well as the molecular basis of KELnull phenotype in Brazilians and the mutation implicated in the abnormal pattern seen in KEL*3,4 genotyping were identified by molecular studies.TEDEBV UNIFESP: Teses e dissertações166 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)AloimunizaçãoDoadores de sanguePolimorfismos KELHemoglobinopatiasEstudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileirosMolecular immunohematology study of Kell blood group system in Braziliansinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Medicina (Hematologia) - EPMORIGINALPublico-10892a.pdfapplication/pdf1446856${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/1/Publico-10892a.pdfb8584942c83d1ed625c0076b4f6f900eMD51open accessPublico-10892b.pdfapplication/pdf1591232${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/2/Publico-10892b.pdf19cbbe483605beb743a5e89a4ee18045MD52open accessPublico-10892c.pdfapplication/pdf1743672${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/3/Publico-10892c.pdf388b1349efb7e835d3d05a3575699591MD53open accessPublico-10892d.pdfapplication/pdf1690185${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/4/Publico-10892d.pdf34b03df3cf5cbb70f29cd94d1a659d77MD54open accessTEXTPublico-10892a.pdf.txtPublico-10892a.pdf.txtExtracted texttext/plain135527${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/105/Publico-10892a.pdf.txt42f0d967fc1656a909726e1c57d35e39MD5105open accessPublico-10892b.pdf.txtPublico-10892b.pdf.txtExtracted texttext/plain53288${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/108/Publico-10892b.pdf.txt7ea246175d978269648b4c13550cd4edMD5108open accessPublico-10892c.pdf.txtPublico-10892c.pdf.txtExtracted texttext/plain12614${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/111/Publico-10892c.pdf.txtb28010a771bfb1323461546fb54c48cfMD5111open accessPublico-10892d.pdf.txtPublico-10892d.pdf.txtExtracted texttext/plain6386${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/114/Publico-10892d.pdf.txtbe0ff8fcca53f2e08175208fa097d8daMD5114open accessTHUMBNAILPublico-10892a.pdf.jpgPublico-10892a.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3723${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/107/Publico-10892a.pdf.jpgfc9043503ad3c9befe8d2310b1e7f68bMD5107open accessPublico-10892b.pdf.jpgPublico-10892b.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6124${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/110/Publico-10892b.pdf.jpg890f9c98ea096ce3eaf4d7151e44fdaeMD5110open accessPublico-10892c.pdf.jpgPublico-10892c.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg5889${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/113/Publico-10892c.pdf.jpg0d70471339d6daa5113e2a05dae25b84MD5113open accessPublico-10892d.pdf.jpgPublico-10892d.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg8029${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/116/Publico-10892d.pdf.jpg40a2648804c0b53e280651afc5bd94f0MD5116open access11600/95882023-06-03 01:36:26.568open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/9588Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-03T04:36:26Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Molecular immunohematology study of Kell blood group system in Brazilians
title Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros
spellingShingle Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros
Boturão-Neto, Edmir [UNIFESP]
Aloimunização
Doadores de sangue
Polimorfismos KEL
Hemoglobinopatias
title_short Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros
title_full Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros
title_fullStr Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros
title_full_unstemmed Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros
title_sort Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros
author Boturão-Neto, Edmir [UNIFESP]
author_facet Boturão-Neto, Edmir [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Boturão-Neto, Edmir [UNIFESP]
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bordin, José Orlando [UNIFESP]
contributor_str_mv Bordin, José Orlando [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Aloimunização
Doadores de sangue
Polimorfismos KEL
Hemoglobinopatias
topic Aloimunização
Doadores de sangue
Polimorfismos KEL
Hemoglobinopatias
description Objetivos: Determinar as freqüências dos principais polimorfismos KEL, KEL*1,2, KEL*3,4,21 e KEL*6,7, e de dois novos alelos KEL, KEL*29 e KEL*30, em pacientes com hemoglobinopatias e doadores de sangue. Elucidar, empregando técnicas moleculares, casos raros envolvendo o sistema Kell. Casuística e métodos: As freqüências dos polimorfismos KEL*1,2, KEL*3,4,21 e KEL*6,7 foram avaliadas por PCR-RFLP em 108 pacientes portadores de hemoglobinopatias e 205 doadores de sangue. As freqüências dos polimorfismos KEL*29,KEL*29- (1988G>A) e KEL*30,KEL*30- (1033G>A) foram estudadas por PCR-RFLP em 68 pacientes com hemoglobinopatias e 300 doadores. Afim de elucidar um caso raro de aloimunização anti-KEL7 em uma gestante com antecedente de perdas fetais, estudamos por PCRRFLP os principais polimorfismos KEL nos 6 indivíduos da família. Empregando a técnica de seqüenciamento, pesquisamos as bases moleculares responsáveis pelo fenótipo KELnull em 2 pacientes e a mutação responsável pelo padrão anômalo na genotipagem do polimorfismo KEL*3,4 por PCR-NlaIII-RFLP em 3 indivíduos. Resultados: O genótipo KEL*1/KEL*2 foi observado em 6,5% (7/108) dos pacientes com hemoglobinopatias e em 6,3% (13/205) dos doadores de sangue (p>0,999). O genótipo KEL*3/KEL*4 foi observado em apenas 1% (2/205) dos doadores de sangue (p=0,547). O genótipo KEL*6/KEL*7 foi detectado em 6,5% (7/108) dos pacientes com hemoglobinopatias e em 4,4% (9/205) dos doadores (p=0,430). Todos os 68 pacientes portadores de hemoglobinopatias e os 300 doadores de sangue foram genotipados como KEL*29/KEL*29 e KEL*30/KEL*30. A identificação do aloanticorpo anti-KEL7 na gestante foi auxiliada pelo estudo molecular KEL. A gestante apresentava o genótipo KEL*6/KEL*6, sua mãe e sua filha eram KEL*6/KEL*7, enquanto seu segundo parceiro e sua neta foram genotipados como KEL*7/KEL*7. O recém nascido apresentou o mesmo genótipo da mãe. A mutação C1042T (Q348X) foi detectada pela reação de seqüenciamento e confirmada pela técnica de PCR-Tsp45I-RFLP nas pacientes portadoras do fenótipo KELnull. A mutação IVS6-13C>T foi identificada pela reação de seqüenciamento nos indivíduos com o padrão anômalo na genotipagem KEL*3,4. Conclusões: Não foi observada diferença significativa nas freqüências dos polimorfismos KEL entre os pacientes brasileiros afro-descendentes com hemoglobinopatias e os doadores de sangue. A concordância na genotipagem KEL observada entre as populações de doadores e receptores de sangue sugere que os pacientes brasileiros politransfundidos apresentam menor risco de aloimunização Kell quando comparados aos dados reportados em estudos onde a população de doadores de sangue é predominantemente constituída por indivíduos de origem caucasiana. Em adição, nossos dados sugerem que a necessidade de transfusão de hemácias com fenotipagem expandida pode não ter o mesmo custo-benefício nos pacientes politransfundidos no Brasil. Nenhum alelo variante KEL*29- (1988G>A) ou KEL*30- (1033G>A) foi identificado entre os 736 alelos analisados. Nossos dados sugerem que os antígenos KEL29 e KEL30 têm pouco impacto clínico, uma vez que a aloimunização a estes antígenos é, provavelmente, um evento raro restrito a poucos casos envolvendo indivíduos com fenótipo KEL:-29 ou KEL:-30. Finalmente, o estudo molecular KEL possibilitou a elucidação do caso de aloimunização anti-KEL7 associado às mortes fetais intra-uterinas, a identificação das bases moleculares do fenótipo KELnull em dois indivíduos brasileiros e a detecção da mutação responsável pelo padrão anômalo na genotipagem KEL*3,4.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008-05-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-07-22T20:50:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-07-22T20:50:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv BOTURÃO NETO, Edmir. Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros. 2008. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2008.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9588
dc.identifier.file.none.fl_str_mv Publico-10892a.pdf
Publico-10892b.pdf
Publico-10892c.pdf
Publico-10892d.pdf
identifier_str_mv BOTURÃO NETO, Edmir. Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros. 2008. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2008.
Publico-10892a.pdf
Publico-10892b.pdf
Publico-10892c.pdf
Publico-10892d.pdf
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9588
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 166 p.
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/1/Publico-10892a.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/2/Publico-10892b.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/3/Publico-10892c.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/4/Publico-10892d.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/105/Publico-10892a.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/108/Publico-10892b.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/111/Publico-10892c.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/114/Publico-10892d.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/107/Publico-10892a.pdf.jpg
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/110/Publico-10892b.pdf.jpg
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/113/Publico-10892c.pdf.jpg
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9588/116/Publico-10892d.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv b8584942c83d1ed625c0076b4f6f900e
19cbbe483605beb743a5e89a4ee18045
388b1349efb7e835d3d05a3575699591
34b03df3cf5cbb70f29cd94d1a659d77
42f0d967fc1656a909726e1c57d35e39
7ea246175d978269648b4c13550cd4ed
b28010a771bfb1323461546fb54c48cf
be0ff8fcca53f2e08175208fa097d8da
fc9043503ad3c9befe8d2310b1e7f68b
890f9c98ea096ce3eaf4d7151e44fdae
0d70471339d6daa5113e2a05dae25b84
40a2648804c0b53e280651afc5bd94f0
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802764161033175040