Mão de Obra na Província do Grão-Pará: Uma análise a partir da ótica dos viajantes (1821-1850)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Amanda Aparecida Silva de [UNIFESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/67717
Resumo: O principal objetivo desta monografia é o estudo da constituição da mão de obra do Grão-Pará, formada pelos trabalhos escravo ou compulsório de negros e indígenas, a partir da ótica dos viajantes que estiveram na província entre os anos de 1821 e 1850. A hipótese é de que essas duas modalidades de trabalhos – escravo e compulsório – assim como desses dois grupos – negro e indígena - coexistiram nesta sociedade e que as atividades realizadas em conjunto tiveram mais importância do que até o momento se defende. Isto diverge tanto de uma perspectiva historiográfica que entende o trabalho na província do Pará como uma realização quase que exclusivamente feita por indígenas, como de uma historiografia mais recente que defendeu a existência de “ilhas” nesse território de trabalho quase que exclusivamente feitos por escravos negros. A pesquisa tem como fontes principais seis relatos de viagens, escritos por sete viajantes europeus: Johann B. von Spix e Karl Friedrich P. von Martius, Alfred Russel Wallace, Henry Walter Bates, Alcide Dessalines D’Orbigny, Hercule Florence, Henry Lister Maw. Todos estiveram na província e apontaram questões específicas sobre a mão de obra, tornando-se uma referência de grande importância. O uso dessas fontes pede uma metodologia própria que será explicada adiante. O recorte cronológico foi pensado diante de uma grande mudança de cenários políticos que tiveram impacto na mão de obra local. Em 1821, a província aderiu ao sistema criado em Lisboa no contexto da Revolução do Porto e dois anos depois ao governo de D. Pedro I. Essas mudanças vieram acompanhadas de discussões que extravasaram os círculos dominantes e trouxeram às camadas que formavam a mão de obra, escravos e indígenas, debates liberais e turbulências severas para a província. Fechando o ciclo, 1850 marcava a segunda lei para o fim do tráfico negreiro impactando na organização da força de trabalho.
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A hipótese é de que essas duas modalidades de trabalhos – escravo e compulsório – assim como desses dois grupos – negro e indígena - coexistiram nesta sociedade e que as atividades realizadas em conjunto tiveram mais importância do que até o momento se defende. Isto diverge tanto de uma perspectiva historiográfica que entende o trabalho na província do Pará como uma realização quase que exclusivamente feita por indígenas, como de uma historiografia mais recente que defendeu a existência de “ilhas” nesse território de trabalho quase que exclusivamente feitos por escravos negros. A pesquisa tem como fontes principais seis relatos de viagens, escritos por sete viajantes europeus: Johann B. von Spix e Karl Friedrich P. von Martius, Alfred Russel Wallace, Henry Walter Bates, Alcide Dessalines D’Orbigny, Hercule Florence, Henry Lister Maw. Todos estiveram na província e apontaram questões específicas sobre a mão de obra, tornando-se uma referência de grande importância. O uso dessas fontes pede uma metodologia própria que será explicada adiante. O recorte cronológico foi pensado diante de uma grande mudança de cenários políticos que tiveram impacto na mão de obra local. Em 1821, a província aderiu ao sistema criado em Lisboa no contexto da Revolução do Porto e dois anos depois ao governo de D. Pedro I. Essas mudanças vieram acompanhadas de discussões que extravasaram os círculos dominantes e trouxeram às camadas que formavam a mão de obra, escravos e indígenas, debates liberais e turbulências severas para a província. Fechando o ciclo, 1850 marcava a segunda lei para o fim do tráfico negreiro impactando na organização da força de trabalho.The main objective of this monograph is the study of the constitution of the labor force of the Grão-Pará, formed by the slave or compulsory works of blacks and natives, from the perspective of the travelers who were in the province between the years of 1821 and 1850. The hypothesis is that these two modalities of work - slave and compulsory - as well as those two groups - black and indigenous - coexisted in this society and that the activities carried out together had more importance than has hitherto been defended. This diverges so much from a historiographical perspective that it understands the work in the province of Pará as an accomplishment almost exclusively done by natives, as of a more recent historiography that defended the existence of "islands" in that territory of work almost exclusively made by black slaves. The research has as main sources six travel accounts written by seven European travelers: Johann B. von Spix and Karl Friedrich P. von Martius, Alfred Russel Wallace, Henry Walter Bates, Alcide Dessalines D'Orbigny, Hercule Florence, Henry Lister Maw. All were in the province and pointed out specific questions about the workforce, becoming a reference of great importance. The use of these sources calls for a proper methodology that will be explained later. The chronological cut was thought in the face of a great change in political scenarios that had an impact on the local labor force. In 1821, the province adhered to the system created in Lisbon in the context of the Oporto Revolution and two years later to the government of D. Pedro I. These changes came accompanied by discussions that went beyond the dominant circles and brought to the layers that formed the workforce, slaves and indigenous peoples, liberal debates and severe turbulence for the province. Closing the cycle, 1850 marked the second law for the end of the slave trade impacting on the organization of the workforce.80 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Mão de obraViajantesGrão-ParáImpério do BrasilLaborTravelersGrão-ParáEmpire of BrazilMão de Obra na Província do Grão-Pará: Uma análise a partir da ótica dos viajantes (1821-1850)Labor in the Province of Grão-Pará: An analysis from the perspective of travelers (1821-1850)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPGuarulhos, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)História11600/677172023-06-07 09:52:53.386metadata only accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/67717Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-07T12:52:53Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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