Estudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vrechi, Talita Aparecida de Moraes [UNIFESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64096
Resumo: O fitocanabinoide canabidiol (CBD) é um composto canabinoide não psicotrópico presente na planta Cannabis sativa, que tem sido reportado por suas diversas ações terapêuticas por diferentes mecanismos, incluindo a ativação autofágica. A autofagia é um processo catabólico lisossomal responsável por degradar componentes citosólicos, como organelas disfuncionais e proteínas malformadas ou agregadas, sendo essencial para a homeostase e sobrevivência celular. Estudos apontam que nas doenças neurodegenerativas ocorre disfunção no processo de autofagia, levando ao acúmulo de proteínas e causando diversos tipos de doenças. Dentre as mais prevalentes e associadas ao envelhecimento está a doença de Alzheimer (DA), em que há a presença da proteína tau hiperfosforilada em regiões cerebrais afetadas, como o córtex e hipocampo. No entanto, a hiperfosforilação dessa proteína também pode ser encontrada em outras doenças neurodegenerativas chamadas de tauopatias. Neste contexto, a modulação da autofagia tem sido estudada como um possível alvo terapêutico para o tratamento de doenças neurodegenerativas. Estudos apontam o papel modulador e neuroprotetor do sistema canabinoide em modelos in vivo e in vitro de neurogeneração, porém a sinalização celular mediada pelos compostos canabinoides nos processos autofágicos ainda não foi completamente elucidada. Neste trabalho foram investigados os efeitos do CBD na autofagia em uma linhagem de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) e em uma linhagem de astrócitos murinos. A partir dos resultados obtidos, demonstrou-se que o CBD (10 µM) ativou a autofagia através dos receptores CB1, CB2 e TRPV1 pela regulação das vias ERK1/2 e PI3K/AKT, que são reguladores da sobrevivência e proliferação celular. É interessante notar que, a ativação da autofagia mediada pelo CBD foi dependente do complexo ULK1/2, mas independente de mTORC1, sendo assim plausível afirmar que uma via não canônica esteja envolvida na autofagia. A linhagem que superexpressa a proteína tau de forma induzível também foi utilizada para a avaliação do possível papel neuroprotetor dos compostos canabinoides. Os resultados demonstraram que o CBD diminuiu a expressão das protéinas AT8 e tau total, sendo que as concentrações de 100 nM e 10 µM ativaram a autofagia, evidenciado pelo aumento da expressão da proteína LC3-II e formação de autofagossomos, demonstrado pelas pontuações de mCherry-LC3. Além disso, os compostos canabinoides CBD, ACEA (agonista CB1) e GW-405833 (agonista CB2) diminuíram a intensidade de fluorescência de EGFP-tau WT; sendo que quando utilizado a cloroquina, um inibidor autofágico, houve uma reversão na intensidade de fluorescência EGFP-tau WT nas concentrações 1 e 10 µM de CBD e 2 µM de GW-405833, demonstrando assim a possível participação da autofagia nesses grupos. Frente os resultados obtidos, foi possível concluir que o CBD induziu a autofagia tanto nas células SH-SY5Y como nas células que superexpressam a proteína EGFP-tau WT. Ademais, os compostos canabinoides aumentaram a degradação da tau, demonstrando assim seu possível papel neuroprotetor. Dessa maneira, este estudo pode contribuir para uma melhor compreensão da autofagia como um potencial alvo terapêutico dos canabinoides em um modelo de neurodegeneração.
id UFSP_3c77d8c8f7071b20e39d3f49455f2d9b
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/64096
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Vrechi, Talita Aparecida de Moraes [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/0678547525838381http://lattes.cnpq.br/7125107888186769http://lattes.cnpq.br/7174742745591377Pereira, Gustavo José da Silva [UNIFESP]Ureshino, Rodrigo Portes [UNIFESP]São Paulo2022-07-19T18:08:07Z2022-07-19T18:08:07Z2022-04-12https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64096O fitocanabinoide canabidiol (CBD) é um composto canabinoide não psicotrópico presente na planta Cannabis sativa, que tem sido reportado por suas diversas ações terapêuticas por diferentes mecanismos, incluindo a ativação autofágica. A autofagia é um processo catabólico lisossomal responsável por degradar componentes citosólicos, como organelas disfuncionais e proteínas malformadas ou agregadas, sendo essencial para a homeostase e sobrevivência celular. Estudos apontam que nas doenças neurodegenerativas ocorre disfunção no processo de autofagia, levando ao acúmulo de proteínas e causando diversos tipos de doenças. Dentre as mais prevalentes e associadas ao envelhecimento está a doença de Alzheimer (DA), em que há a presença da proteína tau hiperfosforilada em regiões cerebrais afetadas, como o córtex e hipocampo. No entanto, a hiperfosforilação dessa proteína também pode ser encontrada em outras doenças neurodegenerativas chamadas de tauopatias. Neste contexto, a modulação da autofagia tem sido estudada como um possível alvo terapêutico para o tratamento de doenças neurodegenerativas. Estudos apontam o papel modulador e neuroprotetor do sistema canabinoide em modelos in vivo e in vitro de neurogeneração, porém a sinalização celular mediada pelos compostos canabinoides nos processos autofágicos ainda não foi completamente elucidada. Neste trabalho foram investigados os efeitos do CBD na autofagia em uma linhagem de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) e em uma linhagem de astrócitos murinos. A partir dos resultados obtidos, demonstrou-se que o CBD (10 µM) ativou a autofagia através dos receptores CB1, CB2 e TRPV1 pela regulação das vias ERK1/2 e PI3K/AKT, que são reguladores da sobrevivência e proliferação celular. É interessante notar que, a ativação da autofagia mediada pelo CBD foi dependente do complexo ULK1/2, mas independente de mTORC1, sendo assim plausível afirmar que uma via não canônica esteja envolvida na autofagia. A linhagem que superexpressa a proteína tau de forma induzível também foi utilizada para a avaliação do possível papel neuroprotetor dos compostos canabinoides. Os resultados demonstraram que o CBD diminuiu a expressão das protéinas AT8 e tau total, sendo que as concentrações de 100 nM e 10 µM ativaram a autofagia, evidenciado pelo aumento da expressão da proteína LC3-II e formação de autofagossomos, demonstrado pelas pontuações de mCherry-LC3. Além disso, os compostos canabinoides CBD, ACEA (agonista CB1) e GW-405833 (agonista CB2) diminuíram a intensidade de fluorescência de EGFP-tau WT; sendo que quando utilizado a cloroquina, um inibidor autofágico, houve uma reversão na intensidade de fluorescência EGFP-tau WT nas concentrações 1 e 10 µM de CBD e 2 µM de GW-405833, demonstrando assim a possível participação da autofagia nesses grupos. Frente os resultados obtidos, foi possível concluir que o CBD induziu a autofagia tanto nas células SH-SY5Y como nas células que superexpressam a proteína EGFP-tau WT. Ademais, os compostos canabinoides aumentaram a degradação da tau, demonstrando assim seu possível papel neuroprotetor. Dessa maneira, este estudo pode contribuir para uma melhor compreensão da autofagia como um potencial alvo terapêutico dos canabinoides em um modelo de neurodegeneração.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)2018/06260-8131 f.porUniversidade Federal de São PauloCanabinoidesDoença de AlzheimerAutofagiaNeuroproteçãoEstudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de AlzheimerStudy of cannabinoid compounds modulation in autophagy: possible neuroprotection in cell models for Alzheimer's diseaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)FarmacologiaFarmacologia e Biologia MolecularORIGINALTese Doutorado Final - Talita Vrechidocx.pdfTese Doutorado Final - Talita Vrechidocx.pdfTese de doutoradoapplication/pdf3589071${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64096/1/Tese%20Doutorado%20Final%20-%20Talita%20Vrechidocx.pdff59132072c2af892801bd0a9f88bbb11MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85882${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64096/2/license.txt9ce7de78e1405fb6c20135bbb19a998aMD52open accessTEXTTese Doutorado Final - Talita Vrechidocx.pdf.txtTese Doutorado Final - Talita Vrechidocx.pdf.txtExtracted texttext/plain261083${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64096/3/Tese%20Doutorado%20Final%20-%20Talita%20Vrechidocx.pdf.txt5291a4d1d16d27661177251a9764b35fMD53open accessTHUMBNAILTese Doutorado Final - Talita Vrechidocx.pdf.jpgTese Doutorado Final - Talita Vrechidocx.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3944${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64096/5/Tese%20Doutorado%20Final%20-%20Talita%20Vrechidocx.pdf.jpg9c9dd6952d4e451983b923b30398e6bfMD55open access11600/640962023-05-12 01:22:06.791open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/64096VEVSTU9TIEUgQ09OREnDh8OVRVMgUEFSQSBPIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gRE8gQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIE5PIFJFUE9TSVTDk1JJTyBJTlNUSVRVQ0lPTkFMIFVOSUZFU1AKCjEuIEV1LCBUYWxpdGEgVnJlY2hpICh0LnZyZWNoaUB1bmlmZXNwLmJyKSwgcmVzcG9uc8OhdmVsIHBlbG8gdHJhYmFsaG8g4oCcRVNUVURPIERBIE1PRFVMQcOHw4NPIERPUyBDT01QT1NUT1MgQ0FOQUJJTk9JREVTIE5BIEFVVE9GQUdJQTogUE9TU8ONVkVMIE5FVVJPUFJPVEXDh8ODTyBFTSBNT0RFTE9TIENFTFVMQVJFUyBQQVJBIERPRU7Dh0EgREUgQUxaSEVJTUVS4oCdIGUvb3UgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCxhc3NlZ3VybyBubyBwcmVzZW50ZSBhdG8gcXVlIHNvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AgdG90YWxpZGFkZSBkYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCwgYmVtIGNvbW8gZGUgc2V1cyBjb21wb25lbnRlcyBtZW5vcmVzLCBlbSBzZSB0cmF0YW5kbyBkZSBvYnJhIGNvbGV0aXZhLCBjb25mb3JtZSBvIHByZWNlaXR1YWRvIHBlbGEgTGVpIDkuNjEwLzk4IGUvb3UgTGVpIDkuNjA5Lzk4LiBOw6NvIHNlbmRvIGVzdGUgbyBjYXNvLCBhc3NlZ3VybyB0ZXIgb2J0aWRvIGRpcmV0YW1lbnRlIGRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcyBhdXRvcml6YcOnw6NvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgcGFyYSBhIGRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcyBhZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG8gcHJlc2VudGUgdGVybW8gZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUgbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkgZSBzZXVzIGZ1bmNpb27DoXJpb3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBwZWxvIHVzbyBuw6NvLWF1dG9yaXphZG8gZG8gbWF0ZXJpYWwgZGVwb3NpdGFkbywgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCwgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYSBxdWFpc3F1ZXIgc2VydmnDp29zIGRlIGJ1c2NhIGUgZGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gZGUgY29udGXDumRvIHF1ZSBmYcOnYW0gdXNvIGRhcyBpbnRlcmZhY2VzIGUgZXNwYcOnbyBkZSBhcm1hemVuYW1lbnRvIHByb3ZpZGVuY2lhZG9zIHBlbGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkgcG9yIG1laW8gZGUgc2V1cyBzaXN0ZW1hcyBpbmZvcm1hdGl6YWRvcy4KCjIuIEEgY29uY29yZMOibmNpYSBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSB0ZW0gY29tbyBjb25zZXF1w6puY2lhIGEgdHJhbnNmZXLDqm5jaWEsIGEgdMOtdHVsbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBlIG7Do28tb25lcm9zbywgaXNlbnRhIGRvIHBhZ2FtZW50byBkZSByb3lhbHRpZXMgb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgY29udHJhcHJlc3Rhw6fDo28sIHBlY3VuacOhcmlhIG91IG7Do28sIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhcm1hemVuYXIgZGlnaXRhbG1lbnRlLCBkZSByZXByb2R1emlyIGUgZGUgZGlzdHJpYnVpciBuYWNpb25hbCBlIGludGVybmFjaW9uYWxtZW50ZSBhIE9icmEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvIHNldSByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QsIHBvciBtZWlvcyBlbGV0csO0bmljb3MgYW8gcMO6YmxpY28gZW0gZ2VyYWwsIGVtIHJlZ2ltZSBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgoKMy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSB0YW1iw6ltIGFicmFuZ2UsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIGNhYsOtdmVsIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLCBpbmNsdWluZG8tc2Ugb3MgdXNvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHJlcHJlc2VudGHDp8OjbyBww7pibGljYSBlL291IGV4ZWN1w6fDo28gcMO6YmxpY2EsIGJlbSBjb21vIHF1YWxxdWVyIG91dHJhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBxdWUgZXhpc3RhIG91IHZlbmhhIGEgZXhpc3Rpciwgbm9zIHRlcm1vcyBkbyBhcnRpZ28gNjggZSBzZWd1aW50ZXMgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LCBuYSBleHRlbnPDo28gcXVlIGZvciBhcGxpY8OhdmVsIGFvcyBzZXJ2acOnb3MgcHJlc3RhZG9zIGFvIHDDumJsaWNvIHBlbGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkuCgo0LiBFc3RhIGxpY2Vuw6dhIGFicmFuZ2UsIGFpbmRhLCBub3MgbWVzbW9zIHRlcm1vcyBlc3RhYmVsZWNpZG9zIG5vIGl0ZW0gMiwgc3VwcmEsIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgZGUgYXJ0aXN0YXMgaW50w6lycHJldGVzIG91IGV4ZWN1dGFudGVzLCBwcm9kdXRvcmVzIGZvbm9ncsOhZmljb3Mgb3UgZW1wcmVzYXMgZGUgcmFkaW9kaWZ1c8OjbyBxdWUgZXZlbnR1YWxtZW50ZSBzZWphbSBhcGxpY8OhdmVpcyBlbSByZWxhw6fDo28gw6Agb2JyYSBkZXBvc2l0YWRhLCBlbSBjb25mb3JtaWRhZGUgY29tIG8gcmVnaW1lIGZpeGFkbyBubyBUw610dWxvIFYgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LgoKNS4gU2UgYSBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZm9pIG91IMOpIG9iamV0byBkZSBmaW5hbmNpYW1lbnRvIHBvciBpbnN0aXR1acOnw7VlcyBkZSBmb21lbnRvIMOgIHBlc3F1aXNhIG91IHF1YWxxdWVyIG91dHJhIHNlbWVsaGFudGUsIHZvY8OqIG91IG8gdGl0dWxhciBhc3NlZ3VyYSBxdWUgY3VtcHJpdSB0b2RhcyBhcyBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgcXVlIGxoZSBmb3JhbSBpbXBvc3RhcyBwZWxhIGluc3RpdHVpw6fDo28gZmluYW5jaWFkb3JhIGVtIHJhesOjbyBkbyBmaW5hbmNpYW1lbnRvLCBlIHF1ZSBuw6NvIGVzdMOhIGNvbnRyYXJpYW5kbyBxdWFscXVlciBkaXNwb3Npw6fDo28gY29udHJhdHVhbCByZWZlcmVudGUgw6AgcHVibGljYcOnw6NvIGRvIGNvbnRlw7pkbyBvcmEgc3VibWV0aWRvIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AuCiAKNi4gQXV0b3JpemEgYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTw6NvIFBhdWxvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgYSBvYnJhIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AgZGUgZm9ybWEgZ3JhdHVpdGEsIGRlIGFjb3JkbyBjb20gYSBsaWNlbsOnYSBww7pibGljYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zOiBBdHJpYnVpw6fDo28tU2VtIERlcml2YcOnw7Vlcy1TZW0gRGVyaXZhZG9zIDQuMCBJbnRlcm5hY2lvbmFsIChDQyBCWS1OQy1ORCksIHBlcm1pdGluZG8gc2V1IGxpdnJlIGFjZXNzbywgdXNvIGUgY29tcGFydGlsaGFtZW50bywgZGVzZGUgcXVlIGNpdGFkYSBhIGZvbnRlLiBBIG9icmEgY29udGludWEgcHJvdGVnaWRhIHBvciBEaXJlaXRvcyBBdXRvcmFpcyBlL291IHBvciBvdXRyYXMgbGVpcyBhcGxpY8OhdmVpcy4gUXVhbHF1ZXIgdXNvIGRhIG9icmEsIHF1ZSBuw6NvIG8gYXV0b3JpemFkbyBzb2IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSBvdSBwZWxhIGxlZ2lzbGHDp8OjbyBhdXRvcmFsLCDDqSBwcm9pYmlkby4gIAoKNy4gQXRlc3RhIHF1ZSBhIE9icmEgc3VibWV0aWRhIG7Do28gY29udMOpbSBxdWFscXVlciBpbmZvcm1hw6fDo28gY29uZmlkZW5jaWFsIHN1YSBvdSBkZSB0ZXJjZWlyb3MuCgo4LiBBdGVzdGEgcXVlIG8gdHJhYmFsaG8gc3VibWV0aWRvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgZm9pIGVsYWJvcmFkbyByZXNwZWl0YW5kbyBvcyBwcmluY8OtcGlvcyBkYSBtb3JhbCBlIGRhIMOpdGljYSBlIG7Do28gdmlvbG91IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgaW50ZWxlY3R1YWwsIHNvYiBwZW5hIGRlIHJlc3BvbmRlciBjaXZpbCwgY3JpbWluYWwsIMOpdGljYSBlIHByb2Zpc3Npb25hbG1lbnRlIHBvciBtZXVzIGF0b3M7Cgo5LiBBdGVzdGEgcXVlIGEgdmVyc8OjbyBkbyB0cmFiYWxobyBwcmVzZW50ZSBubyBhcnF1aXZvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBhIHZlcnPDo28gZGVmaW5pdGl2YSBxdWUgaW5jbHVpIGFzIGFsdGVyYcOnw7VlcyBkZWNvcnJlbnRlcyBkYSBkZWZlc2EsIHNvbGljaXRhZGFzIHBlbGEgYmFuY2EsIHNlIGhvdXZlIGFsZ3VtYSwgb3Ugc29saWNpdGFkYXMgcG9yIHBhcnRlIGRlIG9yaWVudGHDp8OjbyBkb2NlbnRlIHJlc3BvbnPDoXZlbDsKCjEwLiBDb25jZWRlIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBkZSByZWFsaXphciBxdWFpc3F1ZXIgYWx0ZXJhw6fDtWVzIG5hIG3DrWRpYSBvdSBubyBmb3JtYXRvIGRvIGFycXVpdm8gcGFyYSBwcm9ww7NzaXRvcyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIGRpZ2l0YWwsIGRlIGFjZXNzaWJpbGlkYWRlIGUgZGUgbWVsaG9yIGlkZW50aWZpY2HDp8OjbyBkbyB0cmFiYWxobyBzdWJtZXRpZG8sIGRlc2RlIHF1ZSBuw6NvIHNlamEgYWx0ZXJhZG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbyBpbnRlbGVjdHVhbC4KCkFvIGNvbmNsdWlyIGFzIGV0YXBhcyBkbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvIGRlIGFycXVpdm9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AsIGF0ZXN0byBxdWUgbGkgZSBjb25jb3JkZWkgaW50ZWdyYWxtZW50ZSBjb20gb3MgdGVybW9zIGFjaW1hIGRlbGltaXRhZG9zLCBzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJvIG9zIHJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vcyBpdGVucyBtZW5jaW9uYWRvcyBhbnRlcmlvcm1lbnRlLgoKSGF2ZW5kbyBxdWFscXVlciBkaXNjb3Jkw6JuY2lhIGVtIHJlbGHDp8OjbyBhIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIG91IG7Do28gc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vcyBpdGVucyBhbnRlcmlvcmVzLCB2b2PDqiBkZXZlIGludGVycm9tcGVyIGltZWRpYXRhbWVudGUgbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLiBBIGNvbnRpbnVpZGFkZSBkbyBwcm9jZXNzbyBlcXVpdmFsZSDDoCBjb25jb3Jkw6JuY2lhIGUgw6AgYXNzaW5hdHVyYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbSB0b2RhcyBhcyBjb25zZXF1w6puY2lhcyBuZWxlIHByZXZpc3Rhcywgc3VqZWl0YW5kby1zZSBvIHNpZ25hdMOhcmlvIGEgc2Fuw6fDtWVzIGNpdmlzIGUgY3JpbWluYWlzIGNhc28gbsOjbyBzZWphIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291IGNvbmV4b3MgYXBsaWPDoXZlaXMgw6AgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGR1cmFudGUgZXN0ZSBwcm9jZXNzbywgb3UgY2FzbyBuw6NvIHRlbmhhIG9idGlkbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgYXV0b3JpemHDp8OjbyBkbyB0aXR1bGFyIHBhcmEgbyBkZXDDs3NpdG8gZSB0b2RvcyBvcyB1c29zIGRhIE9icmEgZW52b2x2aWRvcy4KClNlIHRpdmVyIHF1YWxxdWVyIGTDunZpZGEgcXVhbnRvIGFvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBlIHF1YW50byBhbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBlbnRyZSBlbSBjb250YXRvIGNvbSBhIGJpYmxpb3RlY2EgZG8gc2V1IGNhbXB1cyAoY29uc3VsdGUgZW06IGh0dHBzOi8vYmlibGlvdGVjYXMudW5pZmVzcC5ici9iaWJsaW90ZWNhcy1kYS1yZWRlKS4gCgpTw6NvIFBhdWxvLCBTYXQgSnVsIDE2IDEzOjQ3OjU5IFVUQyAyMDIyLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-12T04:22:06Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de Alzheimer
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Study of cannabinoid compounds modulation in autophagy: possible neuroprotection in cell models for Alzheimer's disease
title Estudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de Alzheimer
spellingShingle Estudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de Alzheimer
Vrechi, Talita Aparecida de Moraes [UNIFESP]
Canabinoides
Doença de Alzheimer
Autofagia
Neuroproteção
title_short Estudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de Alzheimer
title_full Estudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de Alzheimer
title_fullStr Estudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de Alzheimer
title_full_unstemmed Estudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de Alzheimer
title_sort Estudo da modulação dos compostos canabinoides na autofagia: possível neuroproteção em modelos celulares para doença de Alzheimer
author Vrechi, Talita Aparecida de Moraes [UNIFESP]
author_facet Vrechi, Talita Aparecida de Moraes [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0678547525838381
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7125107888186769
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7174742745591377
dc.contributor.author.fl_str_mv Vrechi, Talita Aparecida de Moraes [UNIFESP]
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Pereira, Gustavo José da Silva [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Ureshino, Rodrigo Portes [UNIFESP]
contributor_str_mv Pereira, Gustavo José da Silva [UNIFESP]
Ureshino, Rodrigo Portes [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Canabinoides
Doença de Alzheimer
Autofagia
Neuroproteção
topic Canabinoides
Doença de Alzheimer
Autofagia
Neuroproteção
description O fitocanabinoide canabidiol (CBD) é um composto canabinoide não psicotrópico presente na planta Cannabis sativa, que tem sido reportado por suas diversas ações terapêuticas por diferentes mecanismos, incluindo a ativação autofágica. A autofagia é um processo catabólico lisossomal responsável por degradar componentes citosólicos, como organelas disfuncionais e proteínas malformadas ou agregadas, sendo essencial para a homeostase e sobrevivência celular. Estudos apontam que nas doenças neurodegenerativas ocorre disfunção no processo de autofagia, levando ao acúmulo de proteínas e causando diversos tipos de doenças. Dentre as mais prevalentes e associadas ao envelhecimento está a doença de Alzheimer (DA), em que há a presença da proteína tau hiperfosforilada em regiões cerebrais afetadas, como o córtex e hipocampo. No entanto, a hiperfosforilação dessa proteína também pode ser encontrada em outras doenças neurodegenerativas chamadas de tauopatias. Neste contexto, a modulação da autofagia tem sido estudada como um possível alvo terapêutico para o tratamento de doenças neurodegenerativas. Estudos apontam o papel modulador e neuroprotetor do sistema canabinoide em modelos in vivo e in vitro de neurogeneração, porém a sinalização celular mediada pelos compostos canabinoides nos processos autofágicos ainda não foi completamente elucidada. Neste trabalho foram investigados os efeitos do CBD na autofagia em uma linhagem de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) e em uma linhagem de astrócitos murinos. A partir dos resultados obtidos, demonstrou-se que o CBD (10 µM) ativou a autofagia através dos receptores CB1, CB2 e TRPV1 pela regulação das vias ERK1/2 e PI3K/AKT, que são reguladores da sobrevivência e proliferação celular. É interessante notar que, a ativação da autofagia mediada pelo CBD foi dependente do complexo ULK1/2, mas independente de mTORC1, sendo assim plausível afirmar que uma via não canônica esteja envolvida na autofagia. A linhagem que superexpressa a proteína tau de forma induzível também foi utilizada para a avaliação do possível papel neuroprotetor dos compostos canabinoides. Os resultados demonstraram que o CBD diminuiu a expressão das protéinas AT8 e tau total, sendo que as concentrações de 100 nM e 10 µM ativaram a autofagia, evidenciado pelo aumento da expressão da proteína LC3-II e formação de autofagossomos, demonstrado pelas pontuações de mCherry-LC3. Além disso, os compostos canabinoides CBD, ACEA (agonista CB1) e GW-405833 (agonista CB2) diminuíram a intensidade de fluorescência de EGFP-tau WT; sendo que quando utilizado a cloroquina, um inibidor autofágico, houve uma reversão na intensidade de fluorescência EGFP-tau WT nas concentrações 1 e 10 µM de CBD e 2 µM de GW-405833, demonstrando assim a possível participação da autofagia nesses grupos. Frente os resultados obtidos, foi possível concluir que o CBD induziu a autofagia tanto nas células SH-SY5Y como nas células que superexpressam a proteína EGFP-tau WT. Ademais, os compostos canabinoides aumentaram a degradação da tau, demonstrando assim seu possível papel neuroprotetor. Dessa maneira, este estudo pode contribuir para uma melhor compreensão da autofagia como um potencial alvo terapêutico dos canabinoides em um modelo de neurodegeneração.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-07-19T18:08:07Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-07-19T18:08:07Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-04-12
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64096
url https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64096
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 131 f.
dc.coverage.spatial.pt_BR.fl_str_mv São Paulo
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64096/1/Tese%20Doutorado%20Final%20-%20Talita%20Vrechidocx.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64096/2/license.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64096/3/Tese%20Doutorado%20Final%20-%20Talita%20Vrechidocx.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64096/5/Tese%20Doutorado%20Final%20-%20Talita%20Vrechidocx.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv f59132072c2af892801bd0a9f88bbb11
9ce7de78e1405fb6c20135bbb19a998a
5291a4d1d16d27661177251a9764b35f
9c9dd6952d4e451983b923b30398e6bf
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802764217648939008