Impacto das fake news na vacinação contra o sarampo na população brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11600/63021 |
Resumo: | A vacinação para o sarampo é considerada a melhor prevenção para a doença. Com a imunização efetiva e a ampla cobertura vacinal, acima de 95%, a doença foi erradicada no Brasil. Contudo, nos últimos anos surtos recentes de sarampo têm surgido, especialmente nos locais onde houve as mais baixas coberturas vacinais. Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre a cobertura vacinal na rede pública brasileira, especialmente contra o sarampo, e como a baixa adesão da população às campanhas de vacinação pode estar relacionada com a divulgação de falsas notícias (conhecidas como “fake news”). Para tanto, foram consultados dados epidemiológicos do Ministério da Saúde e artigos científicos a partir de 2015. A demonstração que houve baixa cobertura vacinal em todas as regiões do Brasil e surtos do sarampo em diversos Estados da Federação apontam para a constatada tendência mundial de hesitação vacinal por parte da população. A rápida e intensa disseminação de notícias falsas desacreditando a importância da vacinação devido a popularização de aplicativos de uso cotidiano, como Whatsapp e Facebook, pode ter contribuído para o comportamento de hesitação vacinal. Frases sensacionalistas e alarmantes na área da saúde disseminadas em massa trazem consequências preocupantes, pois podem interferir no julgamento das pessoas, fazendo com que optem pela não vacinação. Além disso, o surgimento da epidemia de Covid-19 fez com que a população se isolasse e a agenda de vacinação de 2020 foi prejudicada. O medo de sair de casa para vacinação de outras doenças, como o sarampo, pode levar a novos surtos da doença. Em conclusão, a baixa cobertura vacinal para o sarampo a partir de 2016 e o surgimento de surtos da doença no Brasil parece ter relação com a disseminação de notícias falsas em redes sociais e sites não confiáveis. O entendimento de diversos autores é que essas falsas notícias podem interferir no julgamento das pessoas a respeito da vacinação. |
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