Prevalência de pterígio e sua contribuição como causa de deficiência visual e cegueira – estudo ocular da região amazônica brasileira
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10056278 https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64872 |
Resumo: | Objetivos: Determinar a prevalência de pterígio, sua contribuição como causa principal de deficiência visual e cegueira unilateral e bilateral e seu impacto nos erros refrativos de adultos que habitam uma área de alta exposição à radiação ultravioleta na Região Amazônica brasileira. Métodos: A amostragem por aglomerados foi usada para selecionar ao acaso indivíduos de 45 anos ou mais de idade de áreas urbanas e rurais da cidade de Parintins. Os sujeitos elegíveis foram enumerados por inquérito domiciliar e convidados para um exame ocular com refração. O pterígio foi avaliado considerando-se localização (nasal, temporal ou ambos) e tamanho (<3 mm ou ≥3 mm atingindo ou não a margem da pupila). Resultados: Um total de 2384 pessoas foram enumeradas e 2041 (85,6%) examinadas. A prevalência de pterígio foi de 58,8% [Intervalo de Confiança de 95% (IC): 53,8% – 63,7%] e associada ao sexo masculino [RC=1,63; IC 95%: 1,37-1,94; p=0,001], enquanto que nível mais alto de educação foi um fator protetor [RC=0,63; IC 95%: 0,44-0,92; p=0,018]. Idade avançada e residência rural foram associadas com pterígio ≥3 mm atingindo ou não a margem da pupila, enquanto que nível mais alto de educação foi um fator protetor para pterígio ≥3 mm atingindo a margem da pupila. As prevalências de pterígio como causa de deficiência visual e cegueira foram, respectivamente, de 14,3% e 3,9%. Foram encontrados erros hipermetrópicos significantemente mais altos em olhos com pterígio ≥3 mm atingindo ou não a margem da pupila. Conclusões: O pterígio foi altamente prevalente e a segunda causa de deficiência visual e cegueira após provisão da correção refracional. Os fatores de risco para pterígio foram sexo masculino, idade avançada, baixo nível de educação e residência em área rural. As autoridades de saúde devem prover estratégias para detecção precoce e tratamento adequado do pterígio nesta população. |
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O pterígio foi avaliado considerando-se localização (nasal, temporal ou ambos) e tamanho (<3 mm ou ≥3 mm atingindo ou não a margem da pupila). Resultados: Um total de 2384 pessoas foram enumeradas e 2041 (85,6%) examinadas. A prevalência de pterígio foi de 58,8% [Intervalo de Confiança de 95% (IC): 53,8% – 63,7%] e associada ao sexo masculino [RC=1,63; IC 95%: 1,37-1,94; p=0,001], enquanto que nível mais alto de educação foi um fator protetor [RC=0,63; IC 95%: 0,44-0,92; p=0,018]. Idade avançada e residência rural foram associadas com pterígio ≥3 mm atingindo ou não a margem da pupila, enquanto que nível mais alto de educação foi um fator protetor para pterígio ≥3 mm atingindo a margem da pupila. As prevalências de pterígio como causa de deficiência visual e cegueira foram, respectivamente, de 14,3% e 3,9%. Foram encontrados erros hipermetrópicos significantemente mais altos em olhos com pterígio ≥3 mm atingindo ou não a margem da pupila. Conclusões: O pterígio foi altamente prevalente e a segunda causa de deficiência visual e cegueira após provisão da correção refracional. Os fatores de risco para pterígio foram sexo masculino, idade avançada, baixo nível de educação e residência em área rural. As autoridades de saúde devem prover estratégias para detecção precoce e tratamento adequado do pterígio nesta população.Aims: To determine prevalence of pterygium, its role as main cause of unilateral and bilateral visual impairment and blindness and its impact on refractive errors from adults living in a high ultra-violet exposure area in the Brazilian Amazon Region. Methods: Cluster sampling was used in randomly selecting subjects ≥ 45 years of age from urban and rural areas of Parintins city. Eligible subjects were enumerated through a door-to-door household survey and invited for an eye exam including refraction. Pterygium was assessed considering location (nasal, temporal or both) and size (<3 mm or ≥3 mm reaching or not pupillary margin). Results: A total of 2384 persons were enumerated and 2041 (85.6%) examined. Prevalence of pterygium was 58.8% [95% Confidence Interval (CI): 53.8% – 63.7%] and associated with male gender [OR=1.63; 95% CI: 1.37-1.94; p=0.001], while higher education was a protective factor [OR=0.63; 95% CI: 0.44-0.92; p=0.018]. Older age and rural residence were associated with pterygium ≥3 mm reaching or not pupillary margin, while higher education was a protective factor for pterygium ≥3 mm reaching pupillary margin. Prevalence of pterygium as cause of visual impairment and blindness was 14.3% and 3.9%, respectively. Significantly higher hyperopic refractive errors were found in eyes with pterygium ≥3 mm reaching or not pupillary margin. Conclusions: Pterygium was highly prevalent and the second cause of visual impairment and blindness after provision of refractive correction. Risk factors for pterygium were male gender, advanced age, lower education and rural residency. Strategies to provide pterygium early detection and proper management should be considered by healthcare authorities in this population.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2020)118 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)PterígioPrevalênciaCegueiraErro RefrativoPterygiumPrevalenceBlindnessRefractive ErrorPrevalência de pterígio e sua contribuição como causa de deficiência visual e cegueira – estudo ocular da região amazônica brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Oftalmologia e Ciências VisuaisCiências VisuaisAvaliação Das Funções Visuais Por Metodologia Psicofísica E EletrofisiológicaORIGINALARTHUR GUSTAVO FERNANDES.pdfARTHUR GUSTAVO FERNANDES.pdfapplication/pdf4775723${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64872/1/ARTHUR%20GUSTAVO%20FERNANDES.pdfff77a09e2f93f5281c7b34b1de18384aMD51open accessTEXTARTHUR GUSTAVO FERNANDES.pdf.txtARTHUR GUSTAVO FERNANDES.pdf.txtExtracted texttext/plain196098${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64872/2/ARTHUR%20GUSTAVO%20FERNANDES.pdf.txt15cbbc91c67a6e77045f87b5764ab91cMD52open accessTHUMBNAILARTHUR GUSTAVO FERNANDES.pdf.jpgARTHUR GUSTAVO FERNANDES.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3991${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64872/4/ARTHUR%20GUSTAVO%20FERNANDES.pdf.jpg3a3e8f864d9eecbf0bba1cf14265fd68MD54open access11600/648722023-05-12 06:30:07.821open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/64872Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:34:06.006324Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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