A influência do peso ao nascer e do aleitamento materno exclusivo sobre a composição corporal, síndrome metabólica, perfil metabólico e inflamatório em adolescentes obesos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58852 |
Resumo: | Programação metabólica é definida como um fenômeno biológico no qual experiências nutricionais e intra-uterinas podem influenciar o metabolismo e o desenvolvimento humano, predispondo à doenças. O objetivo deste estudo foi verificar a influência do peso ao nascer e do aleitamento materno exclusivo sobre a composição corporal, síndrome metabólica, perfil metabólico e inflamatório em adolescentes obesos. Realizou-se um estudo transversal com 118 adolescentes obesos entre 14 e 19 anos. Mensurou-se a massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, composição corporal, adiposidade visceral e subcutânea, perfil bioquímico, parâmetros preditores da síndrome metabólica, concentrações séricas de adiponectina, leptina e resistina e espessura da íntima média da artéria carótida (IMTc). A resistência insulínica foi verificada pelo Homeostasis Model Assesment Insulin Resistance (HOMA-IR) e a sensibilidade insulínica pelo Quantitative Insulin Sensitivity Check Index (QUICKI). Informações sobre o tempo de aleitamento materno exclusivo (AME) e peso ao nascer foram coletadas por meio de entrevista com os pais dos adolescentes. A análise estatística foi realizada por meio do software STATISTICA considerando-se o nível de significância de p<0,05. Adolescentes nascidos com peso adequado apresentaram concentrações superiores de adiponectina e inferiores da IMTc quando comparados aqueles que nasceram com peso insuficiente. Adolescentes que receberam AME por 6 meses quando comparados aos que nunca receberam AME apresentaram valores inferiores de massa corporal, IMC e circunferência da cintura. O grupo que recebeu AME entre 1 e 5 meses apresentou concentrações séricas de adiponectina superiores ao grupo que nunca recebeu AME. Observou-se também que aqueles que receberam AME entre 1 e 5 meses apresentaram valores inferiores de pressão arterial sistólica (PAS) ao serem comparados com os que não receberam AME. Além disso, verificou-se associação significativa entre AME e PAS. A massa corporal, IMC e circunferência da cintura correlacionaram-se positivamente com a gordura corporal (% e kg), massa magra (kg), gordura visceral, gordura subcutânea, insulina, HOMA-IR, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), e negativamente com a massa magra (%) e QUICKI. A adiponectina correlacionou-se negativamente com a gordura subcutânea, resistina e leptina. Já a resistina apresentou-se correlacionada positivamente com a massa corporal, gordura corporal (% e kg), leptina e IMTc, e negativamente com a massa magra(%). Por sua vez, a leptina se correlacionou positivamente com a massa corporal, IMC, gordura corporal e subcutânea. A PAS correlacionou-se positivamente com a gordura corporal, e a PAD correlacionou-se positivamente com a gordura visceral, insulina HOMA-IR e negativamente com o QUICKI. Os resultados deste estudo indicam que adolescentes obesos que receberam AME por 6 meses apresentam um perfil antropométrico e inflamatório menos alterado, bem como aqueles que nasceram com peso adequado. |
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A influência do peso ao nascer e do aleitamento materno exclusivo sobre a composição corporal, síndrome metabólica, perfil metabólico e inflamatório em adolescentes obesosThe influence of birth weight and exclusive breastfeeding on body composition, metabolic syndrome, metabolic and inflammatory profile in obese adolescentsPeso ao nascerAleitamento materno exclusivoObesidadeSíndrome metabólicaInflamaçãoBirth weightExclusive BreastfeedingObesityMetabolic SyndromeInflammationProgramação metabólica é definida como um fenômeno biológico no qual experiências nutricionais e intra-uterinas podem influenciar o metabolismo e o desenvolvimento humano, predispondo à doenças. O objetivo deste estudo foi verificar a influência do peso ao nascer e do aleitamento materno exclusivo sobre a composição corporal, síndrome metabólica, perfil metabólico e inflamatório em adolescentes obesos. Realizou-se um estudo transversal com 118 adolescentes obesos entre 14 e 19 anos. Mensurou-se a massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, composição corporal, adiposidade visceral e subcutânea, perfil bioquímico, parâmetros preditores da síndrome metabólica, concentrações séricas de adiponectina, leptina e resistina e espessura da íntima média da artéria carótida (IMTc). A resistência insulínica foi verificada pelo Homeostasis Model Assesment Insulin Resistance (HOMA-IR) e a sensibilidade insulínica pelo Quantitative Insulin Sensitivity Check Index (QUICKI). Informações sobre o tempo de aleitamento materno exclusivo (AME) e peso ao nascer foram coletadas por meio de entrevista com os pais dos adolescentes. A análise estatística foi realizada por meio do software STATISTICA considerando-se o nível de significância de p<0,05. Adolescentes nascidos com peso adequado apresentaram concentrações superiores de adiponectina e inferiores da IMTc quando comparados aqueles que nasceram com peso insuficiente. Adolescentes que receberam AME por 6 meses quando comparados aos que nunca receberam AME apresentaram valores inferiores de massa corporal, IMC e circunferência da cintura. O grupo que recebeu AME entre 1 e 5 meses apresentou concentrações séricas de adiponectina superiores ao grupo que nunca recebeu AME. Observou-se também que aqueles que receberam AME entre 1 e 5 meses apresentaram valores inferiores de pressão arterial sistólica (PAS) ao serem comparados com os que não receberam AME. Além disso, verificou-se associação significativa entre AME e PAS. A massa corporal, IMC e circunferência da cintura correlacionaram-se positivamente com a gordura corporal (% e kg), massa magra (kg), gordura visceral, gordura subcutânea, insulina, HOMA-IR, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), e negativamente com a massa magra (%) e QUICKI. A adiponectina correlacionou-se negativamente com a gordura subcutânea, resistina e leptina. Já a resistina apresentou-se correlacionada positivamente com a massa corporal, gordura corporal (% e kg), leptina e IMTc, e negativamente com a massa magra(%). Por sua vez, a leptina se correlacionou positivamente com a massa corporal, IMC, gordura corporal e subcutânea. A PAS correlacionou-se positivamente com a gordura corporal, e a PAD correlacionou-se positivamente com a gordura visceral, insulina HOMA-IR e negativamente com o QUICKI. Os resultados deste estudo indicam que adolescentes obesos que receberam AME por 6 meses apresentam um perfil antropométrico e inflamatório menos alterado, bem como aqueles que nasceram com peso adequado.The imprinting metabolic is defined as a biological phenomenon in which intra-uterine and nutritional experiences early in life may influence the metabolism and human development, predisposing to disease. The aim of this study was to investigate the influence of birth weight and exclusive breastfeeding on body composition, metabolic syndrome, inflammatory and metabolic profile in obese adolescents. We conducted a cross-sectional study with 118 obese adolescents aged 14 to 19 years. Body mass, height, body mass index (BMI), waist circumference, body composition, visceral and subcutaneous adiposity, biochemical profile, parameters of metabolic syndrome, serum adiponectin, leptin and resistin and carotid intima media thickness (c-IMT) were collected. Insulin resistance was measured by Homeostasis Model Assesment Insulin Resistance (HOMA-IR) and insulin sensitivity by Quantitative Insulin Sensitivity Check Index (QUICKI). Information about duration of exclusive breastfeeding (EBF) and birth weight (BW) were collected through interviews with parents of adolescents. Statistical analysis was performed using the software STATISTICA considering the significance level of p <0.05. We observed that obese adolescents born with adequate weight presented significantly higher serum adiponectin and lower cIMT than obese adolescents born underweight. Obese adolescents breastfed 6 months exclusively presented significantly lower body mass (kg), BMI (kg/m2 ) and waist circumference (cm) than the group that never received EBF. The group that received EBF between 1 to 5 months presented serum concentrations of adiponectin significantly higher when compared to adolescents never exclusive breastfed. Moreover, it was also observed that those who received EBF between 1 to 5 months presented significant lower values of systolic blood pressure when compared to those who did not receive EBF. In addition, there was a significant association between EBF and systolic blood pressure. Body mass, BMI and waist circumference were positively correlated with body fat (% and kg), fat-free mass (kg), visceral fat, subcutaneous fat, insulin, HOMA-IR, systolic blood pressure (SBP) and diastolic (DBP), and negatively correlated with fat-free mass (%) and QUICKI. Adiponectin correlated negatively with subcutaneous fat, leptin and resistin. Resistin correlated positively with body mass, body fat (% and kg), leptin and IMTC, and negatively with lean mass (%). Leptin was positively correlated with body mass, BMI, body fat and subcutaneous fat.The SBP was positively correlated with body fat, and DBP was correlated positively with visceral fat, insulin, HOMA-IR and negatively with QUICKI. The results of this study indicate that obese adolescentes who received EBF for 6 months had a better anthropometric and inflammatory profile, as well as, those born with adequate weightUniversidade Federal de São PauloDâmaso, Ana Raimunda [UNIFESP]Piano, Aline deMello, Marco Tulio de [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/2228187432443594http://lattes.cnpq.br/4215971444001756http://lattes.cnpq.br/8198400959291700http://lattes.cnpq.br/1472275486966625Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Masquio, Deborah Cristina Landi [UNIFESP]2020-12-10T13:57:19Z2020-12-10T13:57:19Z2012-03-15info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion141 f.application/pdfMASQUIO, Deborah Cristina Landi. A influência do peso ao nascer e do aleitamento materno exclusivo sobre a composição corporal, síndrome metabólica, perfil metabólico e inflamatório em adolescentes obesos. 2012. 141f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2012.https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58852porISSinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-10T07:43:36Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/58852Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-10T07:43:36Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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Programação metabólica é definida como um fenômeno biológico no qual experiências nutricionais e intra-uterinas podem influenciar o metabolismo e o desenvolvimento humano, predispondo à doenças. O objetivo deste estudo foi verificar a influência do peso ao nascer e do aleitamento materno exclusivo sobre a composição corporal, síndrome metabólica, perfil metabólico e inflamatório em adolescentes obesos. Realizou-se um estudo transversal com 118 adolescentes obesos entre 14 e 19 anos. Mensurou-se a massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, composição corporal, adiposidade visceral e subcutânea, perfil bioquímico, parâmetros preditores da síndrome metabólica, concentrações séricas de adiponectina, leptina e resistina e espessura da íntima média da artéria carótida (IMTc). A resistência insulínica foi verificada pelo Homeostasis Model Assesment Insulin Resistance (HOMA-IR) e a sensibilidade insulínica pelo Quantitative Insulin Sensitivity Check Index (QUICKI). Informações sobre o tempo de aleitamento materno exclusivo (AME) e peso ao nascer foram coletadas por meio de entrevista com os pais dos adolescentes. A análise estatística foi realizada por meio do software STATISTICA considerando-se o nível de significância de p<0,05. Adolescentes nascidos com peso adequado apresentaram concentrações superiores de adiponectina e inferiores da IMTc quando comparados aqueles que nasceram com peso insuficiente. Adolescentes que receberam AME por 6 meses quando comparados aos que nunca receberam AME apresentaram valores inferiores de massa corporal, IMC e circunferência da cintura. O grupo que recebeu AME entre 1 e 5 meses apresentou concentrações séricas de adiponectina superiores ao grupo que nunca recebeu AME. Observou-se também que aqueles que receberam AME entre 1 e 5 meses apresentaram valores inferiores de pressão arterial sistólica (PAS) ao serem comparados com os que não receberam AME. Além disso, verificou-se associação significativa entre AME e PAS. A massa corporal, IMC e circunferência da cintura correlacionaram-se positivamente com a gordura corporal (% e kg), massa magra (kg), gordura visceral, gordura subcutânea, insulina, HOMA-IR, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), e negativamente com a massa magra (%) e QUICKI. A adiponectina correlacionou-se negativamente com a gordura subcutânea, resistina e leptina. Já a resistina apresentou-se correlacionada positivamente com a massa corporal, gordura corporal (% e kg), leptina e IMTc, e negativamente com a massa magra(%). Por sua vez, a leptina se correlacionou positivamente com a massa corporal, IMC, gordura corporal e subcutânea. A PAS correlacionou-se positivamente com a gordura corporal, e a PAD correlacionou-se positivamente com a gordura visceral, insulina HOMA-IR e negativamente com o QUICKI. Os resultados deste estudo indicam que adolescentes obesos que receberam AME por 6 meses apresentam um perfil antropométrico e inflamatório menos alterado, bem como aqueles que nasceram com peso adequado. |
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