Um corpo de recursos: Análise de ações corporificadas e construção de turnos entre terapeuta e crianças autistas minimamente verbais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerra, Ana Caroline Lopes Gomes [UNIFESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/67101
Resumo: A presente pesquisa discute uma concepção de linguagem corporificada e situada a partir da análise de situações envolvendo duas crianças autistas e sua terapeuta. O enfoque da análise está em identificar como os participantes conduzem suas ações dentro de regras de temporalidade e de sequencialidade de uma dinâmica interacional que envolve trocas de turnos. Elegemos as dinâmicas de turno como lugar central para esta investigação. O turno é uma ação local em que os participantes da interação monitoram as características de possíveis finalizações e identificam aspectos sobre projetabilidade, além da identificação de seleção de próximo falante e averiguação a respeito de que tipo de ação está sendo realizada por meio da fala e no curso da interação com o outro. Entender e descrever as dinâmicas de turnos em interações das quais participam crianças autistas pode dar visibilidade a essa capacidade analítica exigida da criança para a própria dinâmica de trocas e gerenciamento de turnos ou para as dificuldades desses sujeitos autistas em identificarem tal dinâmica e gerenciar as trocas de turnos. Do ponto de vista metodológico, os dados são de um corpus audiovisual de registros de sessões individuais e presenciais de avaliação e de terapia fonoaudiológica de crianças autistas conduzidas por fonoaudiólogas. Selecionamos um tipo de interação que envolve, em momentos distintos, duas crianças autistas que são introduzidas a um sistema de Comunicação Alternativa Aumentativa (CAA) chamado Picture Exchange Communication System – PECS (BONDY e FROST, 2009). Ambas as crianças são do sexo masculino, são irmãos gêmeos, possuem sete anos de idade e apresentam perfil sociointeracional minimamente verbal. Para transcrever os dados desse estudo, foi utilizada a convenção de transcrição multimodal elaborada por Mondada (2014a). As transcrições foram realizadas manualmente e com auxílio de um software de anotação multimodal denominado ELAN (WITTENBURG et al., 2006). As nossas análises sugerem se e como essas duas crianças autistas, nestas interações situadas, contribuíram e coordenaram juntamente com a terapeuta a construção da dinâmica interacional através dos recursos multimodais, se orientando para as pistas da estrutura verbal e para os recursos corporificados das unidades de turno do interlocutor. Durante o curso da interação, as crianças autistas realizaram e publicizaram ações como: avaliação de finalização do turno e coordenação de várias ações simultâneas; acompanhamento de distintas práticas de atenção que se estabeleceram; sustentação dos turnos corporalmente, além de mobilizar diferentes recursos multimodais para a estruturação das Unidades de Construção de Turno. As análises mostram ainda que essas ações coexistiram também com as dificuldades interacionais dessas crianças e com a ausência da fala.
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O turno é uma ação local em que os participantes da interação monitoram as características de possíveis finalizações e identificam aspectos sobre projetabilidade, além da identificação de seleção de próximo falante e averiguação a respeito de que tipo de ação está sendo realizada por meio da fala e no curso da interação com o outro. Entender e descrever as dinâmicas de turnos em interações das quais participam crianças autistas pode dar visibilidade a essa capacidade analítica exigida da criança para a própria dinâmica de trocas e gerenciamento de turnos ou para as dificuldades desses sujeitos autistas em identificarem tal dinâmica e gerenciar as trocas de turnos. Do ponto de vista metodológico, os dados são de um corpus audiovisual de registros de sessões individuais e presenciais de avaliação e de terapia fonoaudiológica de crianças autistas conduzidas por fonoaudiólogas. Selecionamos um tipo de interação que envolve, em momentos distintos, duas crianças autistas que são introduzidas a um sistema de Comunicação Alternativa Aumentativa (CAA) chamado Picture Exchange Communication System – PECS (BONDY e FROST, 2009). Ambas as crianças são do sexo masculino, são irmãos gêmeos, possuem sete anos de idade e apresentam perfil sociointeracional minimamente verbal. Para transcrever os dados desse estudo, foi utilizada a convenção de transcrição multimodal elaborada por Mondada (2014a). As transcrições foram realizadas manualmente e com auxílio de um software de anotação multimodal denominado ELAN (WITTENBURG et al., 2006). As nossas análises sugerem se e como essas duas crianças autistas, nestas interações situadas, contribuíram e coordenaram juntamente com a terapeuta a construção da dinâmica interacional através dos recursos multimodais, se orientando para as pistas da estrutura verbal e para os recursos corporificados das unidades de turno do interlocutor. Durante o curso da interação, as crianças autistas realizaram e publicizaram ações como: avaliação de finalização do turno e coordenação de várias ações simultâneas; acompanhamento de distintas práticas de atenção que se estabeleceram; sustentação dos turnos corporalmente, além de mobilizar diferentes recursos multimodais para a estruturação das Unidades de Construção de Turno. As análises mostram ainda que essas ações coexistiram também com as dificuldades interacionais dessas crianças e com a ausência da fala.The present research discusses a conception of embodied and situated language from the analysis of situations involving two autistic children and their therapist. The focus of the analysis is to identify how the participants conduct their actions within the rules of temporality and sequentiality of an interactional dynamic that involves turns. We chose turns dynamics as a central place for this investigation. The turn is a local action in which the participants of the interaction monitor the characteristics of possible endings and identify aspects of projectability, in addition to identifying the selection of the next speaker and ascertaining what type of action is being carried out through speech and during interaction with the other. Understanding and describing the dynamics of turns in interactions in which autistic children participate can give visibility to this analytical capacity required of the child for the very dynamics of exchanges and management of turns or for the difficulties of these autistic children in identifying such dynamics and managing the exchanges of turns. From the methodological point of view, the data refer to an audiovisual corpus of records of individual and face-to-face assessment and speech therapy sessions for autistic children conducted by speech therapists. We selected a type of interaction that involves, at different times, two autistic children who are introduced to an Augmentative Alternative Communication (AAC) system called Picture Exchange Communication System – PECS (BONDY and FROST, 2009). Both children are male, are twins, are seven years old and have a minimally verbal socio-interactional profile. To transcribe the data from this study, the multimodal transcription convention developed by Mondada (2014a) was used. Transcriptions were performed manually and with the aid of a multimodal annotation software called ELAN (WITTENBURG et al., 2006). Our analyzes suggest if and how these two autistic children, in these situated interactions, contributed and coordinated together with the therapist, the construction of the interactional dynamics through the multimodal resources, orienting themselves to the verbal structure cues and to the embodied resources of the turn units of the interlocutor. During the course of the interaction, the autistic children performed and publicized actions such as: end of turn assessment and coordination of several simultaneous actions; monitoring of different established joint care practices; bodily support of turns, in addition to mobilizing different multimodal resources for the structuring of Turn Construction Units. The analyzes also show that these actions also coexist with the interactional difficulties of these children and with the absence of speech.Não recebi financiamento88 f.porUniversidade Federal de São PauloAutismoTurnosMultimodalidadeLinguagem CorporificadaProjetabilidadeUm corpo de recursos: Análise de ações corporificadas e construção de turnos entre terapeuta e crianças autistas minimamente verbaisA body of resources: Analysis of embodied actions and construction of turns between therapist and minimally verbal autistic childreninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)LetrasEstudos linguísticosLinguagem e CogniçãoORIGINALDissertação_Ana_Guerra_vFinal.pdfDissertação_Ana_Guerra_vFinal.pdfapplication/pdf2981900${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67101/1/Dissertac%cc%a7a%cc%83o_Ana_Guerra_vFinal.pdf583c7758e3817e360416c0a6eb26a2d5MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85881${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67101/2/license.txt1e5e72f12e000645c1cab268916ce99bMD52open accessTEXTDissertação_Ana_Guerra_vFinal.pdf.txtDissertação_Ana_Guerra_vFinal.pdf.txtExtracted texttext/plain212195${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67101/9/Dissertac%cc%a7a%cc%83o_Ana_Guerra_vFinal.pdf.txt8f525b228ac5146c254a7cb0eadd0978MD59open accessTHUMBNAILDissertação_Ana_Guerra_vFinal.pdf.jpgDissertação_Ana_Guerra_vFinal.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3864${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67101/11/Dissertac%cc%a7a%cc%83o_Ana_Guerra_vFinal.pdf.jpg62946f55dd7535c2f5a49cbf70582304MD511open access11600/671012023-11-12 01:00:59.139open 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author Guerra, Ana Caroline Lopes Gomes [UNIFESP]
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Turnos
Multimodalidade
Linguagem Corporificada
Projetabilidade
topic Autismo
Turnos
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Linguagem Corporificada
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description A presente pesquisa discute uma concepção de linguagem corporificada e situada a partir da análise de situações envolvendo duas crianças autistas e sua terapeuta. O enfoque da análise está em identificar como os participantes conduzem suas ações dentro de regras de temporalidade e de sequencialidade de uma dinâmica interacional que envolve trocas de turnos. Elegemos as dinâmicas de turno como lugar central para esta investigação. O turno é uma ação local em que os participantes da interação monitoram as características de possíveis finalizações e identificam aspectos sobre projetabilidade, além da identificação de seleção de próximo falante e averiguação a respeito de que tipo de ação está sendo realizada por meio da fala e no curso da interação com o outro. Entender e descrever as dinâmicas de turnos em interações das quais participam crianças autistas pode dar visibilidade a essa capacidade analítica exigida da criança para a própria dinâmica de trocas e gerenciamento de turnos ou para as dificuldades desses sujeitos autistas em identificarem tal dinâmica e gerenciar as trocas de turnos. Do ponto de vista metodológico, os dados são de um corpus audiovisual de registros de sessões individuais e presenciais de avaliação e de terapia fonoaudiológica de crianças autistas conduzidas por fonoaudiólogas. Selecionamos um tipo de interação que envolve, em momentos distintos, duas crianças autistas que são introduzidas a um sistema de Comunicação Alternativa Aumentativa (CAA) chamado Picture Exchange Communication System – PECS (BONDY e FROST, 2009). Ambas as crianças são do sexo masculino, são irmãos gêmeos, possuem sete anos de idade e apresentam perfil sociointeracional minimamente verbal. Para transcrever os dados desse estudo, foi utilizada a convenção de transcrição multimodal elaborada por Mondada (2014a). As transcrições foram realizadas manualmente e com auxílio de um software de anotação multimodal denominado ELAN (WITTENBURG et al., 2006). As nossas análises sugerem se e como essas duas crianças autistas, nestas interações situadas, contribuíram e coordenaram juntamente com a terapeuta a construção da dinâmica interacional através dos recursos multimodais, se orientando para as pistas da estrutura verbal e para os recursos corporificados das unidades de turno do interlocutor. Durante o curso da interação, as crianças autistas realizaram e publicizaram ações como: avaliação de finalização do turno e coordenação de várias ações simultâneas; acompanhamento de distintas práticas de atenção que se estabeleceram; sustentação dos turnos corporalmente, além de mobilizar diferentes recursos multimodais para a estruturação das Unidades de Construção de Turno. As análises mostram ainda que essas ações coexistiram também com as dificuldades interacionais dessas crianças e com a ausência da fala.
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