Prevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do Xingu
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2010 |
Other Authors: | , , , , |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Download full: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6041 http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572010000600008 |
Summary: | OBJETIVO: Avaliar a prevalência da parasitose intestinal em crianças indígenas de 2 a 9 anos. MÉTODOS: Para a realização do exame protoparasitológico, foram convidadas todas as crianças de 2 a 9 anos, de seis aldeias localizadas no Médio e Baixo Xingu: Pavuru, Moygu, Tuiararé, Diauarum, Capivara e Ngojwere. Para a conservação das amostras de fezes, foi utilizado o kit coletor Paratest® (Diagnostek, Brasil). As amostras foram transportadas para São Paulo. A pesquisa de helmintos e protozoários foi feita através do método de Hoffman, com posterior pesquisa de ovos e cistos por microscopia óptica. Foram feitas duas coletas com intervalo de 1 ano. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre as idades médias das crianças provenientes das seis aldeias. Resultaram positivas para a presença de parasitas, 97,5% (198/202) e 96,1% (98/102) na primeira e segunda coletas, respectivamente, sem associação estatística entre a idade. Realizaram o exame parasitológico de fezes nos 2 anos, 89/102 (87,3%). Após 1 ano, não houve diferença na proporção de pacientes infestados por protozoários (93,3% em 2007 contra 93,3% em 2008, McNemar = 0,01, p = 0, 1) ou por helmintos (37,1% em 2007 contra 38,2% em 2008, McNemar = 0,03, p = 0,85). Houve diferença significativa quanto à prevalência de Entamoeba coli em 2007 (43,8%) e 2008 (61,8%) (McNemar's Chi 6,1; p = 0,0135). Não houve diferenças significativas quanto aos outros parasitas após comparação dos dois resultados. CONCLUSÃO: A alta prevalência de parasitose intestinal foi compatível com o alto índice de contaminação ambiental dessa comunidade. |
id |
UFSP_407a29b40b72102c3a483f7d274bb31f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/6041 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Escobar-Pardo, Mario Luis [UNIFESP]Godoy, Anita Paula Ortiz de [UNIFESP]Machado, Rodrigo Strehl [UNIFESP]Rodrigues, Douglas [UNIFESP]Fagundes Neto, Ulysses [UNIFESP]Kawakami, Elisabete [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:41:59Z2015-06-14T13:41:59Z2010-12-01Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 86, n. 6, p. 493-496, 2010.0021-7557http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6041http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572010000600008S0021-75572010000600008.pdfS0021-7557201000060000810.1590/S0021-75572010000600008WOS:000286488000008OBJETIVO: Avaliar a prevalência da parasitose intestinal em crianças indígenas de 2 a 9 anos. MÉTODOS: Para a realização do exame protoparasitológico, foram convidadas todas as crianças de 2 a 9 anos, de seis aldeias localizadas no Médio e Baixo Xingu: Pavuru, Moygu, Tuiararé, Diauarum, Capivara e Ngojwere. Para a conservação das amostras de fezes, foi utilizado o kit coletor Paratest® (Diagnostek, Brasil). As amostras foram transportadas para São Paulo. A pesquisa de helmintos e protozoários foi feita através do método de Hoffman, com posterior pesquisa de ovos e cistos por microscopia óptica. Foram feitas duas coletas com intervalo de 1 ano. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre as idades médias das crianças provenientes das seis aldeias. Resultaram positivas para a presença de parasitas, 97,5% (198/202) e 96,1% (98/102) na primeira e segunda coletas, respectivamente, sem associação estatística entre a idade. Realizaram o exame parasitológico de fezes nos 2 anos, 89/102 (87,3%). Após 1 ano, não houve diferença na proporção de pacientes infestados por protozoários (93,3% em 2007 contra 93,3% em 2008, McNemar = 0,01, p = 0, 1) ou por helmintos (37,1% em 2007 contra 38,2% em 2008, McNemar = 0,03, p = 0,85). Houve diferença significativa quanto à prevalência de Entamoeba coli em 2007 (43,8%) e 2008 (61,8%) (McNemar's Chi 6,1; p = 0,0135). Não houve diferenças significativas quanto aos outros parasitas após comparação dos dois resultados. CONCLUSÃO: A alta prevalência de parasitose intestinal foi compatível com o alto índice de contaminação ambiental dessa comunidade.OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of intestinal parasitoses in Native Brazilian children from 2 to 9 years old. METHODS: A search for ova and parasites was conducted in the stools of children between 2 to 9 years old living in six indigenous villages located in the Middle and Lower Xingu River, to wit: Pavuru, Moygu, Tuiararé, Diauarum, Capivara, and Ngojwere. The study utilized the Paratest kit® (Diagnostek, Brazil) to preserve collected stools. Fecal samples were shipped to the Laboratory of the Pediatric Gastroenterology Division of the UNIFESP/EPM, in São Paulo, for analysis. The search for ova and parasites was performed utilizing the Hoffman method, and later through optical microscopic evaluation. Fecal samples were collected one year apart from each other. RESULTS: There were no significant statistical differences between the mean ages of the children from the six indigenous villages studied. The search for ova and parasites found positive results for the stools of 97.5% (198/202) and 96.1% (98/102) of children in the first and second collections, respectively. There was no statistical association with the children's age. The search performed one year later found no differences in the proportion of parasites identified in the first collection for protozoa (93.3% in 2007 versus 93.3% in 2008, McNemar = 0.01, p = 0.1) or for helminths (37.1% in 2007 versus 38.2% in 2008, McNemar = 0.03, p = 0.85). There were significant differences in prevalence of Entamoeba coli between 2007 (43.8%) and 2008 (61.8%) (McNemar Chi 6.1; p = 0.0135). There were no significant differences for other parasites when comparing the results of the two studies. CONCLUSION: The high prevalence of intestinal parasitosis matched the elevated rates of environmental contamination in this indigenous community.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de PediatriaUNIFESP-EPM Projeto XinguUNIFESPUNIFESP, EPM, Depto. de PediatriaUNIFESP, EPM Projeto XinguUNIFESPSciELO493-496porSociedade Brasileira de PediatriaJornal de PediatriaEpidemiologiaprevalênciaancilostomagiárdiaSchistossomaEpidemiologyprevalenceancylostomagiardiaSchistossomaPrevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do XinguPrevalence of intestinal parasitoses in children at the Xingu Indian Reservationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0021-75572010000600008.pdfapplication/pdf209900${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6041/1/S0021-75572010000600008.pdf8aa24fb8b124aac8e548b9600ae8c04fMD51open accessTEXTS0021-75572010000600008.pdf.txtS0021-75572010000600008.pdf.txtExtracted texttext/plain21753${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6041/21/S0021-75572010000600008.pdf.txt6a908bb32f8d1481539dd26e5774fb0cMD521open accessTHUMBNAILS0021-75572010000600008.pdf.jpgS0021-75572010000600008.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6157${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6041/23/S0021-75572010000600008.pdf.jpg8f45b4af6333a5c0cfed203b14d15b71MD523open access11600/60412023-06-05 20:23:10.003open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/6041Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T23:23:10Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Prevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do Xingu |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Prevalence of intestinal parasitoses in children at the Xingu Indian Reservation |
title |
Prevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do Xingu |
spellingShingle |
Prevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do Xingu Escobar-Pardo, Mario Luis [UNIFESP] Epidemiologia prevalência ancilostoma giárdia Schistossoma Epidemiology prevalence ancylostoma giardia Schistossoma |
title_short |
Prevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do Xingu |
title_full |
Prevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do Xingu |
title_fullStr |
Prevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do Xingu |
title_full_unstemmed |
Prevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do Xingu |
title_sort |
Prevalência de parasitoses intestinais em crianças do Parque Indígena do Xingu |
author |
Escobar-Pardo, Mario Luis [UNIFESP] |
author_facet |
Escobar-Pardo, Mario Luis [UNIFESP] Godoy, Anita Paula Ortiz de [UNIFESP] Machado, Rodrigo Strehl [UNIFESP] Rodrigues, Douglas [UNIFESP] Fagundes Neto, Ulysses [UNIFESP] Kawakami, Elisabete [UNIFESP] |
author_role |
author |
author2 |
Godoy, Anita Paula Ortiz de [UNIFESP] Machado, Rodrigo Strehl [UNIFESP] Rodrigues, Douglas [UNIFESP] Fagundes Neto, Ulysses [UNIFESP] Kawakami, Elisabete [UNIFESP] |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Escobar-Pardo, Mario Luis [UNIFESP] Godoy, Anita Paula Ortiz de [UNIFESP] Machado, Rodrigo Strehl [UNIFESP] Rodrigues, Douglas [UNIFESP] Fagundes Neto, Ulysses [UNIFESP] Kawakami, Elisabete [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Epidemiologia prevalência ancilostoma giárdia Schistossoma |
topic |
Epidemiologia prevalência ancilostoma giárdia Schistossoma Epidemiology prevalence ancylostoma giardia Schistossoma |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Epidemiology prevalence ancylostoma giardia Schistossoma |
description |
OBJETIVO: Avaliar a prevalência da parasitose intestinal em crianças indígenas de 2 a 9 anos. MÉTODOS: Para a realização do exame protoparasitológico, foram convidadas todas as crianças de 2 a 9 anos, de seis aldeias localizadas no Médio e Baixo Xingu: Pavuru, Moygu, Tuiararé, Diauarum, Capivara e Ngojwere. Para a conservação das amostras de fezes, foi utilizado o kit coletor Paratest® (Diagnostek, Brasil). As amostras foram transportadas para São Paulo. A pesquisa de helmintos e protozoários foi feita através do método de Hoffman, com posterior pesquisa de ovos e cistos por microscopia óptica. Foram feitas duas coletas com intervalo de 1 ano. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre as idades médias das crianças provenientes das seis aldeias. Resultaram positivas para a presença de parasitas, 97,5% (198/202) e 96,1% (98/102) na primeira e segunda coletas, respectivamente, sem associação estatística entre a idade. Realizaram o exame parasitológico de fezes nos 2 anos, 89/102 (87,3%). Após 1 ano, não houve diferença na proporção de pacientes infestados por protozoários (93,3% em 2007 contra 93,3% em 2008, McNemar = 0,01, p = 0, 1) ou por helmintos (37,1% em 2007 contra 38,2% em 2008, McNemar = 0,03, p = 0,85). Houve diferença significativa quanto à prevalência de Entamoeba coli em 2007 (43,8%) e 2008 (61,8%) (McNemar's Chi 6,1; p = 0,0135). Não houve diferenças significativas quanto aos outros parasitas após comparação dos dois resultados. CONCLUSÃO: A alta prevalência de parasitose intestinal foi compatível com o alto índice de contaminação ambiental dessa comunidade. |
publishDate |
2010 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010-12-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-06-14T13:41:59Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-06-14T13:41:59Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 86, n. 6, p. 493-496, 2010. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6041 http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572010000600008 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
0021-7557 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
S0021-75572010000600008.pdf |
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv |
S0021-75572010000600008 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.1590/S0021-75572010000600008 |
dc.identifier.wos.none.fl_str_mv |
WOS:000286488000008 |
identifier_str_mv |
Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 86, n. 6, p. 493-496, 2010. 0021-7557 S0021-75572010000600008.pdf S0021-75572010000600008 10.1590/S0021-75572010000600008 WOS:000286488000008 |
url |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6041 http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572010000600008 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv |
Jornal de Pediatria |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
493-496 |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Pediatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Pediatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6041/1/S0021-75572010000600008.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6041/21/S0021-75572010000600008.pdf.txt ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6041/23/S0021-75572010000600008.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8aa24fb8b124aac8e548b9600ae8c04f 6a908bb32f8d1481539dd26e5774fb0c 8f45b4af6333a5c0cfed203b14d15b71 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1783460331787386880 |