O Senso Numérico Na Criança Com Paralisia Cerebral

• Autor(a) principal: Feldberg, Silvia Cristina De Freitas [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5077615; http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50430
• topic: senso numérico; paralisia cerebral; transtorno de aprendizagem; discalculia do desenvolvimento; number sense; cerebral palsy; learning disorders; developmental dyscalculia

Objetivo: Investigar o senso numérico em crianças/adolescentes com paralisia cerebral, visando analisar as causas de frequentes queixas de aprendizagem da matemática nestes casos, bem como discutir as bases neuropsicológicas da cognição numérica. Métodos: O desenho experimental foi exploratório de caráter quantitativo. Participaram 50 crianças/adolescentes com idade entre 7 e 15 anos de idade, de ambos os sexos, sendo 31 controles e 19 com paralisia cerebral. Dentre estes, nove eram do tipo hemiplégico e dez do tipo diplégico. Os procedimentos de avaliação incluíram o ZAREKI-R (bateria de testes específicos para avaliação das habilidades matemáticas, apropriada para o diagnóstico de discalculia do desenvolvimento), teste de comparação de magnitudes não simbólicas (investiga senso numérico) e testes neuropsicológicos complementares, avaliando funções executivas e abrangendo memória operacional. Análises inferenciais (Análise de Variância) foram utilizadas na comparação entre os grupos. Resultados: As crianças e adolescentes com paralisia cerebral apresentaram um desempenho inferior em diversas medidas do ZAREKI-R, nas provas de senso numérico e de memória operacional visuoespacial em comparação às controles. Conclusões: A paralisia cerebral, independentemente da distribuição topográfica, está associada a risco para discalculia, justificando problemas na aprendizagem da matemática. Os resultados indicam ainda que as bases neuropsicológicas da cognição numérica, no que concerne o funcionamento executivo, sejam mais associadas à memória operacional do que ao controle inibitório ou à flexibilidade cognitiva.