Identificação, por anticorpo monoclonal, de proteína de 230 kDa relacionada com malignidade em melanoma murino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, Priscila Fraga Penteado [UNIFESP]
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9703
Resumo: Melanomas se destacam entre os tumores sólidos por apresentar alto potencial de malignidade e incidência crescente, especialmente entre indivíduos jovens. Identificação de marcadores moleculares em melanomas é de enorme interesse para uso clínico e para estudos relacionados ao seu desenvolvimento. A linhagem de melanoma murino B16 tem sido amplamente empregada visando melhor compreensão do processo metastático. Objetivo: identificar moléculas na superfície de células B16, empregando anticorpos monoclonais, que apresentem função biológica importante para essas células, bem como investigar expressão de moléculas reconhecidas pelos mesmos mAbs em melanoma humano. Métodos: camundongos C57Bl/6 foram imunizados com células B16 irradiadas para produção de híbridos produtores de mAb. Resultados: após fusão foi obtido mAb da classe IgM, designado G12F2, que reconheceu uma única banda de aproximadamente 230 kDa em extrato total de células B16. A molécula era expressa na superfície celular e não por células não tumorigênicas, como fibroblastos ou melanócitos melan-a. Células não tumorigênicas, derivadas de melan-a, também não a expressaram ao passo que células tumorigênicas, de mesma origem, expressaram-na em grande quantidade. Variante menos metastática da linhagem B16 expressou menor quantidade desta molécula quando comparado à variante mais metastática. A neutralização da molécula de 230 kDa com mAb G12F2 inibiu proliferação, migração e invasão por células B16 in vitro. Também nestas condições, G12F2 promoveu atividade citolítica contra células B16, mediada por complemento. Por outro lado, adição in vitro de mAb G12F2 em nada alterou adesão das células B16 à fibronectina e laminina, ou adesão célula-célula. In vivo, o tratamento com mAb G12F2 inibiu crescimento do nódulo tumoral e formação de metástases pulmonares. Quando testado contra extrato de tumores de origem humana, como carcinoma e melanoma, mAb G12F2 reconheceu banda de 75 e 67 kDa, respectivamente. Por fim, foi demonstrado que mAb inibiu proliferação de células de melanoma humano in vitro. Conclusões: a molécula de 230 KDa parece ter importância durante crescimento do melanoma murino; identificação de molécula homóloga em melanoma humano fornecerá subsídios para diagnóstico e protocolos visando imunoterapia.
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