Desenvolvimento de nanopartículas de papaína complexada com alginato de sódio como promotor de permeação cutânea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimentel, Debora Regina de Oliveira [UNIFESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70006
Resumo: A via de administração transdérmica é uma das formas de permeação mais antiga da história humana, na qual plantas e outras substâncias naturais eram aplicadas na pele para tratar diversos tipos de afecções. No entanto, as propriedades de barreira da pele fazem dela um obstáculo importante, e um desafio a ser superado. Desta forma, este trabalho propõe a obtenção de nanopartículas poliméricas biodegradáveis de alginato de sódio e papaína (AG-PPN) como possível promotor de permeação cutânea de ativos cosméticos utilizando a cafeína como bioativo modelo. O sistema nanoparticulado AG-PPN foi desenvolvido utilizando o método de coacervação através da neutralização de cargas iônicas das macromoléculas, permitindo a obtenção de PPN ativa e imobilizada. A dispersão obtida foi caracterizada por tamanho e uniformidade através de difração a laser (DL), revelando a formação de 99,93% de nanopartículas abaixo de 500nm e diâmetro médio de 0,19µm. A análise por DLS indicou a formação de um sistema monodisperso, com PdI de 0,332. O valor de potencial zeta foi de -50,4mV demonstrando a prevalência da carga negativa do AG. A dispersão foi caracterizada por diversas técnicas físico-químicas. E a atividade enzimática da PPN na dispersão de AG-PPN em diferentes condições de armazenamento demonstrou que após 10 dias a atividade da amostra armazenada em geladeira se manteve em 96,2%. A adição de crioprotetores à dispersão de AG-PPN demonstrou que a recuperação das nanopartículas com o crioprotetor PVP revelou a formação de 99,80% de partículas com tamanho abaixo ou igual a 500nm, e o crioprotetor PLL 100%, em concentrações de 5 e 4%, respectivamente. No entanto, o crioprotetor lactose, manteve a atividade da PPN em 72,73%. O ensaio de permeação ex vivo demonstrou que nas condições avaliadas, a PPN livre e nanoencapsulada (AG-PPN) não contribuiu para o aumento da permeação da cafeína.
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