Fatores de risco, evolução clínica e tratamento das infecções em cirurgias ortopédicas com implantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Inacio, Ricardo Cantarim [UNIFESP]
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7671406
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59224
Resumo: Introdução: as infecções de sítio cirúrgico têm se tornado um grande problema mundial e alguns relatos de hospitais brasileiros mostram-na como a terceira causa de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS). Com o aumento no número de procedimentos ortopédicos com implantes a infecção de sítio cirúrgico em ortopedia tem aumentado a morbidade destes pacientes, prolongando as suas internações e aumentado os gastos hospitalares. Encontrar medidas que reduzam o risco de infecção nessa população é de suma importância para se melhorar a qualidade de vida destes pacientes, reduzindo assim o seu tempo de internação e o uso de antimicrobianos. Objetivos: avaliar as variáveis de risco para o desenvolvimento de infecção em procedimentos ortopédicos com implantes, os microrganismos causadores destas infecções, comparar medidas de tratamento mais eficazes e avaliar o impacto da redução de tempo de vigilância epidemiológica nessas infecções. Casuística e Métodos: realizado estudo tipo coorte histórico com avaliação de todos os pacientes internados no Hospital Geral de Guarulhos de 01 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016 e seguimento de um ano após a cirurgia para avaliar se houve desenvolvimento de infecção. Os pacientes foram divididos em fraturas expostas, fraturas não-expostas e artroplastias. Os grupos foram comparados de acordo com o diagnóstico de infecção para avaliar fatores de risco pré-operatórios, intraoperatórios e pós-operatórios. Uma segunda parte do estudo comparou os pacientes que tiveram infecção dentro do grupo das fraturas expostas e fraturas não-expostas e avaliou o desfecho clínico após o tratamento proposto: 1: tratamento conservador: somente com uso de antimicrobianos; 2: tratamento cirúrgico: limpeza mecânica com manutenção do material de síntese e com troca ou retirada definitiva do material de síntese. Foram avaliados os microrganismos isolados das infecções nos pacientes que desenvolveram infecção aguda (até 30 dias após a osteossíntese), infecção subaguda (de 30 a 90 dias após a osteossíntese), e infecção crônica (mais de 90 dias após a osteossíntese). Resultados: fratura exposta apresentou maior taxa de infecção que fratura não-exposta (16,56% e 6,55% respectivamente com p=0,0002867 e razão de risco de 2,52); uso de antimicrobiano no pré-operatório da primeira estabilização óssea pós fratura foi fator protetor (86,46% das fraturas expostas que infectaram receberam antimicrobiano profilático contra 97,71% das fraturas expostas que não infectaram, com p=0,049), e uso de gentamicina e clindamicina como antimicrobiano profilático em pacientes com fraturas expostas mais graves, classificadas como Gustillo & Anderson II e III foi fator protetor quando comparado com uso de cefazolina (p=0,036). Observou-se que pacientes com infecção aguda de osteossíntese tiveram maior risco de desenvolvimento de infecção por bacilos gram-negativos multirresistentes (81,71%), sendo necessário, portanto uso de antimicrobianos de largo espectro, o que não foi observado em pacientes com infecções sub-aguda e crônica, onde a maioria dos agentes infecciosos identificados eram bactérias gram-positivas e com menor grau de resistência aos antimicrobianos usados (16,67% de bactérias gram-negativas multirresistentes, com p=0,027). Conclusão: realizar profilaxia adequada na vigência de fratura exposta no pronto socorro, realizar estabilização da fratura e limpeza antes de oito horas após a fratura exposta devem ser medidas urgentes para se evitar infecção. Pacientes com infecção aguda devem ter uma cobertura antimicrobiana com maior espectro de ação empírica até o resultado das culturas pela maior chance desses pacientes desenvolverem infecção por bactérias gram-negativas multirresistentes, e há tendência em se isolar mais bactérias gram-negativas do que observado em trabalhos anteriores.
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São Paulo, 2019.https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59224Ricardo Cantarim Inacio -A.pdfIntrodução: as infecções de sítio cirúrgico têm se tornado um grande problema mundial e alguns relatos de hospitais brasileiros mostram-na como a terceira causa de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS). Com o aumento no número de procedimentos ortopédicos com implantes a infecção de sítio cirúrgico em ortopedia tem aumentado a morbidade destes pacientes, prolongando as suas internações e aumentado os gastos hospitalares. Encontrar medidas que reduzam o risco de infecção nessa população é de suma importância para se melhorar a qualidade de vida destes pacientes, reduzindo assim o seu tempo de internação e o uso de antimicrobianos. Objetivos: avaliar as variáveis de risco para o desenvolvimento de infecção em procedimentos ortopédicos com implantes, os microrganismos causadores destas infecções, comparar medidas de tratamento mais eficazes e avaliar o impacto da redução de tempo de vigilância epidemiológica nessas infecções. Casuística e Métodos: realizado estudo tipo coorte histórico com avaliação de todos os pacientes internados no Hospital Geral de Guarulhos de 01 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2016 e seguimento de um ano após a cirurgia para avaliar se houve desenvolvimento de infecção. Os pacientes foram divididos em fraturas expostas, fraturas não-expostas e artroplastias. Os grupos foram comparados de acordo com o diagnóstico de infecção para avaliar fatores de risco pré-operatórios, intraoperatórios e pós-operatórios. Uma segunda parte do estudo comparou os pacientes que tiveram infecção dentro do grupo das fraturas expostas e fraturas não-expostas e avaliou o desfecho clínico após o tratamento proposto: 1: tratamento conservador: somente com uso de antimicrobianos; 2: tratamento cirúrgico: limpeza mecânica com manutenção do material de síntese e com troca ou retirada definitiva do material de síntese. Foram avaliados os microrganismos isolados das infecções nos pacientes que desenvolveram infecção aguda (até 30 dias após a osteossíntese), infecção subaguda (de 30 a 90 dias após a osteossíntese), e infecção crônica (mais de 90 dias após a osteossíntese). Resultados: fratura exposta apresentou maior taxa de infecção que fratura não-exposta (16,56% e 6,55% respectivamente com p=0,0002867 e razão de risco de 2,52); uso de antimicrobiano no pré-operatório da primeira estabilização óssea pós fratura foi fator protetor (86,46% das fraturas expostas que infectaram receberam antimicrobiano profilático contra 97,71% das fraturas expostas que não infectaram, com p=0,049), e uso de gentamicina e clindamicina como antimicrobiano profilático em pacientes com fraturas expostas mais graves, classificadas como Gustillo & Anderson II e III foi fator protetor quando comparado com uso de cefazolina (p=0,036). Observou-se que pacientes com infecção aguda de osteossíntese tiveram maior risco de desenvolvimento de infecção por bacilos gram-negativos multirresistentes (81,71%), sendo necessário, portanto uso de antimicrobianos de largo espectro, o que não foi observado em pacientes com infecções sub-aguda e crônica, onde a maioria dos agentes infecciosos identificados eram bactérias gram-positivas e com menor grau de resistência aos antimicrobianos usados (16,67% de bactérias gram-negativas multirresistentes, com p=0,027). Conclusão: realizar profilaxia adequada na vigência de fratura exposta no pronto socorro, realizar estabilização da fratura e limpeza antes de oito horas após a fratura exposta devem ser medidas urgentes para se evitar infecção. Pacientes com infecção aguda devem ter uma cobertura antimicrobiana com maior espectro de ação empírica até o resultado das culturas pela maior chance desses pacientes desenvolverem infecção por bactérias gram-negativas multirresistentes, e há tendência em se isolar mais bactérias gram-negativas do que observado em trabalhos anteriores.Introduction: surgical site infections have become a major worldwide problem and some reports from Brazilian hospitals show the third cause of infection related to health care (IRAS). With the increase in the number of orthopedic procedures with implants the surgical site infection in orthopedics has increased the morbidity of these patients, prolonging their hospitalizations and increasing hospital expenses. Finding measures that reduce the risk of infection in this population is of paramount importance to improve the quality of life of these patients, thus reducing their length of stay and the use of antimicrobials. Objectives: To evaluate the risk variables for the development of infection in orthopedic procedures with implants, the microorganisms that cause these infections, to compare more effective treatment measures and to evaluate the impact of reducing the epidemiological surveillance time in these infections. Patients and methods: A historical cohort study was carried out with the evaluation of all patients hospitalized at the General Hospital of Guarulhos from January 1st, 2016 to December 31th, 2016 and one year post-surgery follow-up for one year after surgery to assess whether infection developed. The patients were divided into exposed fractures, nonexposed fractures and arthroplasties. The groups were compared according to the infection diagnosis to evaluate preoperative, intraoperative and postoperative risk factors. A second part of the study compared patients who had infection within the group of exposed fractures and non-exposed fractures and assessed the clinical outcome after the proposed treatment: 1: conservative treatment: only with antimicrobial use; 2: surgical treatment: mechanical cleaning with maintenance of the synthesis material and with exchange or removal of the synthesis material. Infected microorganisms were evaluated in patients who developed acute infection (up to 30 days after osteosynthesis), subacute infection (30 to 90 days after osteosynthesis), and chronic infection (more than 90 days after osteosynthesis). Results: Exposed fracture had a higher infection rate than non-exposed fracture (16.56% and 6.55%, respectively, with p = 0.0002867 and a risk ratio of 2.52); antimicrobial use in the preoperative period of the first post-fracture bone stabilization was a protective factor (86.46% of the exposed fractures that infected received antimicrobial prophylaxis against 97.71% of exposed non-infected fractures, with p = 0.049), and use of gentamicin and clindamycin in patients with more severe exposed fractures classified as Gustillo & Anderson II and III were protective factors when compared to cefazolin use (p = 0.036). It was observed that patients with acute osteosynthesis infection had a higher risk of developing multiresistant gram-negative bacilli (81.71%), therefore, it was necessary to use broad-spectrum antimicrobials, which was not observed in patients with chronic infection, where most of the infectious agents identified were gram-positive and less resistant to antimicrobial agents (16.67% of multiresistant gram-negative bacteria, with p= 0.027). Conclusion: Performing adequate prophylaxis in the presence of exposed fracture in the emergency room, performing fracture stabilization and cleaning before eight hours after the exposed fracture should be extremely urgent measures to avoid infection. Patients with acute infection should have an antimicrobial coverage with a greater spectrum of empirical action until the result of the cultures because of the greater chance of these patients developing infection by multiresistant gram-negative bacteria, and also that there is a tendency to have more gram-negative bacteria causing infection of what was observed some years ago and which were described in the works.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2019)83 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)OsteossínteseInfecção De Sítio CirúrgicoInfecção Em CirurgiasFratura ExpostaFratura Não ExpostaArtroplastiaFatores de risco, evolução clínica e tratamento das infecções em cirurgias ortopédicas com implantesRisk factors, treatment and clinical outcome of orthopedic infections with implantsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de MedicinaInfectologiaPerspectivas De Controle E Tratamento De Doenças InfecciosasEstratégias De Prevenção E Controle De Doenças InfecciosasORIGINALRicardo Cantarim Inacio -A.pdfRicardo Cantarim Inacio -A.pdfapplication/pdf2078397${dspace.ui.url}/bitstream/11600/59224/1/Ricardo%20Cantarim%20Inacio%20-A.pdf1b30c0bde75122e109c175c662734d27MD51open access11600/592242023-10-25 08:25:20.818open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/59224Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-10-25T11:25:20Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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