Determinação da soroprevalência da infecção pelo vírus da hepatite e na cidade de São Paulo

• Autor(a) principal: Reinaldo, Monica Renata [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4987737; http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48549
• topic: Hepatite e; Soroprevalência; Brazil

Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite E representa, atualmente, mais de 50% dos casos de hepatite aguda em áreas endêmicas. Observam-se casos de falência hepática em pacientes com outras hepatopatias subjacentes ou em mulheres no terceiro trimestre da gestação, bem como, a forma crônica da doença, principalmente em pacientes submetidos a transplantes de órgãos sólidos. Objetivos: Determinar a soroprevalência da infecção pelo VHE na cidade de São Paulo, por meio da detecção de anticorpos anti-VHE IgG e IgM, e nas amostras positivas a detecção da presença do RNA-VHE por meio do RT-PCR em tempo real. Métodos: Foram incluídos 500 doadores de sangue da Associação Beneficente de Coleta de Sangue, da cidade de São Paulo, SP no período de julho a setembro de 2014. As amostras foram categorizadas de acordo com gênero, faixa etária e região demográfica conforme um plano amostral. A detecção de anticorpos anti-HEV IgG e anti-HEV IgM foi realizada por meio do ensaio imunoenzimático Wantai (Beijing Wantai Biological Pharmacy Enterprise, Beijing, China). As amostras que apresentaram resultado ?reagente? para o anti-VHE IgG foram submetidas à extração do RNA viral para posterior pesquisa de VHE-RNA por RT-PCR em tempo real. Resultados: No total, 49 amostras foram positivas para anti-VHE IgG, resultando em soroprevalência de 9,8%. Destas, apenas 1 apresentou positividade para anti-VHE IgM. Em nenhuma dessas amostras soropositivas foi identificado o RNA do VHE. A faixa etária entre 45 a 59 anos apresentou 4 vezes o risco da infecção passada quando comparado à faixa etária de 18 a 29 anos. As regiões demográficas Centro e Centro-Sul apresentaram risco aumentado em 7 e 6 vezes, respectivamente, para presença de anticorpos anti-VHE IgG em relação à região Nordeste. Conclusões: A prevalência do VHE em doadores de sangue da cidade de São Paulo é a segunda maior prevalência do Brasil, sendo ainda a maior prevalência já reportada na cidade de São Paulo.