Estudo da relação entre a densidade do osso cortical e a progressão da calcificação coronariana em pacientes com doença renal crônica.

• Autor(a) principal: Rodrigues, Larissa Dias Biolcati [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8133266; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59708
• topic: Osso Cortica; Osso Trabecular; Calcificação Vascular; Doença Renal Crônica; Cortical Bone; Chronic Kidney Disease; Coronary Calcification

Introdução: A perda óssea trabecular tem sido associada à progressão da calcificação vascular em pacientes com doença renal crônica (DRC). Existem poucos estudos avaliando o osso cortical e a sua associação com a calcificação vascular nessa população. Objetivo: Avaliar prospectivamente a associação entre a variação da densidade do osso cortical e a progressão da calcificação arterial coronariana em pacientes com DRC em tratamento conservador. Métodos: Análise post hoc das variações (delta) das densidades do osso cortical e trabecular vertebral, e do escore de cálcio coronariano, por meio de imagens tomográficas, ao longo de 24 meses. As análises do osso cortical e trabecular foram realizadas pelos programas Image J® e Vitrea 2® , respectivamente. As densidades, cortical e trabecular, foram expressas em unidades Hounsfield (UH) e o escore de cálcio coronariano em unidades Agatston (UA). Resultados: Foram estudados 70 pacientes assintomáticos [57,8 ± 10,2 anos, 63% homens, 20% diabéticos e com taxa de filtração glomerular estimada de 37,3 (24,8-51,3) mL/min/1,73 m 2 ]. A média das densidades cortical e trabecular não se alteraram ao longo do tempo. Do total, 49 pacientes tiveram alguma perda de massa óssea, sendo que 29 (41%) deles perderam osso cortical [-4,4 %/ano (-7,15 a -0,5)] e 39 (56%), osso trabecular [-3,15 %/ano (-13,7 a -0.25)]. Não houve associação entre os deltas cortical e trabecular (p=0,12). A calcificação arterial coronariana foi observada em 33 (46%) pacientes no início do estudo, e 30 (91%) deles apresentaram progressão. Enquanto uma correlação inversa entre o delta da densidade trabecular e do escore de cálcio foi observada (p = 0,001), não houve correlação entre o delta da densidade cortical e do escore de cálcio (p = 0,34). Conclusão: Pacientes com DRC apresentam perda de massa óssea cortical ou trabecular ao longo do tempo e essas alterações não ocorrem de maneira simultânea. O osso cortical, ao contrário do trabecular, não está associado à progressão da calcificação vascular nestes pacientes.