Merleau-Ponty e Andrei Tarkovski: O cinema e a experiência perceptiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferrarezi, Carolina Da Silva [UNIFESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68433
Resumo: Esta pesquisa tem o objetivo de investigar como o projeto de uma fenomenologia da percepção do filósofo Maurice Merleau-Ponty proporciona uma abertura para pensar o sensível, a arte e, em especial, o cinema de Andrei Tarkovski. A partir de uma análise da obra Fenomenologia da Percepção, visamos demonstrar que existe um problema “técnico” na história da filosofia que possibilita reabilitar essa esfera intuitiva-sensível como elemento crítico à epistemologia clássica francesa (neokantiana), e como esse retorno à percepção converge no logos do mundo estético e traz questões que também são trabalhadas nas produções artísticas. Em A Dúvida de Cézanne, podemos apreender como o autor aproxima a arte de sua proposta filosófica, bem como, a reciprocidade entre vida e obra na criação artística. Ao tratar sobre o cinema, o filósofo ressalta que o filme é um objeto aberto à percepção, a arte de tornar visíveis objetos, comportamentos e conceitos. O percurso pelos textos do autor visa demonstrar que existe uma similaridade entre o filósofo e o cineasta. As obras de Andrei Tarkovski, em especial os filmes Solaris (1972) e Stalker (1979), são compostas de uma linguagem cinematográfica voltada à problemática existencial humana. Sua atmosfera fílmica indaga a inserção do homem no mundo, investigando a região de contato entre sujeito, consciência e mundo. Além disso, o uso da reminiscência lírica das memórias do cineasta, que se transforma em cinema, ressalta a aproximação que Merleau-Ponty faz com Cézanne. Ao analisarmos o cinema de Andrei Tarkovski em relação à teoria desenvolvida na fenomenologia da percepção, podemos compreender a convergência entre os autores, como um espectador ao assistir a um filme pode assim, evocar a filosofia.
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