Abordagens cirúrgicas para o tratamento das luxações facetarias da coluna cervical subaxial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21715 |
Resumo: | Introdução: A escolha da via de acesso cirúrgica para tratamento das luxações facetárias da coluna cervical subaxial é tema de controvérsia entre cirurgiões de coluna. Muitos estudos já foram publicados, mas ainda não existe um consenso com base nas evidências disponíveis na literatura. Objetivos: O objetivo deste estudo é comparar a efetividade e a segurança das diferentes abordagens cirúrgicas usadas para tratar pacientes com luxação facetária da coluna cervical. Métodos: Realizamos uma busca de ensaios clínicos controlados randomizados e quase randomizados nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, Cochrane Library e LILACS, que incluem pacientes com e sem lesão medular. Dois autores selecionaram os estudos de forma independente, avaliaram os riscos de viés e extraíram os dados. Os desfechos avaliados foram o status neurológico pós‐cirúrgico, dor, aspectos funcionais e de qualidade de vida, dados radiográficos e complicações. Resultados: Foram incluídos dois estudos: um com alto risco de viés, composto de participantes com lesão medular; e outro com moderado risco de viés, com participantes sem lesão medular. Ambos compararam a abordagem cirúrgica anterior com a posterior. No primeiro estudo, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes quanto à recuperação neurológica, dor, índices de pseudartrose e complicações. No segundo estudo, os pacientes submetidos à abordagem anterior auferiram um melhor alinhamento sagital da coluna cervical do que aqueles submetidos à abordagem posterior. No entanto não houve diferenças estatisticamente xviii xviii significantes quanto aos índices de pseudartrose. Já os pacientes do grupo posterior apresentaram menor número de complicações. Conclusões: Não há evidências suficientes para determinar qual a melhor abordagem cirúrgica para tratar as luxações facetárias da coluna cervical subaxial, em virtude dos riscos de viés e do baixo poder estatístico dos ensaios clínicos disponíveis na literatura. Novos estudos com melhor qualidade metodológica fazem‐se necessários. |
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Abordagens cirúrgicas para o tratamento das luxações facetarias da coluna cervical subaxialSurgical approaches for subaxial cervical spine facet dislocationsTraumatismos da Coluna Vertebral/cirurgiaLuxaçõesArticulação ZigapofisáriaProcedimentos OrtopédicosRevisãoIntrodução: A escolha da via de acesso cirúrgica para tratamento das luxações facetárias da coluna cervical subaxial é tema de controvérsia entre cirurgiões de coluna. Muitos estudos já foram publicados, mas ainda não existe um consenso com base nas evidências disponíveis na literatura. Objetivos: O objetivo deste estudo é comparar a efetividade e a segurança das diferentes abordagens cirúrgicas usadas para tratar pacientes com luxação facetária da coluna cervical. Métodos: Realizamos uma busca de ensaios clínicos controlados randomizados e quase randomizados nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, Cochrane Library e LILACS, que incluem pacientes com e sem lesão medular. Dois autores selecionaram os estudos de forma independente, avaliaram os riscos de viés e extraíram os dados. Os desfechos avaliados foram o status neurológico pós‐cirúrgico, dor, aspectos funcionais e de qualidade de vida, dados radiográficos e complicações. Resultados: Foram incluídos dois estudos: um com alto risco de viés, composto de participantes com lesão medular; e outro com moderado risco de viés, com participantes sem lesão medular. Ambos compararam a abordagem cirúrgica anterior com a posterior. No primeiro estudo, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes quanto à recuperação neurológica, dor, índices de pseudartrose e complicações. No segundo estudo, os pacientes submetidos à abordagem anterior auferiram um melhor alinhamento sagital da coluna cervical do que aqueles submetidos à abordagem posterior. No entanto não houve diferenças estatisticamente xviii xviii significantes quanto aos índices de pseudartrose. Já os pacientes do grupo posterior apresentaram menor número de complicações. Conclusões: Não há evidências suficientes para determinar qual a melhor abordagem cirúrgica para tratar as luxações facetárias da coluna cervical subaxial, em virtude dos riscos de viés e do baixo poder estatístico dos ensaios clínicos disponíveis na literatura. Novos estudos com melhor qualidade metodológica fazem‐se necessários.Introduction: The choice of the surgical approach for the management of subaxial cervical spine facet dislocations is a controversial subject among spine surgeons. Many studies were already published, but there is still lack of an evidence-based consensus in the literature. Objectives: To compare effectiveness and safety of surgical approaches for cervical spine facet dislocations. Methods: We searched randomised and quasi-randomised controlled trials in MEDLINE, EMBASE, Cochrane Library and LILACS databases, that included patients with and without spinal cord injury. Two review authors selected studies, assessed risks of bias and extracted data. Appraised outcomes were post-surgical neurologic status, pain, quality of life and functional aspects, radiographic data and complications. Results: Two trials were included: one with high risk of bias which included patients with spinal cord injuries; and other with unclear risks of bias that included patients without spinal cord injuries. Both compared anterior versus posterior approaches. There were no significant differences regarding to neurologic recovery, pain, nonunion and complication rates in the former study. In the latter, patients that underwent the anterior approach showed better sagital alignment than patients who underwent the posterior approach. However, there were no statistic differences in nonunion rates. The posterior group also showed less, but more severe complications than the anterior group. Conclusions: There is limited evidence on which one is the best surgical approach for subaxial cervical spine facet dislocations, due to high risks of bias and low powered available trials. Further and methodologically qualified studies are necessary.BV UNIFESP: Teses e dissertaçõesCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Belloti, Joao Carlos [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Del Curto, David [UNIFESP]2015-12-06T23:44:57Z2015-12-06T23:44:57Z2011info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion129 f.application/pdfDEL CURTO, David Abordagens cirúrgicas para o tratamento das luxações facetarias da coluna cervical subaxial. 2011. 129 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2011.Publico-21715.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21715porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-29T08:43:23Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/21715Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-29T08:43:23Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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