Determinação da soroprevalência da infecção pelo vírus da hepatite e em pacientes submetidos à hemodiálise em comparação a transplantados renais e doadores de sangue

• Autor(a) principal: Sena, Anne de [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6394640; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53162
• topic: Hepatite E; Doadores de sangue; Transplantados renais; Hemodiálise; Hepatitis E; Blood donors; Renal transplant; Hemodialysis

Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite E (VHE) representa, atualmente, mais de 50% dos casos de hepatite viral aguda em países endêmicos. Observamse casos de falência hepática em pacientes com outras hepatopatias subjacentes ou em mulheres no terceiro trimestre da gestação, bem como, a forma crônica da doença, principalmente em pacientes submetidos a transplantes de órgãos sólidos. Objetivo: Estabelecer a soroprevalência da infecção pelo VHE em pacientes submetidos à hemodiálise em comparação a transplantados renais e controles saudáveis (doadores de sangue) por meio da detecção de anticorpos antiVHE IgG e IgM, e nas amostras positivas a detecção da presença do RNAVHE por meio do RTPCR em tempo real. Métodos: Foram incluídos 500 doadores de sangue da Associação Beneficente de Coleta de Sangue, 257 pacientes submetidos à hemodiálise e 292 transplantados renais do Hospital do Rim e Hipertensão. A detecção de anticorpos antiVHE IgG e antiVHE IgM foi realizada por meio do ensaio imunoenzimático Wantai (Beijing Wantai Biological Pharmacy Enterprise, Beijing, China). As amostras que apresentaram resultado “reagente” para o antiVHE IgG foram submetidas à extração do RNA viral para posterior pesquisa de VHERNA por RTPCR em tempo real. Resultados: A soroprevalência da infecção pelo VHE nos pacientes em hemodiálise foi 10,9% quando comparadas a transplantados renais (15,8%) e doadores de sangue (9,8%), assim considerando a idade como um fator de risco os pacientes transplantados renais e pacientes submetidos à hemodiálise apresentam aumento para o desenvolvimento de hepatite E em relação ao grupo controle. Em nenhuma das amostras soropositivas foi identificado o RNA do VHE. Conclusão: Esse é o primeiro trabalho da literatura que avalia a soroprevalência da infecção pelo VHE em pacientes submetidos à hemodiálise no Brasil e a correlação dos três grupos estudados mostra que a idade é um fator de risco importante para o desenvolvimento da doença.