Estudo transversal sobre a Saúde mental de imigrantes coreanos em São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21229 |
Resumo: | Objetivos: Verificar a freqüência de transtornos psiquiátricos em uma comunidade de imigrantes coreanos em São Paulo e comparar o perfil sócio-demográfico entre o grupo com algum transtorno psiquiátrico e o outro sem nenhum diagnóstico. Método: Foi realizada a investigação comunitária através da amostragem snowball com vários focos. O instrumento utilizado foi o CIDI 2.1 – OMS (Composite International Diagnostic Interview). Os sujeitos foram 324 imigrantes coreanos, acima de 18 anos, residentes na cidade de São Paulo. Resultados: Foi utilizado o critério de diagnóstico CID-10. A freqüência de algum diagnóstico psiquiátrico na vida foi de 41,9%, sendo encontrado mais entre os homens (OR=1,6) e entre aqueles que tinham mais de 12 anos de escolaridade (OR=1,7). As freqüências de principais diagnósticos na vida foram: transtornos do humor, 8,6%; transtornos de ansiedade, 13%; transtornos psicóticos, 4,3%; transtornos somatoformes, 7,4%; transtornos dissociativos, 4,9%; transtornos alimentares, 0,6%. A freqüência de diagnósticos psiquiátricos na vida decorrentes de substâncias - álcool, tabaco ou drogas - foi de 23,1%, encontrados mais entre os homens (OR=5,8). A freqüência de diagnósticos psiquiátricos na vida, exluindo-se os decorrentes de substâncias – álcool, tabaco ou drogas – foi de 25,9%. As variáveis associadas ao diagnóstico foram o sexo, a percepção de prejuízo pelo fato de ser coreano e avaliação da situação sócio-econômica como classe baixa em relação aos coreanos. Conclusões: A comunidade de imigrantes coreanos apresentou uma freqüência de transtornos mentais, que foi mais alta do que a prevalência encontrada na população coreana da Coréia, e próxima à da população brasileira. A saúde mental foi influenciada pelos fatores referentes à imigração. |
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Kang, Sam [UNIFESP]Shirakawa, Itiro [UNIFESP]2015-12-06T23:08:39Z2015-12-06T23:08:39Z2006KANG, Sam. Estudo transversal sobre a Saúde mental de imigrantes coreanos em São Paulo. Tese (Doutorado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006.http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21229Tese-9854.pdfObjetivos: Verificar a freqüência de transtornos psiquiátricos em uma comunidade de imigrantes coreanos em São Paulo e comparar o perfil sócio-demográfico entre o grupo com algum transtorno psiquiátrico e o outro sem nenhum diagnóstico. Método: Foi realizada a investigação comunitária através da amostragem snowball com vários focos. O instrumento utilizado foi o CIDI 2.1 – OMS (Composite International Diagnostic Interview). Os sujeitos foram 324 imigrantes coreanos, acima de 18 anos, residentes na cidade de São Paulo. Resultados: Foi utilizado o critério de diagnóstico CID-10. A freqüência de algum diagnóstico psiquiátrico na vida foi de 41,9%, sendo encontrado mais entre os homens (OR=1,6) e entre aqueles que tinham mais de 12 anos de escolaridade (OR=1,7). As freqüências de principais diagnósticos na vida foram: transtornos do humor, 8,6%; transtornos de ansiedade, 13%; transtornos psicóticos, 4,3%; transtornos somatoformes, 7,4%; transtornos dissociativos, 4,9%; transtornos alimentares, 0,6%. A freqüência de diagnósticos psiquiátricos na vida decorrentes de substâncias - álcool, tabaco ou drogas - foi de 23,1%, encontrados mais entre os homens (OR=5,8). A freqüência de diagnósticos psiquiátricos na vida, exluindo-se os decorrentes de substâncias – álcool, tabaco ou drogas – foi de 25,9%. As variáveis associadas ao diagnóstico foram o sexo, a percepção de prejuízo pelo fato de ser coreano e avaliação da situação sócio-econômica como classe baixa em relação aos coreanos. Conclusões: A comunidade de imigrantes coreanos apresentou uma freqüência de transtornos mentais, que foi mais alta do que a prevalência encontrada na população coreana da Coréia, e próxima à da população brasileira. A saúde mental foi influenciada pelos fatores referentes à imigração.Objectives: The aims of this study were to investigate the frequency of lifetime mental disorders among Korean immigrants in São Paulo and to compare demographic and social profile between groups with and without lifetime mental disorders. Methods: A snowball sampling with multiple focus was used to select Korean immigrants, older than 18 years and living in Sao Paulo. A total of 324 Korean immigrants were selected and their mental status was evaluated through a structured interview,CIDI 2.1 (Portuguese and Korean version). The diagnostics of mental disorders were in accordance with ICD-10. Results: The frequency of any lifetime psychiatric disorder was 41,9%. Higher frequencies were found among men (OR=1,6) and those with high education - more than 12 years of study (OR=1,7). The frequencies of principal disorders were: anxiety disorder, 13,%; mood disorder, 8,6%; somatoform disorders, 7,4%; psychotic disorder, 4,3%; dissociative disorder, 4,9%; eating disorder, 0,6%. Any substance – tobacco, alcohol, drugs - use disorder was 23,1%. Men were like to have more substance use disorders (OR=5,8). The frequency of any psychiatric disorder but substance use or dependence was 25,9%. The social and cultural correlates of any psychiatric disorder but substance use or dependence were gender, the perception of prejudice for being immigrants and evaluation of socioeconomic status as low in relation to Korean immigrants in Brazil. Conclusions: The frequency of lifetime psychiatric disorders among Korean immigrants in São Paulo was intermediate between the prevalence in Brazilian population and Korean population in Korea. The mental health of immigrants in study was influenced by some factors related to the immigration.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 03/06628-0BV UNIFESP: Teses e dissertações130 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Saúde MentalTranstornos MentaisMigração InternacionalFatores CulturaisAmericanos AsiáticosEstudo transversal sobre a Saúde mental de imigrantes coreanos em São PauloFrequency of mental disorders in korean immigrants in the city of São Pauloinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de MedicinaPsiquiatria e Psicologia Médica - EPMORIGINALTese-9854.pdfTese-9854.pdfapplication/pdf484051${dspace.ui.url}/bitstream/11600/21229/2/Tese-9854.pdfc83bccdd585f78ea1110cf4145cd8a5cMD52open accessTEXTTese-9854.pdf.txtTese-9854.pdf.txtExtracted texttext/plain219017${dspace.ui.url}/bitstream/11600/21229/3/Tese-9854.pdf.txt0e069aa83096b4f1951fd4b2c0f1fbd2MD53open accessTHUMBNAILTese-9854.pdf.jpgTese-9854.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3700${dspace.ui.url}/bitstream/11600/21229/5/Tese-9854.pdf.jpga0d233c16ee4a7a5b4c46ae88c80fc38MD55open access11600/212292022-07-29 17:33:45.361open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/21229Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-07-29T20:33:45Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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