A Inserção Profissional dos Egressos Negros de Licenciaturas da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH)

• Autor(a) principal: DELFINO, Talita
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Relatório
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11600/63638
• topic: egressos do ensino superior; negros; licenciatura; inserção profissional

Esta pesquisa teve o objetivo de caracterizar o perfil dos egressos negros licenciados da EFLCH e verificar como se deu a inserção profissional desse grupo de ex-alunos do ensino superior. Buscou-se respostas para as seguintes questões: Entre os egressos dos cursos de licenciatura da EFLCH, quantos são negros? Quantos deles ingressaram profissionalmente na área de formação? Quais os obstáculos enfrentados por eles na busca por trabalho, ou seja, existem desafios de inclusão racial? E no caso dos que estão seguindo carreira, como se dá a relação com os educandos em sala de aula? A hipótese levantada foi que os negros são a maior parte da população brasileira, mas ainda assim são a minoria nas universidades e, mesmo quando ocupam esse espaço e se formam, ingressam profissionalmente na carreira docente em menor número que os brancos. O estudo teve natureza quantitativa e qualitativa e teve duas fontes de informações: um levantamento de dados dos egressos por meio de um questionário aplicado pelo Observatório de Educação Superior da EFLCH e entrevistas semiestruturadas com cinco ex-alunos negros licenciados. Foi realizada uma análise comparativa dos resultados desta pesquisa com outros trabalhos cujas temáticas se aproximam desta. Por fim, os resultados indicaram que os egressos negros licenciados são a minoria dos respondentes do questionário; ingressam na atividade laboral na área de formação, mas enfrentam dificuldades durante a formação e na inserção profissional; a maioria é docente em escolas públicas, em suas salas de aula a maioria dos estudantes são negros; acreditam ser uma influência para seus alunos; na maior parte das escolas onde trabalham os docentes são brancos e, entre os aspectos que demarcam a sua inserção profissional, reconhecem a instituição escolar como racista e enfrentam limitações para a discussão das questões raciais dentro de escola.