Relação custo-efetividade da cardioversão elétrica versus química, no tratamento da fibrilação atrial. Análise baseada no princípio da "intenção de tratar"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Figueiredo, Edilberto [UNIFESP]
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/15251
Resumo: Documento incompleto, falta capítulo 10.
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spelling Relação custo-efetividade da cardioversão elétrica versus química, no tratamento da fibrilação atrial. Análise baseada no princípio da "intenção de tratar"Fibrilação AtrialAnálise Custo-BenefícioCardioversão ElétricaArritmias CardíacasAntiarrítmicosDocumento incompleto, falta capítulo 10.Com a finalidade de comparar a efetividade e os custos de duas estrategias de cardioversao da fibrilacao atrial, foram estudados 139 pacientes apresentando episodios de fibrilacao atrial com duracao maxima de 6 meses e indicacao de reversao para o ritmo sinusal. Os pacientes deveriam ser elegiveis para qualquer um dos dois metodos de cardioversao (eletrica ou quimica). Setenta e quatro pacientes eram do sexo feminino e 65 do sexo masculino. A idade variou de 21 a 83 anos, com uma mediana de 58 anos. Cinquenta e seis pacientes (40,3%) apresentavam fibrilacao atrial isolada e 83 (59,7%) pacientes tinham alguma cardiopatia estrutural. Foram excluidos pacientes com insufiCiência cardiaca em classe funcional III ou IV. O tamanho do atrio esquerdo ao ecocardiografa variou de 26 a 62 mm, com uma media de 41 ± 7mm. Setenta pacientes (55,1%) nunca haviam apresentado episodios previos de fibrilacao atrial. Nos demais 57 (44,9%), a duracao da historia de fibrilacao atrial variou de 1 a 240 meses (mediana de 36 meses). A duracao do episodio de fibrilacao atrial que motivou a inclusao do paciente no estudo variou de 1 hora a 6 meses, com uma mediana de 28 horas. Os pacientes foram randomizados em dois grupos. No grupo E, composto de 67 pacientes, foi utilizada a estrategia de proceder a tentativa inicial de cardioversao eletrica, eventualmente seguida de cardioversao quimica. No grupo Q, constituido por 72 pacientes, aplicou-se a estrategia de realizar a tentativa inicial de cardioversao quimica, eventualmente seguida de cardioversao eletrica. Os resultados dos dois grupos foram analisados usando-se o principio da intencao de tratar. Ao mesmo tempo, realizou-se uma analise da efetividade primaria, complicacoes e variaveis relacionadas ao sucesso de cada um dos metodos de cardioversao. A efetividade primaria da cardioversao eletrica (73,1%) foi semelhante a da cardioversao quimica (73,6%). A analise multivariada de regressao logistica mostrou que a idade do paciente e o numero de episodios previos de FA foram os fatores relacionados de forma independente e significante ao sucesso primario da cardioversao eletrica. Pacientes com menos de 57 anos e sem episodios previos de FA apresentaram taxas de sucesso primario significantemente melhores. O unico fator relacionado de forma independente e significante ao sucesso primario da cardioversao quimica foi a duracao do episodio de FA. Pacientes com episodios de duracao ate 30 dias apresentaram taxas de sucesso primario significantemente melhores. Pacientes com aumento do diametro do atrio esquerdo ao ecocardiograma mostraram forte tendencia a piores taxas de sucesso. A estrategia de iniciar o tratamento da FA pela cardioversao quimica apresentou melhor efetividade (95,6%) que a estrategia de iniciar pela cardioversao eletrica (83,6%), sendo a diferenca estatisticamente significante (p = 0,016). Os custos hospitalares, de acordo com os valores da tabela da AMB-95, computados desde a internacao do paciente ate a reversao ao ritmo sinusal (ou interrupcao das tentativas de cardioversao) foram maiores no grupo E (media de R$ 534,21 por paciente) do que no grupo Q (media de R$ 396,13 por paciente), sendo a diferenca estatisticamente significante (p = 0,0002). A relacao custo-efetividade foi favoravel a estrategia de iniciar o tratamento pela cardioversao quimica que, alem de ser mais efetiva, apresentou menor custo por paciente. A melhor relacao custo-efetividade foi encontrada no subgrupo de pacientes com fibrilacao atrial isolada. Considerando os dois metodos de cardioversao independentemente, as complicacoes leves, nao envolvendo risco de vida, foram significantemente mais frequentes (p = 0,0001) nos pacientes submetidos a cardioversao eletrica (50% dos casos) do que naqueles submetidos a cardioversao quimica (11,5%). Complicacoes graves, representadas por eventos que envolveram risco de vida, ocorreram em 4,6% dos pacientes submetidos a cardioversao quimica. Essas complicacoes ocorreram todas no subgrupo com cardiopatia subjacente. Conclui-se que, na amostra estudada: 1. A efetividade primaria da cardioversao eletrica foi semelhante a da cardioversao quimica. 2. A estrategia de iniciar o tratamento da FA pela cardioversao quimica apresentou maior efetividade e menores custos, resultando, assim, em melhor relacao custo-efetividade, especialmente no subgrupo de pacientes com FA isolada. 3. A cardioversao quimica parece envolver maiores riscos de complicacoes graves na populacao de cardiopatasTo evaluate the effectiveness and costs of two strategies for treatment of paroxysmal atrial fibrillation, we designed a multicenter study randomizing 139 patients with atrial fibrillation eligible either for electrical or chemical cardioversion. Seventy four patients were women and 65 men, aging from 21 to 83 years (median = 58 yr). Lone atrial fibrillation was present in 56 (40,3%) patients and 83 (59,7%) had a structural underlying heart disease. Patients with decompensated congestive heart failure were excluded. The mean left atrium diameter measured by echocardiography was 41  7 mm (26 to 62 mm). Fifty seven (44,9%) patients had a history of atrial fibrillation, lasting from 1 to 240 months (median = 36 mo). Duration of atrial fibrillation episodes ranged from 1 hr to 6 months (median = 28 hr). Chemical and electrical cardioversion were performed utilizing drugs and energy according center experience. Patients who did not achieve primary success with electrical cardioversion were assigned to chemical technique and vice-versa. Group E was composed by 67 patients whose treatment started with electrical cardioversion (strategy E). Group Q comprised 72 pacientes that started treatment by chemical cardioversion (strategy Q). The effectiveness and costs of the two strategies were analyzed according to the "intention-to-treat" principle. We also performed a primary effectiveness analysis and studied complications and success-related variables for both types of cardioversion. Primary effectiveness of electrical cardioversion (73,1%) was similar to chemical cardioversion (73,6%). Multivariate logistic regression analysis disclosed that age and number of previous episodes of atrial fibrillation were independently related to primary success of electrical cardioversion. Patients younger than 57 years and no previous episodes of AF had significantly higher success rates. On the other hand, the duration of episodes of atrial fibrillation was a independent predictor of primary success during chemical cardioversion. Patients with episodes lasting up to 30 days had significantly better primary success rates. Patients with increased left atrium diameter showed a strong trend to lower success rates. The strategy of starting treatment with chemical cardioversion was more effective (95,8% versus 83,6%) and less expensive (mean cost of $396,13 versus $534,21) than starting therapy with electrical cardioversion (p = 0,016). Consequently, costeffectiveness favored the former strategy, specially in lone atrial fibrillation subgroup. Mild complications occurred most frequently in patients treated with electrical cardioversion, while life-threatening complications were seen only in patients with underlying cardiac heart disease, treated with chemical cardioversion. We conclude that in this study population: 1) Primary success rates for electrical cardioversion was similar to chemical cardioversion. 2) The strategy of starting treatment with chemical cardioversion was more effective and less expensive than starting therapy with electrical cardioversion, specially in patients with lone atrial fibrillation. 3) Chemical cardioversion can be related to severe complications in patients with structural heart disease.BV UNIFESP: Teses e dissertaçõesUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Paola, Angelo Amato Vincenzo de [UNIFESP]Figueiredo, Edilberto [UNIFESP]2015-12-06T22:59:14Z2015-12-06T22:59:14Z1997info:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion156 f.application/pdfFIGUEIREDO, Edilberto. Relação custo-efetividade da cardioversão elétrica versus química, no tratamento da fibrilação atrial. Análise baseada no princípio da "intenção de tratar". Dissertação (Doutorado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 1997.Tese-15251.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/15251porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-28T01:12:44Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/15251Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-28T01:12:44Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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