Um olhar sobre a política externa brasileira em África: as experiências de cooperação Sul-Sul em Angola durante o Governo Lula (2003-2006)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Jeferson Argolo [UNIFESP]
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9550263
https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64925
Resumo: A política externa do Governo Lula foi marcada por uma agenda de cooperação técnica com os países em desenvolvimento, em específico, as nações africanas. Neste período, o país tornou-se mais ativo nos foros multilaterais, passou a oferecer know how e tecnologia no âmbito da Cooperação Sul-Sul a todas as nações interessadas. Serviços prestados por Instituições de referência em áreas como saúde, educação, agricultura e formação profissional. Angola foi um dos países que ampliou a cooperação brasileira em seu território durante esse período. No Primeiro Governo Lula houve maior interesse em estreitar as relações com Angola e as demais nações africanas. Para tanto, a história foi usada como um dos pilares da nova política externa. O reconhecimento por parte do governo de que o Brasil tinha uma dívida histórica com toda África e de que havia chegado a hora de reconciliar esse passado deram o tom do discurso do governo. Assim, a cooperação em áreas de maior carência passou a ser o foco das negociações entre as partes. Com esta estratégia a política externa brasileira procurou atender a seus interesses tanto na esfera política quanto econômica. Na primeira, buscava ampliar o protagonismo brasileiro no cenário internacional, o aumento dessa influência, consequentemente, poderia resultar na conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, um dos objetivos do Governo Lula. Na Segunda, além de visar o crescimento econômico do país, buscou-se a internacionalização de algumas Instituições Nacionais, transformando-as em referência Internacional. Em suma, o Governo Lula através da Cooperação Sul-Sul com os países em desenvolvimento, dos acordos bilaterais com nações africanas, principalmente as de língua portuguesa, e do resgate histórico que promoveu, buscou o desenvolvimento político e econômico do Brasil, assim como a valorização dos aspectos culturais que criaram o nosso povo.
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No Primeiro Governo Lula houve maior interesse em estreitar as relações com Angola e as demais nações africanas. Para tanto, a história foi usada como um dos pilares da nova política externa. O reconhecimento por parte do governo de que o Brasil tinha uma dívida histórica com toda África e de que havia chegado a hora de reconciliar esse passado deram o tom do discurso do governo. Assim, a cooperação em áreas de maior carência passou a ser o foco das negociações entre as partes. Com esta estratégia a política externa brasileira procurou atender a seus interesses tanto na esfera política quanto econômica. Na primeira, buscava ampliar o protagonismo brasileiro no cenário internacional, o aumento dessa influência, consequentemente, poderia resultar na conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, um dos objetivos do Governo Lula. Na Segunda, além de visar o crescimento econômico do país, buscou-se a internacionalização de algumas Instituições Nacionais, transformando-as em referência Internacional. Em suma, o Governo Lula através da Cooperação Sul-Sul com os países em desenvolvimento, dos acordos bilaterais com nações africanas, principalmente as de língua portuguesa, e do resgate histórico que promoveu, buscou o desenvolvimento político e econômico do Brasil, assim como a valorização dos aspectos culturais que criaram o nosso povo.The Lula Government's foreign policy was marked by an agenda for technical cooperation with developing countries, specifically, African nations. During this period, the country became more active in multilateral forums, offering know-how and technology within the scope of South-South Cooperation to all interested nations. Services provided by reference institutions in areas such as health, education, agriculture and professional training. Angola was one of the countries that expanded Brazilian cooperation in its territory during this period. In the First Lula Government there was a greater interest in strengthening relations with Angola and other African nations. To this end, history was used as one of the pillars of the new foreign policy. The government's recognition that Brazil owed a historic debt to all of Africa and that it was time to reconcile this past set the tone for the government's discourse. Thus, cooperation in areas of greatest need has become the focus of negotiations between the parties. With this strategy, Brazilian foreign policy sought to meet its interests in both the political and economic spheres. In the first, it sought to expand the Brazilian role in the international scenario, the increase of this influence, consequently, could result in the conquest of a permanent seat in the United Nations Security Council, one of the objectives of the Lula Government. In the second, in addition to aiming at the country's economic growth, it sought to internationalize some National Institutions, transforming them into an International reference. In short, the Lula Government, through South-South Cooperation with developing countries, bilateral agreements with African nations, mainly Portuguese- speaking nations, and the historical rescue it promoted, sought the political and economic development of Brazil, as well as the valuing the cultural aspects that created our people.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2020)118 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Cooperação Sul-SulPolítica ExternaHistória Contemporânea De AngolaRelações InternacionaisHistória Contemporânea Do BrasilSouth-South CooperationForeigh PolicyContemporary History Of AngolaInternational RelationsContemporary History Of BrazilUm olhar sobre a política externa brasileira em África: as experiências de cooperação Sul-Sul em Angola durante o Governo Lula (2003-2006)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPGuarulhos, Escola de Filosofia, Letras e Ciências HumanasHistóriaHistória E HistoriografiaInstituições, Vida Material E ConflitoORIGINALJEFERSON ARGOLO ROSA.pdfJEFERSON ARGOLO ROSA.pdfapplication/pdf1489530${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64925/1/JEFERSON%20ARGOLO%20ROSA.pdf74cbd25e7317cc3f7d6053df4be890c0MD51open accessTEXTJEFERSON ARGOLO ROSA.pdf.txtJEFERSON ARGOLO ROSA.pdf.txtExtracted texttext/plain316095${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64925/5/JEFERSON%20ARGOLO%20ROSA.pdf.txt1b71ed17fe140b08e6e7decfc7b1a6e4MD55open accessTHUMBNAILJEFERSON ARGOLO ROSA.pdf.jpgJEFERSON ARGOLO ROSA.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg4112${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64925/7/JEFERSON%20ARGOLO%20ROSA.pdf.jpgc3e649d2a5af2c582af53002c6003fc6MD57open access11600/649252023-05-15 09:20:25.07open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/64925Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-15T12:20:25Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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