Avaliação de atletas adolescentes de voleibol: estilo parental, estresse, humor e autoestima

• Autor(a) principal: Manfrinati, Luís Eduardo D'Almeida [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3658943; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46817
• topic: Relações familiares; Avaliação psicológica; Adolescentes; Esportes; Family relations; Psychological appraisal; Adolescents; Sport competition

O desenvolvimento esportivo, independente da modalidade, exige o conhecimento e seguimento das regras estabelecidas, o aprendizado psicomotor de habilidades específicas à modalidade, concentração e atenção na execução dos movimentos, treinamento e disciplina. Objetivo: Investigar as características parentais e psicológicas de atletas adolescentes participantes de competição de voleibol. Os objetivos específicos foram: mensurar os estilos parentais; avaliar os níveis de estresse, ansiedade, humor e autoestima; em situações competitivas, investigar o humor e a ansiedade. Métodos: Trata-se de um estudo comparativo, de natureza quantitativa, dividida em 2 estudos: Estudo 1, transversal, composto por 30 participantes, 15 atletas (GA) e 15 não atletas (GNA). Instrumentos: Caracterização dos Participantes, Perfil Sócio Econômico, Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR), Escala de Humor de Brunel (BRUMS), Inventário de Ansiedade Traço-Estado 6 (IDATE), Escala de Estresse para Adolescentes (ESA), Inventário de Estilos Parentais (IEP); Estudo 2, longitudinal, composto por 13 participantes (atletas). Instrumentos: Competitive State Anxiety Inventory 2R (CSAI-2R) e Escala de Humor de Brunel (BRUMS). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Parecer 664.979). Resultados: no Estudo 1 a mãe foi identificada como a pessoa com o melhor relacionamento para o grupo GA (80%), enquanto no grupo GNA, o pai e a mãe apresentaram o mesmo percentual (53,3%). Os grupos apresentaram predomínio de práticas parentais positivas quando comparadas com as negativas, exceto na relação materna do GNA. Os índices de ansiedade (estado e traço) dos dois grupos foram considerados baixos. A autoestima se revelou superior no GNA quando comparada com o GA e os escores do ESA nos domínios e nas fases indicaram ausência de níveis clínicos de estresse, seja nas subescalas ou quando agrupadas no total. Quanto ao humor, verificou-se que a confusão, depressão e fadiga (estados de humor negativos) foram inferiores, enquanto que o vigor (estado de humor positivo) foi superior. Os grupos se diferiram no que se refere à autoestima, confusão e vigor. No que se refere ao estudo 2, os atletas obtiveram maiores escores de humor e ansiedade competitiva na primeira etapa de estreia fora de casa e os menores escores na terceira etapa, semifinal em casa. Foram encontradas diferenças significativas com relação à tensão entre as etapas, correlacionadas com os estilos parentais obtidos no estudo 1. Conclusões: Constatou-se a importância dos estilos parentais no desenvolvimento esportivo de adolescentes, bem como o impacto do ambiente competitivo na expressão cognitiva e nas reações emocionais de jovens atletas